terça-feira, 10 de outubro de 2017


O Saber dos Jornalistas


 

AS PERGUNTAS DOS JORNALISTAS (e suas referências no modelo)

Ø  Com quê? (Objetos ou produções ou economias);

Ø  Como? (Processos ou organizações ou sociologias);

Ø  Onde? (Locais ou espaços ou geografias);

Ø  Por quê? (Metas ou objetivos ou psico-sínteses);

Ø  Quando? (Instantes ou tempos ou histórias);

Ø  Quê? (Resumo de tudo: perguntar: que é que está acontecendo?;

Ø  Quem? (Agentes ou figuras ou psicanálises).

Embora o jornalismo (como tal, superafirmação do jornal - do que é diário - como “diarismo”, a repetição como urgência diária, contar os fatos todos os dias sem nenhuma pausa para pensar, como se a notícia substituísse o agrupamento ou arrumação da informação enquanto dados-orientados pelo orientador) seja a contraforma baixa da história, lidando com o tempo de forma baixa ou técnica (e não científica, quer dizer, com meditação), ainda assim permite um gênero de saber que vem da aglomeração estatística num gênero de EXTRAÇÃO PROBABILÍSTICA que dá certo tom ou domínio: poderíamos sem ofensa nenhuma chamar a isso de SABER JORNALÍSTICO, pois ele cria um pano de fundo, uma concepção residual inconsciente da qual pode efetivamente emergir saber.

REORIENTANDO O JORNALISMO (para o saber, que é profundo, pro-fundo)

Ø  SABER COM QUÊ (conhecimento dos objetos: superfície e conteúdo);

Ø  SABER COMO (conhecimento dos procedimentos: qual é a REDE DE RELAÇÕES?);

Ø  SABER ONDE (conhecimento dos lugares: qual é o VOLUME DE INSERÇÃO? Ponto do acontecimento, linha que levou a ele, e dele derivou, plano de sua emergência, volume de sua completude);

Ø  SABER POR QUE [conhecimento das motivações: das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e dos AMBIENTES (cidade/municípios, estados, nações e mundo) ];

Ø  SABER QUANDO (conhecimento dos momentos: os vários tempos do acontecimento, no caso racional os vários tempos psicológicos);

Ø  SABER O QUÊ (conhecimento do todo: compor o quadro geral);

Ø  SABER QUEM (conhecimento do ser: todas as chaves e bandeiras, com seus conhecimentos característicos).

POR EXEMPLO, CONHECIMENTOS DE QUEM


Ø  Conhecimentos (mágicos/artísticos, teológicos/religiosos, filosóficos/ideológicos, científicos/técnicos e matemáticos) dos participantes;

Ø  Proximidade das figuras em relação às 22 tecnartes;

Ø  Chave do SER/TER (memória, inteligência e controle; matéria, energia e informação dos envolvidos);

Ø  Bandeira da Proteção (lar, armazenamento, saúde, segurança e transporte);

Ø  Bandeira do Sexo (machos, fêmeas, pseudomachos e pseudofêmeas);

Ø  Bandeira do Trabalho (agropecuária/extrativismo, indústria, comércio, serviços ou bancos);

Ø  Tudo mais que está no modelo.

Na correria do dia-a-dia não dá para fazer muitas perguntas, nem em profundidade, mas se os jornalistas forem treinados por gente competente adquirirão uma EMOÇÃO DE FUNDO chamada intuição ou projeção que lhes permitirá extrair o máximo no pouco tempo oferecido. Assim, embora navegando ainda na superfície, será em superfície muito mais profunda.

Ora, não ouço falar de nenhum jornal onde exista um tanque de pensamento (ou como queiram chamar), um colegiado orientado para o pensamento, composto de pesquisadores altos; ao contrário, sempre se supõe serem os editores capazes da visão mais vasta lendo livros tanto de jornalismo quanto tecnocientíficos. Não é a mesma coisa, nem nunca vai ser.

Evidentemente, o primeiro jornal que compuser tal grupo-tarefa dará seguidos saltos qualitativos que o farão ultrapassar os outros.

Vitória, segunda-feira, 27 de junho de 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário