quinta-feira, 10 de agosto de 2017


Negociadores de Classes de MIC/MEI

 

                            Em seu livro O Que é Vida? (Rio de Janeiro, Zahar, 2002; sobre pergunta igual de Erwin Schrödinger, físico austríaco, 1887 a 1961, que 60 anos atrás, em 1944, disparou todo um desenvolvimento) Lynn Margulis e Dorian Sagan colocam no índice, p. 5, capítulo 4, Mestres da Biosfera, subtítulo “as negociadoras de genes”.

                            No modelo genes são programáquinas, como tudo que gira ou roda programas; são máquinas que funcionam como linhas de instrução do tipo “fabrique isto e aquilo em tal ou qual condição ou limite operacional”. Subprogramas, sub-rotinas de outros maiores. Do mesmo modo, na Psicologia/p.3 tudo que nela está (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias).

                            Em particular todo ente racional tem MIC (memória, inteligência, controle ou comunicação) que administra MEI (matéria, energia e informação). Assim, os entes SÃO NEGOCIADORES DE MIC/MEI, tanto a MEI que necessitam para sobre-viver (isto é, ter amanhã ou futuro) quanto a MIC que deve ser reposta ou ampliada. Evidentemente não se amplia a inteligência, nem ela é reposta, dado que estrutural; mas deve operar. Embora, como o calor, essa operação não seja um ente fixável, é real, e tanto faz tratá-la ou como virtual, virtual que é,  ou como real, porque é útil assumi-la assim.

                            As criaturas devem ser vistas, por conseguinte, como NEGOCIADORAS de elementos MIC/MEI.

                            NEGOCIANDO A EXISTÊNCIA

·       Negoci/ação (ato permanente de negociar, trocar) de memória (informações velhas, mas preciosas, e informações novas);

·       Negociação de inteligência (trocar valores ou comprar alguns – a inteligência fina custa muito caro, mesmo se não é paga por aquele que imediatamente a usa);

·       Negociação de controle (a mesma memória e a mesma inteligência melhor controladas podem prover insumos muito mais avultados);

·       Negociação de matéria (observar a qualidade das aquisições na chegada – por exemplo, nas compras empresariais – é fundamental);

·       Negociação de energia (durante décadas o monopólio estatal no Brasil impediu que as forças de mercado fizessem exigências de produtividade e o preço pago por tal condescendência foi grande);

·       Negociação de informação (não é a mesma coisa que memória – esta é a informação estocada; obviamente, qualquer um vai ver, é preciso grande SELETIVIDADE informacional se queremos informações de boa qualidade. Para você pensar, os gênios sempre selecionam boas classes informativas só de olharem, mas a gente não encontra gênios por aí com facilidade – é porisso que são tão valorizados, dado que são tão raros).

Está mais do que claro que negociadores de classes de MIC/MEI são muito preciosos e devem ser supertreinados pelas superempresas e os governos dos primeiros-estados e das primeiras-nações, sem falar nas primeiras-empresas (mesmo no terceiro mundo, como no Brasil, existem PE, digamos a CVRD, a Petrobrás, a Votorantin e tantas outras).

E é claríssimo também que eles nunca fizeram isso organizadamente nem a fundo, pois o modelo não existia.

Quais são os TERMOS DE TROCA, em cada caso? Poderia agoraqui discorrer sobre as SUPERFÍCIES DE TENSÃO DE OBSERVAÇÃO, mas não vou fazer isso. Observe apenas que há níveis de potência dos CUIDADOS DE TROCA, que são essas STO na esfera cujo centro é o maior interesse do conjunto (em termos mais largos PESSOAS – indivíduos, famílias, grupos e empresas; e AMBIENTES – municípios/cidades, estados, nações e mundos).

Vitória, domingo, 28 de novembro de 2004.

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