segunda-feira, 9 de janeiro de 2017


Abertos e Fechados

 

                            Os pares polares opostos/complementares existem e devem ser estudados, tanto em sua antinomia sinonímica quanto, mais propriamente, em sua relação lógica derradeira na Rede Cognata de cognatos e anticognatos perfeitos.

                            Aberto é antônimo de fechado, mas aberto = CURTO, e outras traduções, ao passo que todo = A/CURTO, o anticognato de aberto. Fechado = MORTO, e outras traduções, não sendo um anticognato direto de aberto.

                            Posta essa diferença devemos dizer que o FECHAMENTO psicológico ou cristalização (como diz nosso amigo, professor GHB) de uma pessoa (indivíduo, família, grupo ou empresa) pode se dar em qualquer altura de sua vida; não há uma relação de tempo. Depende, é claro, do ambiente (município/cidade, estado, nação e mundo), dos estímulos recebidos para continuar ou não aberto. Em locais onde as crianças são instadas muito cedo a trabalhar, o fechamento delas num OBJETIVO DE VIDA fecha muito prematuramente, ao passo que as crianças que são mantidas nas escolas, indo até a faculdade, começam a fechar bem tarde, digamos até os 25 anos, abrindo muito mais os horizontes.

                            Por conseguinte, depende tanto da pessoa quanto do ambiente. Depende também do tempo, de quando se nasceu (que século), em que modo de produção (Escravismo, Feudalismo, Capitalismo, Socialismo, Comunismo e Anarquismo; no Capitalismo o mais avançado é o de terceira onda), em que Mundo (primeiro, segundo, terceiro e quarto), em que classe do TER (ricos, médios-altos, pobres e miseráveis), em que classe do labor (operários, intelectuais, financistas e militares, e burocratas pelo centro), que classes econômicas (agropecuaristas/extrativistas, industriais, comerciais e de serviços, e bancárias pelo centro), em resumo, de uma quantidade de fontes de favorecimento ou de bloqueio. Multiplicadores poderiam ser construídos como uma planilha de quesitos, de forma a termos uma melhor imagem de todos e cada um.

                            Daí saberíamos se a pessoa irá fechar, se está fechando ou se já fechou como jovem, de meia-idade ou velho, homem ou mulher, de qualquer raça. Isso posicionará DOIS TIPOS gerais de personalidades, as FECHADAS e as ABERTAS, conforme as queiramos para este ou aquele serviço ou trabalho. Se a obrigação é apenas de repetir eternamente os mesmos gestos, não se vá (ou se vá) colocar ali uma pessoa inquieta, porque será fonte de problemas (e, conseqüentemente, de soluções) junto aos colegas. Se é para efervescer um conjunto estagnado, coloque-se um agitado. Se é para amortecer um grupo de barulhentos, uma alma estancada.

                            Os psicólogos poderiam trabalhar muito melhor toda a Psicologia, conforme posta no modelo. Agora temos duas vertentes primordiais, das quais sairão quatro, depois dezesseis, até 256 subtipos diferentes (mais que isso seria estupidez, multiplicação além do razoável das categorias). Uma precisão de 1/256 é quase intratável, exceto pela associação de programáquinas, mas algo de fino assim na arquiengenharia socioeconômica é necessário, para obtenção de detalhes.

                            Como nos diz a proposta dos 1/40, só 2,5 % serão TOTALMENTE ABERTOS, e vice-versa. Assim, na humanidade de seis bilhões temos 150 milhões de abertos repartidos desigualmente (dada a atração de cérebros) em cerca de 220 nações. Vale a pena atrair gente assim, os tais empreendedores. Por outro lado, se são A, B, C e D, como as classes do TER, teríamos AA, AAA e AAAA, estes apenas dois mil e quinhentos hiperativos, hiperabertos, os mais preciosos que há, valendo qualquer salário e qualidade de vida, exceto a desobediência irrazoável e a intratabilidade.

                            Vitória, sexta-feira, 29 de novembro de 2002.

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