sábado, 27 de outubro de 2018


Algo Ritmo

 

O jornalista, de tanto acompanhar bandas pelo país, de fazer matérias sobre músicas e ritmos decidiu fazer livro a respeito, mas com tema novo, não fosse repetir - neste mundo vastíssimo e de grande concorrência - uma das investigações já publicadas.

Uma lista completa dos ritmos brasileiros, as danças aqui desenvolvidas, seria boa abordagem.

Associá-los às músicas, por exemplo, o ritmo-dança do baião com as músicas constituiria preciosidade, por exemplo, filmar no Nordeste brasileiro, que foi o lugar de nascimento com Luís Gonzaga e outros, acrescentaria; e poderia seguir os nordestinos até aonde tivessem ido, em São Paulo capital havia grande número deles.

Seria possível desenvolver um algoritmo para cada ritmo?

Um modelo matemático?

E os passos de dança estavam conectados ao modelo?

Quer dizer, dançar baião “cria” pessoa-baião?

Vendo a música como um gênero de psicologia, o que cada dança-ritmo evocava no espírito humano? Que liberdades promovia, que autenticidades chamava, que autorizações dava?

Que é esse “algo” que o ritmo defende?

Qual a importância do ritmo para a política?

Não era jornalista qualquer.

Escreveu assim num papel, guardei.

AS PERGUNTAS DOS JORNALISTAS

PERGUNTA
REFERÊNCIA
PSICOLOGIA
Quem?
Figura
Psicanálise
Para quê?
Objetivo
Psico-síntese
Com quê?
Produção
Economia
Como?
Organização
Sociologia
Quando?
Tempo
História
Onde?
Espaço
Geografia

Sem dúvida não era jornalista qualquer, ia a fundo.

Em que medida as músicas (letras e melodias), os ritmos, as danças interferiam na condição humana? Elas teriam horizontes culturais, condição de aceitação em certa faixa temporal?

Na época em que conversei com ele lá no bar no Triângulo das Bermudas, na Praia do Canto, em Vitória, estava nesse pé, não sei se foi para diante, fiquei atento para ver se algo aparecia em qualquer parte, mas não vi nada, acho que ele desistiu, moitou.

Serra, quinta-feira, 03 de maio de 2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário