Dia
das Mãos
O Dia das Mães,
segundo domingo de maio, é para menos da metade da população, pois só as
mulheres mães fazem parte da confraria; não estão inclusas as meninas, nem as
estéreis.
O Dia dos Pais,
segundo domingo de agosto, também é para menos da metade, nas mesmas condições,
pior ainda, pois há os estéreis e porque alguns que pensam ser pais nem são.
E assim cada dia
dedicado, ao passo que ninguém agradece às mãos. E aqui vai meu protesto,
porque elas são nossas grandes servidoras. O Aleijadinho, que as perdeu, criou
algumas de suas grandes obras com o cinzel e o malho amarrados aos tocos.
Sem dúvida alguma
elas são fundamentais.
MÃOS
SÃO INSTRUMENTOS EXTERNINTERNOS (a cada mão exterior corresponde mão
interior, quer dizer, região do cérebro, por sinal muito complexa) – há
cérebros muito complexos juntos.
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As pessoas dizem
“quer u’a mão” ou “vou te dar u’a mão” e nunca um pé ou um joelho ou um
cotovelo ou até boca. Mão é o instrumento por natureza, o instrumento por
excelência, um dos mais nobres, se não o mais nobre.
Não obstante, você
viu quantos monumento à mão?
Quantos
documentários?
Quantas loas cantadas
às mãos?
Quantas palestras
sobre as mãos?
Daí minha proposta do
Dia das Mãos, que englobaria todo mundo: 100 % das mães (mais as meninas e a
estéreis), 100 % dos pais (mais os garotos e os estéreis), 100 % de todos.
Viva as mãos!
Sou a favor de um
museu e uma biblioteca dedicada às mãos.
Elevo minhas mãos aos
céus em agradecimento.
Serra, quarta-feira,
09 de maio de 2012.
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