A Pessoa Publicada
Com
essa coisa da Internet há chance de pela primeira vez na existência humana
termos um registro que acompanhe a pessoa (indivíduo, família, grupo, empresa)
em qualquer ambiente (município/cidade, estado, nação, mundo) aonde ela vá. Mais
do que uma novidade, servirá de amparo aos movimentos da autoridade de proteção
(lar, armazenamento, saúde, segurança e transporte), ainda que o primeiro
serviço em que vão pensar os governantes é na autoridade da lei, pois sempre
são autoritários, superafirmadores da autoridade. Quer dizer, vão rastrear a
legalidade dos atos.
Obviamente
deve ser duplo cuidado, tanto oficial quanto pessoal, isto é, autorizado por
ambos. Os governos devem ter uma chave que autentique número entrado exclusivo
da pessoa, só conhecido dela. Um código, uma chave, o que for, garantirá que
dados não homologados duplamente entrem na ficha da pessoa (a menos da
inevitável presença de hackers, que são impossíveis de obstaculizar). Mas o
benefício de ter exposta tal ficha mundialmente aceita são potencialmente
enormes, em termos de uma identidade realmente universal.
Nessa
ficha caberá muito mais que numa carteira de identidade, numa carteira nacional
de habilitação, num título de eleitor – poderá conter mil documentos diferentes,
um número planetário, o que for, e ser acessada de qualquer lugar do planeta,
agora que os celulares e os computadores estão sendo conjugados e a telefonia
universal está realmente batendo à nossa porta. Se for conectada a chave-número
da pessoa com a chave-número do governo, com a identificação positiva do dedão,
impressão digital, talvez até retina, não será fácil falsificar.
Vitória,
quarta-feira, 11 de dezembro de 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário