Fomiséria
O governo federal
lançou o Fomiséria, os brasileiros que comem muito ensinando os brasileiros que
não comem a passar fome.
Isso repercutiu na
coletividade.
As pessoas fizeram
vários desenhos gozando essa iniciativa.
A
MISÉRIA POSTA A NU (os governos reconhecendo a fome nacional) – mas, em
compensação, os nus falam dos bem-vestidos.
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Foi o governo Lulambão
que, aproveitando a deixa, decidiu explorar os miseráveis, os que passavam
fome. Pois o governo não é capaz de esquecer ninguém, explora a todos, embora
desigualmente, através dos impostos tirando dinheiro dos pobres e médios para
repassar aos médio-altos e aos ricos por meio de incentivos fiscais da guerra
fiscal (é a única guerra em que os governos lutam para perder o dinheiro
alheio) e vários outros benefícios, através do BNDES nacional e do BANDES
estadual.
Deu tudo super-certo,
o governo fez propaganda de montão, mobilizou a sociedade para dar em nada e
foi perfeito nisso, deu em nada mesmo, exatamente como eles queriam, nisso eles
não falham, foi uma beleza, acertaram o alvo em cheio. O alvo desmaiou e foi
despertado com cheiro de Bauru, não carne diretamente porque poderia não
suportar o tranco, poderia ser demais de uma vez. Ele desmaiou de novo, o baque
foi muito grande.
Por todo o Brasil os
governos estaduais, querendo cooperar com o governo federal nessa missão de
sufocar os miseráveis com esperanças vãs, procuraram ajudar como podiam. Em
todos os estados os miseráveis encheram-se de expectativas, pondo-se a sonhar
com batata frita, bife acebolado, goiabada cascão com muito queijo, catchup,
purê de batatas e coisas assim, que só viram em sonhos.
Durante meses os
miseráveis sonharam com a Decência, sem saber que o governo a tinha exilado,
banido, escorraçado, mulher bonita e altaneira com o grave defeito de ser
revolucionária. O governo e os governantes a temiam, não podiam suportá-la, era
exigente demais.
Sem Decência os
governantes fizeram o que quiseram do povo, prometendo-lhe acabar com a fome.
Os miseráveis
acreditaram.
Não só eles, os
intelectuais também, eles acreditam na palavra e na fala, não sabem que elas
são apenas escritas ou falhadas.
Serra, quarta-feira,
02 de maio de 2012.
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