O Saber dos
Jornalistas
AS PERGUNTAS DOS JORNALISTAS (e suas
referências no modelo)
Ø Com quê? (Objetos
ou produções ou economias);
Ø Como? (Processos
ou organizações ou sociologias);
Ø Onde? (Locais
ou espaços ou geografias);
Ø Por quê? (Metas
ou objetivos ou psico-sínteses);
Ø Quando? (Instantes
ou tempos ou histórias);
Ø Quê? (Resumo
de tudo: perguntar: que é que está acontecendo?;
Ø Quem? (Agentes
ou figuras ou psicanálises).
Embora o
jornalismo (como tal, superafirmação do jornal - do que é diário - como
“diarismo”, a repetição como urgência diária, contar os fatos todos os dias sem
nenhuma pausa para pensar, como se a notícia substituísse o agrupamento ou
arrumação da informação enquanto dados-orientados pelo orientador) seja a
contraforma baixa da história, lidando com o tempo de forma baixa ou técnica (e
não científica, quer dizer, com meditação), ainda assim permite um gênero de
saber que vem da aglomeração estatística num gênero de EXTRAÇÃO PROBABILÍSTICA
que dá certo tom ou domínio: poderíamos sem ofensa nenhuma chamar a isso de
SABER JORNALÍSTICO, pois ele cria um pano de fundo, uma concepção residual
inconsciente da qual pode efetivamente emergir saber.
REORIENTANDO O JORNALISMO (para o
saber, que é profundo, pro-fundo)
Ø SABER COM
QUÊ (conhecimento dos objetos: superfície e conteúdo);
Ø SABER COMO
(conhecimento dos procedimentos: qual é a REDE DE RELAÇÕES?);
Ø SABER ONDE
(conhecimento dos lugares: qual é o VOLUME DE INSERÇÃO? Ponto do acontecimento,
linha que levou a ele, e dele derivou, plano de sua emergência, volume de sua
completude);
Ø SABER POR
QUE [conhecimento das motivações: das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e
empresas) e dos AMBIENTES (cidade/municípios, estados, nações e mundo) ];
Ø SABER QUANDO
(conhecimento dos momentos: os vários tempos do acontecimento, no caso racional
os vários tempos psicológicos);
Ø SABER O QUÊ
(conhecimento do todo: compor o quadro geral);
Ø SABER QUEM
(conhecimento do ser: todas as chaves e bandeiras, com seus conhecimentos
característicos).
POR
EXEMPLO, CONHECIMENTOS DE QUEM
Ø Conhecimentos
(mágicos/artísticos, teológicos/religiosos, filosóficos/ideológicos,
científicos/técnicos e matemáticos) dos participantes;
Ø Proximidade
das figuras em relação às 22 tecnartes;
Ø Chave do
SER/TER (memória, inteligência e controle; matéria, energia e informação dos
envolvidos);
Ø Bandeira da
Proteção (lar, armazenamento, saúde, segurança e transporte);
Ø Bandeira do
Sexo (machos, fêmeas, pseudomachos e pseudofêmeas);
Ø Bandeira do
Trabalho (agropecuária/extrativismo, indústria, comércio, serviços ou bancos);
Ø Tudo mais
que está no modelo.
Na correria do dia-a-dia não dá para
fazer muitas perguntas, nem em profundidade, mas se os jornalistas forem
treinados por gente competente adquirirão uma EMOÇÃO DE FUNDO chamada intuição
ou projeção que lhes permitirá extrair o máximo no pouco tempo oferecido.
Assim, embora navegando ainda na superfície, será em superfície muito mais
profunda.
Ora, não
ouço falar de nenhum jornal onde exista um tanque de pensamento (ou como
queiram chamar), um colegiado orientado para o pensamento, composto de
pesquisadores altos; ao contrário, sempre se supõe serem os editores capazes da
visão mais vasta lendo livros tanto de jornalismo quanto tecnocientíficos. Não
é a mesma coisa, nem nunca vai ser.
Evidentemente,
o primeiro jornal que compuser tal grupo-tarefa dará seguidos saltos
qualitativos que o farão ultrapassar os outros.
Vitória,
segunda-feira, 27 de junho de 2005.
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