Marcado pela Justiça
Na única vez que assisti
ao programa quase inteiro da Marília Gabriela no canal pago GNT (da Globo) ela
entrevistava o Léo Jaime, que esteve sumido um tempo. Tendo agora 45 anos
esteve afastado um tempo em relação à evidência de antes; contou que para
defender sua produção entrou na Justiça com processo contra os selos, tendo
sido marcado por isso como “o cara que entrou na Justiça”.
O Brasil é o país mais
esquisito do mundo. Em toda parte o certo é brigar pelos direitos, entrar na
Justiça solicitando a obediência à constituição, mas no Brasil existe um acordo
de ladrões pela qual são marcados os lutadores e os honestos. É um perigo
entrar na Justiça solicitando a correção de erros e o reparo de injustiças;
pelo contrário, aqui parece certo calar, pois entrar na Justiça é como se
estivesse traindo o bando de safados.
O Brasil é tão esquisito
que dizem: “vou almoçar fulano antes que ele me jante”, quer dizer, traí-lo
antes de ser traído. É a tal de “rasteira preventiva”: prevendo que o fulano
vai “rasteirá-lo”, passar-lhe rasteira, enganá-lo, você o trai antes,
preventivamente.
Arg, que nojo!
Vitória, julho de 2005.
LÉO JAIME
Léo Jaime
Roqueiro
dos anos 80, foi compositor e intérprete de alguns dos maiores sucessos da
década, como "As Sete Vampiras", "Sessão da Tarde",
"Gatinha Manhosa", "Conquistador Barato",
"Sônia" e "Rock da Cachorra". Foi integrante do grupo
João Penca & Seus Miquinhos Amestrados, de onde saiu para seguir carreira
solo. Suas músicas representam o rock'n'roll básico, sendo Leo Jaime um
artista que se caracterizava pelo visual "rockabilly", com topete e
jaquetas de couro. Também fez algumas participações como ator em novelas, e
são principais discos solo ("Sessão da Tarde" e "Phoda C")
foram relançados em CD.
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