sábado, 14 de janeiro de 2017


A Cegueira da Justiça

 

                            Dizem que a Justiça é cega, usa aquela venda para não ter preferência por ninguém. Mas, como os seres humanos não podem ser realmente isentos, inclinam-se os juízes e seus funcionários à aplicação corporativista e classista das penas, pelo quê, se há tal evidente queda para um lado a compensação assimétrica dever verter interesse contrário, isto é, vindo desde o povo.

                            Como as elites legais não são isentas o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia e Ciência/Técnica, e Matemática) geral está chamado a operar a restituição da saúde verdadeira à Justiça humana, como um médico que salve o doente da morte por inanição de razão e emoção fiel. Sou duro assim porque guardo dentro de mim anos, décadas seguidas de observação da lentidão exasperante dos tribunais, da parcialidade de classe, da omissão dos que julgam, da corrupção maciça de alguns setores (resguardadas as pessoas puras e até os santos que há lá).

                            Portanto, cabe reforma e até transformação, cabe um ataque centrado, total, à Justiça, em todo o mundo, como Antônio Carlos Magalhães fez praticamente sozinho e foi derrotado, afastado pelas forças malsãs (ele mesmo não é grande coisa, em termos morais). Caminhem todos os seres humanos, até os juízes leais, para esse castigo verdadeiro em todo o planeta, de forma a consolidar uma Justiça purificada e decente.

                            Pois a cegueira da Justiça não é total, ela é parcial, a venda deixa passar luz quando interessa, ou é levantada um pouco em casos especiais, haja vista a concessão ilimitada de liminares, verdadeira indústria da elisão fiscal, em troca da chama “taxa judiciária” que no ES, segundo eu soube, é ou era (o dólar está subindo) de 50 mil reais. Isso deve acabar em todo o mundo. As pessoas devem juntar-se, mesmo com o temor justificado de retaliação por parte deles, para enfrentar o mal.

                            Vitória, sexta-feira, 13 de dezembro de 2002.

Nenhum comentário:

Postar um comentário