quarta-feira, 11 de outubro de 2017


Interface Atlântida/Terra


 

                            Caso seja verdadeiro que debaixo do Mar de Sargaços está a nave Atlântida não apenas acontecerá de ser evento único (tanto no sentido de só haver um quanto no de ser o maior de todos) na geo-história humana como também teremos um outro mundo em nosso planeta – literalmente “coisa do outro mundo”.

                            No modelo coloquei os AMBIENTES como sendo constituídos do conjunto de bairros chamado cidade e do conjunto de distritos chamado município; do conjunto de cidades/municípios denominado estado; do conjunto de estados denominado nação; do conjunto de nações denominado mundo, para nós um mundo só, a Terra. Um só no sentido de só um mundo racional, pois não sabemos de outro. Desde então não apenas saberíamos doutra existência racional como também deveríamos passar a esperar conflitos, mesmo se não estivesse lá nenhum atlante, pois quando há quaisquer dois elementos sempre há ou haverá conflito, a menos que o nível seguinte esteja construído. Por exemplo, havendo dois municípios haverá conflito mais cedo ou mais tarde, a menos que haja estado, que é a superação ou supressão daquele nível prévio de enfrentamento.

                            Assim sendo, na interface entre Atlântida (o outro mundo) e a Terra (este mundo) haverá conflito. Conflitos de Conhecimento (conflitos quanto aos entendimentos mágicos/artísticos, quanto aos teológicos/religiosos, quanto aos filosóficos/ideológicos, quanto aos científicos/técnicos – menos quanto aos matemáticos, porque a Matemática é uma só no universo inteiro), nas 6,5 mil profissões, nas 22 tecnartes e em tudo mesmo. Quando o Conhecimento deles chocar-se com o nosso haverá conflito.

                            Será o fim da vida sossegada de antes.

                            Desaparecerá a hegemonia humana. Ficará instantaneamente claro que a humanidade terá outros enfrentamentos a promover. Para quem fica sonhando com alienígenas, para quem não pensa nisso, eis aí a oportunidade de confusão.

                            Na ficção é tudo bonitinho, mas na realidade é bem diferente.

                            Vitória, quarta-feira, 06 de julho de 2005.

Inexplicável

 

                            O que Nando Reis sabe das coisas celestiais que parecem estar sendo ditas? Pois parece que as pessoas se comportam como títeres. Como é que os momentos que devem gerar as compreensões se juntam nas caixas certas para que saiam as frases que traduzidas comporão os sentidos especiais ocultos?

                            Como tenho seguido a Rede Cognata me pergunto como é que coisas que são produzidas em urdu ou hindi quando traduzidas para o inglês depois para o português podem criar frases com sentido? Lá está o artista, cria uma música que não tem o menor sentido enquanto experiência do visível e não obstante quando lida a letra com a RC há um sentido oculto, ou pelo menos assim parece.

                            Sob as mais diferentes condições de produção no cinema, nas músicas, nas poesias, em livros didáticos, em tudo mesmo transparece segundos e terceiros diálogos entre entidades que desconhecemos.

                            É espantoso demais.

Vitória, junho-julho de 2005.

                           

 Segundo Sol
Cássia Eller
Composição: Nando Reis
Quando o segundo sol/PODER/CHAVE chegar/SACAR/SOUBER
Para realinhar/DOMINAR as/OS órbitas/CRIADORES dos/DOS planetas/PRESIDENTES
Derrubando com assombro/MORTE/MODELO exemplar
O que os astrônomos/MAGOS/ESTUDIOSOS diriam se tratar
De um outro cometa/CRISTO/GOVERNANTE/ATLANTE/ADMINISTRADOR

Não digo que não me surpreendi
Antes que eu visse, você disse
E eu não pude acreditar

Mas você pode ter certeza
Que seu/SUA telefone/DOENÇA irá tocar/DOER
Em sua nova casa/CORPO/CORAÇÃO
Que abriga agora a trilha/VEIA
Incluída/POSTA nessa minha conversão/CONTENÇÃO/CONJUNÇÃO/COMBINAÇÃO

Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora e vi dois
sóis/HOMENS num dia
E a vida/TERRA que ardia/CRIAVA
Sem explicação/MUTAÇÃO/MUDANÇA

Explicação, não tem explicação
Explicação, sem explicação
Explicação, não tem
Não tem explicação
Explicação, não tem
Explicação, não tem
Não tem

                            QUEM É NANDO REIS?

José Fernando Gomes dos Reis, ou simplesmente Nando Reis, nasceu no ano de 1963, na capital de São Paulo. Começou sua carreira musical como baixista do grupo pop-pós-punk-rock Titãs, em 1982. Desde então, tem se destacado como um dos principais mentores, compositores e cantores da banda, ao lado de Arnaldo Antunes, que deixou a formação em 1992 para seguir carreira-solo, e Paulo Miklos, da formação original dos Titãs.
Foto: Mari Prado Costa
 
 


Flutuação Matemática, Todos os Universos e o Amor

 

                            Os físicos vêm falando de “flutuação estatística” como injetora de universos (ou pelo menos deste, que chamei Uo). A Rede Cognata nos permite traduzir as palavras segundo o quadro signalítico, vá ver. Assim, estatístico = MATEMÁTICO = ASTRONÁUTICO e várias outras palavras. Portanto, FLUTUAÇÃO MATEMÁTICA = INJEÇÃO MATEMÁTICA = PROJEÇÃO ESTATÍSTICA e assim por diante.

O SEIO DA CURVA (Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas – quer dizer, das flutuações também). São dois seios, porque do outro lado é criado um antiuniverso, para cada universo surgido.


Mas, dizer “flutuação estatística” (ou mudá-la para “flutuação matemática”) não nos diz nada de muito profundo, não explica. Adianta algo no caminho da explicação, porém não explica de fato.

Dizer que as sementes estavam paradas do espaçotempo infinito do pluriverso de modulação e uma foi modelada como o presente universo em que estamos é apenas empurrar as perguntas mais para o alto e para frente – e torná-las ainda mais complexas. Porque agora fica que cada semente explode aleatoriamente, assim como um átomo emite radiação sem quê nem para quê, de tempos em tempos, mas no conjunto numa medida certa. Não necessitaria da intervenção de Deus, mesmo se chegamos ao par polar oposto/complementar Natureza/Deus, Ela/Ele, ELI e ao conjunto de acaso/necessidade.

Os universos-semente meramente explodiriam, como todo tamanho e forma distribuindo-se na Curva do Sino. Uns terminariam muito cedo e outros muito tarde, uns conseguiriam montar o quebra-cabeças e outros não e assim por diante para cada par de opostos/complementares.

Se tudo é apenas flutuação, projeção incoerente, sem a presença de um modulador ativo, qual o sentido da Vida, vida maior, o total das percepções? Pois os pares colocam que amor só existe para um lado, para o outro é o desamor. Em termos do sino acima, só para uns é a liberdade, para outros é a escravidão: uns nunca ficam conhecendo o amor, pelo qual vale a pena viver. Pelo menos para esse lado vale a pena viver. Pois de outra forma estaria colocada a condição de Gaspar Hauser: de que todos os racionais são sísifos subindo infinitas montanhas apenas para vislumbrar lá de cima outras inumeráveis montanhas-mundos.

E por quê a outra metade do par Natureza/Deus modelaria mundos senão para dar a chance aos racionais de fugirem do desespero da náusea sartriana?

Vitória, junho-julho de 2005.

Fazendo Crescer os Funcionários

 

                            O modelo é claro e transparente quanto a isso: as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) então nos AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo) e vice-versa, os ambientes também estão nas pessoas. Não existem mais indivíduos primitivos, de 10 mil anos atrás, tal como eram no surgimento dos cro-magnons. O indivíduo foi inventado logo no início da Vida com as algas cianofíceas (no Dicionário Aurélio Século XXI: S. f. pl. Bot. 1. Classe de algas unicelulares ou filamentosas de estrutura simples, cujos pigmentos verde-azulados decorrem da ausência de cloroplasto; algas azuis, cianobactérias) e as amebas, e com o sexo foi inventada a família, não muito tempo depois. Desde então foram sendo sobrepostas camadas e camadas, crescendo até a globalização; agora temos o indivíduo global, o indivíduo planetário, com mais uma camada da construção. Os sucessivos níveis estão nos indivíduos: a nação Brasil está nos brasileiros todos (de estados a indivíduos).

                            DOIS FUNCIONÁRIOS GERAIS

·       Das pessoas:

1.       Funcionários de indivíduos;

2.       Funcionários de famílias (por exemplo, empregadas domésticas; mordomos; governantas; limpadores de quintais);

3.      Funcionários de grupos (digamos do Greenpace);

4.      Funcionários de empresas (são milhões delas);

·       Dos ambientes (dos governos que os representam):

1.       Funcionários das 200 ou 300 mil cidades/municípios (das prefeituras, das câmaras municipais);

2.       Funcionários dos estados (estimei uns quatro mil);

3.      Funcionários das nações (perto de 200 delas);

4.      Funcionários do mundo (por enquanto só temos a ONU, que mal e mal representa o planeta: pergunte-se se chegassem alienígenas entregaríamos a ela a chancelaria planetária?)

Todos esses funcionários ou empregados precisam ser melhorados POR DENTRO (sua estabilidade corpomental) e POR FORA (seu trato com as pessoambientes).

O CRESCIMENTO INTERIOR

·       Crescimento do corpo (não precisa ser aumento em altura, porque o funcionário já chega adulto; pode ser em estabilidade, em saúde, em temperança e outros índices);

·       Crescimento da mente (na SEFAZ/ES travam a entrada na Internet, quando em toda parte deveria ser aberta e estimulada, exceto evidentemente para sexo, que ali não é lugar disso).

CRESCIMENTO EXTERIOR (no trato com a clientela)

·       Aprendizado de línguas;

·       Treinamentos nas ferramentas pós-contemporâneas (depois de 1991);

·       Renovação dos treinamentos antigos;

·       Biblioteca, fitoteca, discoteca, DVDteca, CDteca da instituição;

·       Solução dos problemas pessoais e ambientais (visita às famílias nos bairros e distritos);

·       Muitas outras atitudes.

Enfim, os governempresas não instituíram grupos-tarefa que elaborassem uma quantidade de normas indicativas – sem transformar em leis – para guiar a construção do novo funcionário. Um livreto que desse as dicas de aprimoramento de todos e cada um. Esse livrinho está fazendo uma falta danada.

Vitória, junho-julho de 2005.

Evolução Exponencial dos Robôs

 

                            DUAS EVOLUÇÕES (depois da evolução biológica/p.2)

·       GERAÇÕES PSICOLÓGICAS/p.3:

0.  fase antiga (primatas, hominídeos, neandertais, cro-magnons até a pré-civilização, como estudado no Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens);

1.       Escravismo;

2.       Feudalismo;

3.      Capitalismo:

3.1. Primeira onda;

3.2. Segunda onda;

3.3. Terceira onda;

·       GERAÇÕES INFORMACIONAIS/p.4:

A) MENTAIS:

1.       Saltos para a memória artificial (estão sendo dados sucessivamente num ritmo muito acelerado);

2.       Saltos para a inteligência artificial (ainda não começaram);

3.      Saltos para o controle artificial (também não);

4.      Estabelecimento da lógica artificial e da dialética artificial, ou seja, criação do DIÁLOGO ARTIFICIAL.

B) CORPORAIS (cada parte está sendo estudada por centenas de tecnocientistas, bem como a junção delas):

1.       Cabeça,

2.       Tronco;

3.      Membros (braços e pernas robóticas).

Veja no artigo Os Robôs Começaram a Correr neste Livro 126 que é o Robô Universal que está evoluindo. Não é como a humanidade, que evolui também coletivamente partindo de PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) até chegar a AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo), mas cujos produtos retornam aos indivíduos, porque estes jamais se tornam maiores, quer dizer, os seres humanos não crescem biologicamente para comportar os novos produtos da evolução conjunta. Já os robôs e os novos-seres em geral, sim, eles serão dilatados continuamente e se comunicarão via rádio, tornando-se um grande organismo universal num novo patamar da evolução.

Vitória, junho-julho de 2005.

Escola para Deficientes


 

                            DOIS GÊNEROS DE DEFICIENTES IMEDIATOS

1.       Deficientes corporais;

2.       Deficientes mentais.

DEFINIR DEFICIÊNCIA (é uma defi-ciência)

[Do lat. deficiente. ] Adj. 2 g. 1.          Em que há deficiência; falho, imperfeito. ~ V. número. S. 2 g. 2. Pessoa que apresenta deficiência física ou psíquica.

Mas, o que é deficiência mesmo?

Todos nós somos imperfeitos, menos Deus. Só ELI Natureza/Deus, Ela/Ele não é deficiente.

Por exemplo, somos deficientes em termos de toda a restante Vida, que tem na Terra 3,8 bilhões de anos (enquanto só vivemos umas poucas décadas). Não somos esta e aquela espécie animal ou vegetal; não somos minerais. Não somos da Bandeira Elementar nem ar nem água nem terra/solo nem fogo/energia. Não somos nada além de nós mesmos. E cada um de nós é um poço de ignorância, pois sabemos bem pouco. Em nossos corpos não temos as eficiências de outros corpos humanos que podem correr mais, subir mais, pular mais, respirar mais no fundo d’água e no geral desenvolver mais potência. Em nossas mentes não temos as capacidades de A ou B, especialmente de todos aqueles que se destacaram; até nem sabemos fazer tantas coisas, o que chega a ser exasperante – por exemplo, não sabemos consertar um forno de microondas. Há tanto que não sabemos!

Ah, nós somos deficientes.

Nossos cérebros são deficientes de algum caminho que falta. Temos algumas das quatro ou cinco mil doenças que os seres humanos podem passar na vida, somos deficientes em saúde. Somos deficientes em riqueza, em alegrias, em comodidades, em amizades, em companheirismo, em dedicação, em capacidade de praticar a caridade e em tantos itens que é mesmo de desesperar. E somos deficientes na compreensão de que somos deficientes. Dizemos que são deficientes apenas os deficientes físicos e os deficientes mentais, os portadores de síndrome de Dawn.

Seria, portanto, interessante colocar uma Escola para Deficientes e começar a dar essas explicações. Abrir salas para mostrar o quanto somos todos deficientes. Talvez não conseguíssemos nos livrar das outras deficiências, mas pelo menos desta nos livraríamos, de não sabermos que somos deficientes, todos e cada um.

Vitória, quinta-feira, 07 de julho de 2005.

Embelezamento da Caverna


 

                            Olhando-se as cavernas de agora despojadas e nuas com estalagmites e estalactites crescendo, devastadas pelo tempo e as intempéries não podemos imaginar as riquezas que o Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens sugere tivessem tido elas. Pois as mulheres (fêmeas e pseudomachos) viviam nas redondezas com 80 a 90 % de todos; e, dentro delas, ficavam quase todos quase todo o tempo, de modo que desde o início por cinco a dez milhões de anos, mas com muito maior certeza pelos lados do fim há uns 10 mil anos elas deviam ser belíssimas figuras, muito mais espantosas do que nossas casas atuais, porque era lugar de convivência de dezenas ou centenas nas menores até milhares nas maiores. E é disso que sentimos saudade inextinguível.

                            De fato, começo a pensar que os seres humanos foram felizes lá dentro e que por lá ocorriam grandes festas com as quais mesmo as maiores dos apartamentos dos super-ricos de hoje não poderiam rivalizar ou concorrer (não se falando dos produtos de agora, claro) em bom-humor, risos, gracejos, deslumbramento. Repetindo, estou convencido de que os seres humanos foram felizes lá. Primeiro, deviam ser intensamente pintadas, coloridas diariamente com flores e frutos renovados, coberto o chão de folhas novas e secas para as crianças. Segundo, era muita gente (longe da supervigilância muito séria dos guerreiros). Não era de modo algum isso que é mostrado ou apresentado hoje. Deviam as cavernas ser constantemente embelezadas, supridas de cores e cheiros todo dia, admitida toda luz que podiam - sem perigo - fazer entrar, com muitos animais pulando, com todo tipo de brincadeiras.

                            Só pelo lado do fim elas se tornaram trastes, porque foram abandonadas e ficaram para os “pobres”, aqueles que foram finalmente inventados pelo início da civilização, aqueles que não podiam ter as pós-cavernas e as casas artificiais das pré-cidades e voltavam às cavernas abandonadas para pilhá-las do que não tinha sido levado embora.

                            Tanto dentro quanto em suas bocas de entrada ou admissão as cavernas deviam ser algo de apoteótico mesmo, um êxtase para quem chegava.

                            Os cineastas vão precisar mudar os filmes completamente.

                            Vitória, terça-feira, 05 de julho de 2005.