segunda-feira, 29 de outubro de 2018


Holoclaustro

 

Com os avanços da tecnociência da info-cibernética alguém ofereceu o claustro 4D (3D + tempo, circulação, decorrência virtual, passeios) com óculos de mais recente geração (porque se fosse “última geração” tudo acabaria em seguida), o claustro-total, do grego holo, todo.

VIRTUALMENTE PASSEANDO

Descrição: http://img.historiadigital.org/2012/02/Visita-Virtual-Palacio-Cnossos.jpg
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A questão, o autor pensou, é que há muita gente desejando fazer retiro espiritual sem ter de pagar caras estadias, sem ter de ficar dias longe da família, sem estar tão longe que não possa atender os negócios, sem obedecer à regularidade e ao ritmo dos dias e das semanas, sem correr risco de ir de carro, sem desconforto.

Enfim, quer sofrimento mínimo e conforto máximo quando se trate de ir a mosteiro para “sofrer” a iluminação, com toda comodidade.

HOSTEIRO (mosteiro-hotel) ou MOSTAPART (mosteiro-apart)

Descrição: http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/7.mosteiro.gif
Descrição: http://bocaberta.org/wp-content/uploads/2009/07/Taung-Kalat-mosteiro-3.jpg
Descrição: http://download.ultradownloads.com.br/wallpaper/71770_Papel-de-Parede-Mosteiro-de-Montserrat-Espanha_1400x1050.jpg
Descrição: http://www.baixaki.com.br/imagens/wpapers/BXK1516_Mosteiro_Leca_Balio_Portugal800.jpg

Uma empresa dos países-baixos (e põe baixo nisso, boa parte fica abaixo do nível do mar) se interessou em investir.

A pessoa comprava (ou alugava) os óculos, o andador especial, o pacote alimentar, os livros e a ambientação externa ao mosteiro virtual, por onde passearia com os outros “monges”, pagando a telefonia universal e a conferência virtual.

É claro que todos tinham de falar pelo menos inglês ou ficariam restritos aos “monges” de mesma língua.

Era bom em muitos sentidos.

Primeiro que conversavam calmamente, trocando informações (inclusive econômico-financeiras), falando de filosofia, ciência, técnica, tudo que desejavam comunicar de suas famílias e assim por diante. Claro que deveriam passar por uma triagem demorada, ou entrar por recomendação de sócio anterior, que ficava responsável.

Segundo, acalmava mesmo, porque as distrações eram mínimas.

Terceiro, havia um punhado de leituras “obrigatórias” (para quem quisesse progredir).

De forma que avançou muito, chegando ao Holoclaustro 2.0 e indo adiante. Por conta de “holocausto” chocava, mas só de início. Fazia até sentido, porque muitas de suas ilusões iam para o brejo: não se dizia que “o fim das ilusões é o começo da filosofia”? Eles e elas filoso-fiavam.

Serra, quinta-feira, 26 de abril de 2012.

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