segunda-feira, 29 de outubro de 2018


Minhasas

 

Existem mundos de seres alados, que vivem nas alturas (e nem dão bola pros que estão por baixo, a não ser bolas fedorentas).

MUNDOS EM QUE EXISTEM SERES ALADOS (a Terra mesmo é um, se você não vê e não presta atenção, azar o seu)

Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/38/MandarimII.JPG
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJcGPzFq20YFXJ2LEBVopZMT7Lp0J_xDu8jx3i-9-nwgIA0u2i1vbNBBiS9Xe9VB2OlL1ZwJgcvYdUVuib1KR6IFuwqAsEG9mSdchnsbCdgusxWxNAjaNRcpoMFxYQkHXoevxaGeIhBfId/s400/lib%C3%A9lula14.jpg

No Brasil há também.

Vejo-os todo dia, pairando no ar ou pousados em vários lugares.

Os seres lá do alto nem sabem que os seres humanos existem, eles vivem tão lá pra cima (por exemplo, em Brasília, chamada de Ilha da Fantasia) que nem sabem que grande parte dos brasileiros está sofrendo.

Não se importam, não se incomodam.

E se estão lá para cima, cagam e voam, voam e cagam nos de baixo.

São poucos os que chegam bem lá em cima, perto do céu. Em ar tão rarefeito sequer olham para o chão, exceto quando querem pegar alguma coisa. Como é sabido, em metade a Natureza os fez assim e em metade é pendão, vontade própria, desejo de ser superior, estar por cima.

Os de baixo, quando desce algo bem lá de cima podem saber que “lá vem m*”, porque preocupação legítima não seria, nem muito menos amor, confiança, dedicação e nada do lado bom do dicionário, só pode ser coisa ruim que vem caindo lá daquelas paragens superiores.

Vivem entre eles, procriam entre eles esses passarinhos e alados que vivem no alto, tomam uísque juntos, criam os filhos nos mesmos lugares e se te vissem na rua não te reconheceriam como do mesmo gênero.

Não se iluda.

Serra, sábado, 21 de abril de 2012.

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