segunda-feira, 9 de outubro de 2017


O Inferno dos Motoristas

 

                            Meu pai foi motorista de caminhão por 45 anos e lá nos postos fiscais, que freqüentei por 13 anos, fora os períodos de férias e uns poucos de ausência, pude observá-los.

                            INFERNO SOBRE RODAS

·       Carros que quebram e pneus que furam (cada qual custa 600 a 1.000 reais);

·       Engarrafamentos;

·       Estradas esburacadas e os muitos pedágios (quando não são as transportadoras ou os patrões devem ser eles a pagar);

·       Falta de fretes;

·       Fiscais displicentes ou intolerantes;

·       Muito tempo de espera nas fábricas para carregar, muito tempo de espera no comércio para descarregar;

·       Muito tempo longe da família;

·       Os problemas da família (a esposa liga e ele está longe);

·       Patrões aporrinhando;

·       Policiais federais exigindo taxa de passagem;

·       Prestações do veículo para pagar;

·       Responsabilidade imensa da carga;

·       Restaurantes ruins com comidas péssimas;

·       Roubos de carga e risco de vida;

·       Viagens à base de “rebites”, remédios para ficar acordado a pulso;

·       Muitos outros que eles saberiam colocar melhor.

Enfim, ninguém fez ainda uma avaliação completa. Por minha filiação paterna aos problemas deles e porque fiquei observando-os me interessei e coloquei nas idéias e patentes um punhado de ajuda que pude imaginar (todas dependentes de implementação).

Seria interessante os governempresas (dado que existem mais de um milhão deles só neste país) criarem grupos-tarefa para investigar a fundo no sentido de dar a eles respostas imediatas e à coletividade maior conhecimento, para resguardar essa atividade tão importante em toda parte, especialmente no Brasil.

Vitória, junho-julho de 2005.

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