Começaria
Tudo Outra Vez...
O brasileiro tinha
ficado com mão torta, dobradinha em ângulo reto, parecia de goiola, por acaso encontrou
a lâmpada mágica, esfregou-a e de dentro surgiu um gênio português.
Tomou um susto.
Onde já se viu gênio
português?
Onde já se viu gênio
com nacionalidade?
Por princípio não se
afirma o local de nascimento do gênio, ele é atemporal, apenas existe, só tem
nome ou prenome.
O GÊNIO PORTUGUÊS
GÊNIO – amo, você
tem direito a três desejos.
BRASILEIRO
(pensando com muito cuidado) – quero ficar com minha mão igual à outra.
O gênio fez as duas
ficarem tortas, em ângulo reto com os braços.
BRASILEIRO (que
gênio burro!) – quero que meu pau arraste no chão.
O gênio cortou as
duas pernas dele rente à virilha.
BRASILEIRO (puta
merda, que otário. Vou ver se conserto tudo) – gostaria que tudo voltasse a
ser como no princípio.
Aí estourou o big
bang.
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***
Este texto é
investigação sobre o suicídio, que é pecado, que faz voltar a pessoa ao
princípio.
Pois outro
brasileiro, esperto também, querendo viver sem trabalhar começou a pensar que
se suicidar e sair do jogo era uma boa, se levasse à reencarnação, pois ele
morreria e voltaria como criança, sendo cuidado por outros até a adolescência,
então se mataria de novo e assim por diante reencarnando o tempo todo e vivendo
para sempre sem trabalhar.
Ficou se hipnotizando
diante do espelho para lembrar na idade certa, finalzinho da adolescência,
agora já passava dos 45 anos e tinha trabalhado pra danar, ô xente, que
existênciazinha ruim por demais. Treinou muito tempo, muito tempo, não fosse
esquecer na adolescência, tinha que antecipar 30 anos.
Até que achou ter
chegado ao ponto certo e se matou, jogando-se do edifício e se espatifando lá
embaixo.
De fato, renasceu e
viveu até os 15 sem trabalhar.
Não contava com o
esquecimento forçado.
Renasceu como
cachorro e tentava o tempo todo se lembrar de alguma coisa, tinha algo que
incomodava...
Serra, quarta-feira,
02 de maio de 2012.
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