Cativante
Falar
Além de eu não
saber português que me contente (cometo erros), o meu não é aquele “falar
escorreito” e confiante dos grandes cultivadores da língua, dos grandes autores
que reverenciamos, tanto os portugueses quantos os brasileiros, muitos livros
deles e delas tenho e, se possível, se houver tempo, pretendo lê-los.
Ah, é realmente
cativante.
Como dizem, é como
falar com os anjos (não sei de ninguém que tenha falado com eles, mas falam
assim).
Creio que nas
escolas, nas bibliotecas delas, e nas bibliotecas públicas todas deveriam estar
os homens e mulheres que amam a língua e a conhecem como a um filho muito
amado, propriamente até autores como visitantes, as grandes e os grandes artífices
da palavra, os criadores de frases memoráveis, de cenários impressivos.
Que alegria teria tido
a mais na infância se houvera sido assim.
Cachoeiro,
primeiro, depois de 1963 Linhares, não tive chance; Linhares nem tinha
biblioteca pública, doei um punhado de livros para começa-la, lá perto da atual
escola EEEFM Bartouvino Costa, Avenida Governador Santos Neves, na avenida de
trás a essa.
Ah, a emoção que é
vivenciar a língua (o que faço nos livros, nos filmes, nas revistas, pouco ou
nada nos jornais)! Quanta alegria é negada à criançada por elegerem nos
currículos escolares as necessidades dos burgueses-capitalistas, os
instrumentos mais simples de habilitação dos operários nas tarefas cotidianas.
Agora, no final de
vida, vamos ver se consigo firmar minha capacidade e aprender pelo menos as
regras gerais desse soberano contentamento.
Vitória, sábado, 27
de outubro de 2018.
GAVA.
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