sábado, 27 de outubro de 2018


Cativante Falar

 

Além de eu não saber português que me contente (cometo erros), o meu não é aquele “falar escorreito” e confiante dos grandes cultivadores da língua, dos grandes autores que reverenciamos, tanto os portugueses quantos os brasileiros, muitos livros deles e delas tenho e, se possível, se houver tempo, pretendo lê-los.

Ah, é realmente cativante.

Como dizem, é como falar com os anjos (não sei de ninguém que tenha falado com eles, mas falam assim).

Creio que nas escolas, nas bibliotecas delas, e nas bibliotecas públicas todas deveriam estar os homens e mulheres que amam a língua e a conhecem como a um filho muito amado, propriamente até autores como visitantes, as grandes e os grandes artífices da palavra, os criadores de frases memoráveis, de cenários impressivos.

Que alegria teria tido a mais na infância se houvera sido assim.

Cachoeiro, primeiro, depois de 1963 Linhares, não tive chance; Linhares nem tinha biblioteca pública, doei um punhado de livros para começa-la, lá perto da atual escola EEEFM Bartouvino Costa, Avenida Governador Santos Neves, na avenida de trás a essa.

Ah, a emoção que é vivenciar a língua (o que faço nos livros, nos filmes, nas revistas, pouco ou nada nos jornais)! Quanta alegria é negada à criançada por elegerem nos currículos escolares as necessidades dos burgueses-capitalistas, os instrumentos mais simples de habilitação dos operários nas tarefas cotidianas.

Agora, no final de vida, vamos ver se consigo firmar minha capacidade e aprender pelo menos as regras gerais desse soberano contentamento.

Vitória, sábado, 27 de outubro de 2018.

GAVA.

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