A Cegueira da Justiça
Dizem
que a Justiça é cega, usa aquela venda para não ter preferência por ninguém.
Mas, como os seres humanos não podem ser realmente isentos, inclinam-se os juízes
e seus funcionários à aplicação corporativista e classista das penas, pelo quê,
se há tal evidente queda para um lado a compensação assimétrica dever verter
interesse contrário, isto é, vindo desde o povo.
Como
as elites legais não são isentas o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião,
Filosofia/Ideologia e Ciência/Técnica, e Matemática) geral está chamado a
operar a restituição da saúde verdadeira à Justiça humana, como um médico que
salve o doente da morte por inanição de razão e emoção fiel. Sou duro assim
porque guardo dentro de mim anos, décadas seguidas de observação da lentidão
exasperante dos tribunais, da parcialidade de classe, da omissão dos que
julgam, da corrupção maciça de alguns setores (resguardadas as pessoas puras e
até os santos que há lá).
Portanto,
cabe reforma e até transformação, cabe um ataque centrado, total, à Justiça, em
todo o mundo, como Antônio Carlos Magalhães fez praticamente sozinho e foi
derrotado, afastado pelas forças malsãs (ele mesmo não é grande coisa, em
termos morais). Caminhem todos os seres humanos, até os juízes leais, para esse
castigo verdadeiro em todo o planeta, de forma a consolidar uma Justiça
purificada e decente.
Pois
a cegueira da Justiça não é total, ela é parcial, a venda deixa passar luz
quando interessa, ou é levantada um pouco em casos especiais, haja vista a
concessão ilimitada de liminares, verdadeira indústria da elisão fiscal, em troca
da chama “taxa judiciária” que no ES, segundo eu soube, é ou era (o dólar está
subindo) de 50 mil reais. Isso deve acabar em todo o mundo. As pessoas devem
juntar-se, mesmo com o temor justificado de retaliação por parte deles, para
enfrentar o mal.
Vitória,
sexta-feira, 13 de dezembro de 2002.
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