segunda-feira, 9 de janeiro de 2017


A Psicologia do Oriente

 

                            É claro que o Budismo (de Sidarta Gautama, 563 a 483 a.C., 80 anos entre datas, Índia), o Confucionismo (de Kung Fu Tsé, Confúcio, 551 a 479 a.C., 72 anos entre datas, China) e o Taoísmo (de Lao Tsé, por volta de 600 a.C., foi contemporâneo de Confúcio, China) proporcionaram aquilo que o Ocidente teve com o Mosismo (de Moisés, provavelmente lá por 1200 a.C., através dos judeus) e o Cristianismo (de Cristo, supostamente 1 a 33). Os iluminados é que formam verdadeiramente as coletividades; tudo depois é cópia, de um modo ou de outro.

                            Em conjunto aqueles três proporcionaram à China e aos países antigamente dependentes culturalmente dela o suporte psicológico que lhes deu sustentação por dois e meio milênios. Mas, como fizeram isso?

                            À parte outras vertentes, há as chamadas ARTES MARCIAIS, artes de guerra, que são tecnartes inconscientes, não-racionalizadas, e não conscientes como são as tecnociências psicológicas ocidentais, que, todavia, demoraram 2,5 mil anos para vir à tona (mas progridem rapidamente). Jiu-jitsu, aikidô, taekendô, judô e demais AM do Oriente são evidentemente formas de amparo emocional, conduzindo na maior parte das vezes a pseudoluta, falsa luta que é justamente o modo de proceder ao descarregamento pacífico das tensões acumuladas. Suplementarmente é uma pedagogia do excesso de poder, que é orientado para se conter diante dos fracos (exceto os bandidos, todos obedecem).

                            Ninguém investigou sob esta ótica. O quê 2,5 mil anos de aplicação dessas tecnartes marciais inconscientes proporcionaram enquanto construção da comunidade geral oriental? Que tipo de sociedades, civilizações e culturas criaram? Há aí espaçotempo para centenas de teses de mestrado e doutorado. Como essa Psicologia (psicanálise ou figuras, psico-síntese ou objetivos, economia ou produções, sociologia ou organizações, geo-história ou espaçotempos) supriu sustentação ao Oriente?

                            Vitória, quinta-feira, 28 de novembro de 2002.

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