Negociadores de
Classes de MIC/MEI
Em seu livro O Que é Vida? (Rio de Janeiro, Zahar,
2002; sobre pergunta igual de Erwin Schrödinger, físico austríaco, 1887 a 1961,
que 60 anos atrás, em 1944, disparou todo um desenvolvimento) Lynn Margulis e
Dorian Sagan colocam no índice, p. 5, capítulo 4, Mestres da Biosfera,
subtítulo “as negociadoras de genes”.
No modelo genes são
programáquinas, como tudo que gira ou roda programas; são máquinas que
funcionam como linhas de instrução do tipo “fabrique isto e aquilo em tal ou
qual condição ou limite operacional”. Subprogramas, sub-rotinas de outros
maiores. Do mesmo modo, na Psicologia/p.3 tudo que nela está (figuras ou
psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações
ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias).
Em particular todo
ente racional tem MIC (memória, inteligência, controle ou comunicação) que
administra MEI (matéria, energia e informação). Assim, os entes SÃO
NEGOCIADORES DE MIC/MEI, tanto a MEI que necessitam para sobre-viver (isto é,
ter amanhã ou futuro) quanto a MIC que deve ser reposta ou ampliada.
Evidentemente não se amplia a inteligência, nem ela é reposta, dado que
estrutural; mas deve operar. Embora, como o calor, essa operação não seja um
ente fixável, é real, e tanto faz tratá-la ou como virtual, virtual que é, ou como real, porque é útil assumi-la assim.
As criaturas devem
ser vistas, por conseguinte, como NEGOCIADORAS de elementos MIC/MEI.
NEGOCIANDO A EXISTÊNCIA
·
Negoci/ação
(ato permanente de negociar, trocar) de memória (informações velhas, mas
preciosas, e informações novas);
·
Negociação
de inteligência (trocar valores ou comprar alguns – a inteligência fina custa
muito caro, mesmo se não é paga por aquele que imediatamente a usa);
·
Negociação
de controle (a mesma memória e a mesma inteligência melhor controladas podem
prover insumos muito mais avultados);
·
Negociação
de matéria (observar a qualidade das aquisições na chegada – por exemplo, nas
compras empresariais – é fundamental);
·
Negociação
de energia (durante décadas o monopólio estatal no Brasil impediu que as forças
de mercado fizessem exigências de produtividade e o preço pago por tal
condescendência foi grande);
·
Negociação
de informação (não é a mesma coisa que memória – esta é a informação estocada;
obviamente, qualquer um vai ver, é preciso grande SELETIVIDADE informacional se
queremos informações de boa qualidade. Para você pensar, os gênios sempre
selecionam boas classes informativas só de olharem, mas a gente não encontra
gênios por aí com facilidade – é porisso que são tão valorizados, dado que são
tão raros).
Está mais do que claro que
negociadores de classes de MIC/MEI são muito preciosos e devem ser
supertreinados pelas superempresas e os governos dos primeiros-estados e das
primeiras-nações, sem falar nas primeiras-empresas (mesmo no terceiro mundo,
como no Brasil, existem PE, digamos a CVRD, a Petrobrás, a Votorantin e tantas
outras).
E é claríssimo também que eles nunca
fizeram isso organizadamente nem a fundo, pois o modelo não existia.
Quais são os TERMOS DE TROCA, em cada
caso? Poderia agoraqui discorrer sobre as SUPERFÍCIES DE TENSÃO DE OBSERVAÇÃO,
mas não vou fazer isso. Observe apenas que há níveis de potência dos CUIDADOS
DE TROCA, que são essas STO na esfera cujo centro é o maior interesse do
conjunto (em termos mais largos PESSOAS – indivíduos, famílias, grupos e
empresas; e AMBIENTES – municípios/cidades, estados, nações e mundos).
Vitória, domingo, 28 de novembro de
2004.
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