sábado, 27 de outubro de 2018


Aposentado Ria

 

Certa vez um colega disse que eu não acostumaria com a aposentadoria. Nessa ocasião eu trabalhava no posto fiscal e mesmo no regime folgado que tínhamos de 2 x 6 (dois dias trabalhados por seis de folga: na realidade eram 5,5, pois viajávamos bastante – 270 km num sentido e outro tanto de volta, correndo perigo nas estradas).

Fiquei pensando.

1.       Não atender mais à clientela (bem e mal-humorados);

2.       Não ter de aguentar os colegas implicantes;

3.      Não ter de suportar os chefes que procuravam fazer fama à custa de nossa intranqüilidade;

4.      Poder estar perto da família o tempo todo;

5.      Apoiar o término da formação dos filhos e o processo deles mesmos terem filhos e filhas;

6.      Passear o quanto quisesse em férias permanentes;

7.       Descer para ir à praia em frente de casa em Vila Velha, Praia da Costa, mar azulzinho, areia branquinha, calçadão, quiosques, água de coco, gente bonita;

8.      Conversar com a patroa;

9.      Bajular os netos;

10.   Fazer compras quando quisesse;

11.     Acompanhar o embelezamento da casa;

12.    Conversar com os amigos sem quaisquer limites;

13.    Cuidar da saúde com apuro, definindo alimentação adequada, sem as variações do posto;

14.   Prestar mais atenção às contas;

15.    Poder andar o tempo todo de bermuda e camisa aberta;

16.   Inúmeros outros pontos (se você lembrar-se de mais, coloque aqui).

E aí, você acharia que eu não acostumaria?

Pois acostumei, sim, foi tranquilo, tranquilo, uma beleza.

Só espero que dure muito mais.

Serra, quarta-feira, 25 de abril de 2012.

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