Caçar
Tatus
A SABEDORIA
O amigo chegou a
sua casa convidando-o a caçar tatus.
- E o IBAMA? E a
proibição de caçar vida selvagem?
- Ah, nesse caso é
na fazenda de um amigo, ele recebeu licença para criar, tudo legalizado. E
existem alguns selvagens. São esses que vamos caçar, mas primeiro temos de ir
comprar gás.
- Gás, pra quê?
- Você vai ver.
Foram, compraram
uma botija e o amigo instalou uma projeção com mangueira, tudo em segurança.
Chegaram às tocas,
ele injetou gás nelas e depois tocou fogo, os tatus saíram apavorados e foram
pegos.
Passaram-se seis
meses, o amigo voltou, convidou-o de novo.
Ele disse: - Vamos
lá comprar o gás.
- Não precisa,
vamos comprar um triângulo (daqueles que os vendedores de gás levam para
anunciar o produto pelas ruas).
Chegaram perto das
tocas, o amigo bateu no triângulo com a haste de aço e gritou: - Olha o gás,
olha o gás.
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O palestrante
começava a falar contando essa piada.
Depois de todos rirem
ele principiava a palestra.
- Você viram o papel
da propaganda, a preparação dos espíritos. Adquirir empresas de modo agressivo
é como caçar tatus: ao planejar e realizar a primeira e as seguintes, vocês têm
de plantar a fama, de modo a provocar as reações automáticas esperadas, o
instinto da caça de fugir ao simples anúncio.
Levantou-se uma voz.
- Não somos tatus.
- Claro, não são, mas
é o princípio. O ser humano pode ser alcançado, pode ser exposto, pode
desarmar-se das defesas, pode desencantonar-se, pode ser levado ao ruir das
proteções. As aquisições agressivas poderiam começar do modo mais difícil
cavando os buracos para atingir os tatus lá dentro. Poderiam ter usado pontões
compridos de ferro ou de aço. Poderiam inundar os túneis. Ou poderiam fazer
como fizeram.
- Como proceder?
- Essa é a perguntar
fundamental: o ambiente tem respostas prontas para perguntas que nunca nos
fizemos? Claro, o ambiente é grande, comporta muitas pesquisas de outros e é
para isso que estou aqui, dar a vocês todos os avanços das compras agressivas.
Serra, terça-feira,
08 de maio de 2012.
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