A Psicologia do Oriente
É
claro que o Budismo (de Sidarta Gautama, 563 a 483 a.C., 80 anos entre datas,
Índia), o Confucionismo (de Kung Fu Tsé, Confúcio, 551 a 479 a.C., 72 anos
entre datas, China) e o Taoísmo (de Lao Tsé, por volta de 600 a.C., foi contemporâneo
de Confúcio, China) proporcionaram aquilo que o Ocidente teve com o Mosismo (de
Moisés, provavelmente lá por 1200 a.C., através dos judeus) e o Cristianismo
(de Cristo, supostamente 1 a 33). Os iluminados é que formam verdadeiramente as
coletividades; tudo depois é cópia, de um modo ou de outro.
Em
conjunto aqueles três proporcionaram à China e aos países antigamente
dependentes culturalmente dela o suporte psicológico que lhes deu sustentação
por dois e meio milênios. Mas, como fizeram isso?
À
parte outras vertentes, há as chamadas ARTES MARCIAIS, artes de guerra, que são
tecnartes inconscientes, não-racionalizadas, e não conscientes como são as
tecnociências psicológicas ocidentais, que, todavia, demoraram 2,5 mil anos
para vir à tona (mas progridem rapidamente). Jiu-jitsu, aikidô, taekendô, judô
e demais AM do Oriente são evidentemente formas de amparo emocional, conduzindo
na maior parte das vezes a pseudoluta, falsa luta que é justamente o modo de
proceder ao descarregamento pacífico das tensões acumuladas. Suplementarmente é
uma pedagogia do excesso de poder, que é orientado para se conter diante dos
fracos (exceto os bandidos, todos obedecem).
Ninguém
investigou sob esta ótica. O quê 2,5 mil anos de aplicação dessas tecnartes
marciais inconscientes proporcionaram enquanto construção da comunidade geral
oriental? Que tipo de sociedades, civilizações e culturas criaram? Há aí
espaçotempo para centenas de teses de mestrado e doutorado. Como essa
Psicologia (psicanálise ou figuras, psico-síntese ou objetivos, economia ou
produções, sociologia ou organizações, geo-história ou espaçotempos) supriu sustentação
ao Oriente?
Vitória,
quinta-feira, 28 de novembro de 2002.
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