A Impossibilidade do
Conhecimento
Pegue essas quatro palavras
(a, impossibilidade, do, conhecimento) e vá explicar cada uma delas. Para isso
você precisará de mais palavras, depois de mais ainda para explicar aquelas e
assim por diante, indefinidamente. Como juntar essas quatro palavras? Não serve
outra ordem (“conhecimento da impossibilidade a” não significa nada). Você
precisa de uma língua e da lógica associada a ela, bem como da dialética que
relaciona os objetos compreensivamente.
A seguir já estamos
no plano em que você precisa explicar o que é explicar, e como podemos entender
as coisas, tendo começado lá na ponta da micropirâmide (veja a seqüência das
pirâmides no artigo Desenho de Aliens,
neste Livro 18), passando pela mesopirâmide, até o limiar da macropirâmide,
onde estamos agoraqui chegando à globalização.
Como você
compreenderá rapidamente, PARA EXPLICAR UMA ÚNICA COISA (palavra ou imagem) é
preciso conhecer o pluriverso inteiro, é preciso estar na Tela Final, como
Deus, parte consciente de Natureza/Deus, Ela/Ele, ELI, está. Ora, ali não pode
estar mais que O UM, o único capaz de dar o salto infinito.
Kurt Gödel (tcheco,
1906 a 1978, 72 anos entre datas), ao provar em seu teorema a impossibilidade
aparente do fechamento total da Matemática, estava ao mesmo tempo provando a
impossibilidade de Deus e do Conhecimento (da Magia/Arte, da Teologia/Religião,
da Filosofia/Ideologia, da Ciência/Técnica e, claro, da Matemática central).
Ele estava dizendo que as verdades relativas nunca se fechariam no absoluto,
que constitui com o relativo o par polar oposto/complementar anunciado, que tem
necessariamente um terceiro, uma solução, estabelecendo simetria. Na realidade
o anúncio de um único objeto é o anúncio correlativo de todo o pluriverso. O
anúncio de um só planeta é o anúncio de todos. O anúncio de uma só vida é
anúncio de todas (que apenas não estão mostradas). O anúncio de uma só palavra
já é anúncio de toda a Língua universal, porque todo e parte, como viu Arthur Koestler
(húngaro, 1905 a 1983, 78 anos entre datas) fazem o hólon ou todoparte ou
partodo. É um circulinha, circunferência e diâmetro.
Assim, o próprio
fato de que é aparentemente impossível conhecer (e, no entanto, conhecemos,
parcialmente que seja) nos diz que é totalizável, mas apenas por um. Os outros
todos ficarão de fora, ou de outro modo se estabeleceria competição,
seletividade, parcialidade.
Vitória, sábado, 28
de dezembro de 2002.
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