O Inferno dos
Motoristas
Meu pai foi
motorista de caminhão por 45 anos e lá nos postos fiscais, que freqüentei por
13 anos, fora os períodos de férias e uns poucos de ausência, pude observá-los.
INFERNO SOBRE RODAS
·
Carros
que quebram e pneus que furam (cada qual custa 600 a 1.000 reais);
·
Engarrafamentos;
·
Estradas
esburacadas e os muitos pedágios (quando não são as transportadoras ou os
patrões devem ser eles a pagar);
·
Falta
de fretes;
·
Fiscais
displicentes ou intolerantes;
·
Muito
tempo de espera nas fábricas para carregar, muito tempo de espera no comércio
para descarregar;
·
Muito
tempo longe da família;
·
Os
problemas da família (a esposa liga e ele está longe);
·
Patrões
aporrinhando;
·
Policiais
federais exigindo taxa de passagem;
·
Prestações
do veículo para pagar;
·
Responsabilidade
imensa da carga;
·
Restaurantes
ruins com comidas péssimas;
·
Roubos
de carga e risco de vida;
·
Viagens
à base de “rebites”, remédios para ficar acordado a pulso;
·
Muitos
outros que eles saberiam colocar melhor.
Enfim, ninguém fez ainda uma avaliação
completa. Por minha filiação paterna aos problemas deles e porque fiquei observando-os
me interessei e coloquei nas idéias e patentes um punhado de ajuda que pude
imaginar (todas dependentes de implementação).
Seria interessante os governempresas
(dado que existem mais de um milhão deles só neste país) criarem grupos-tarefa
para investigar a fundo no sentido de dar a eles respostas imediatas e à
coletividade maior conhecimento, para resguardar essa atividade tão importante
em toda parte, especialmente no Brasil.
Vitória, junho-julho de 2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário