Programáquinas
Psicológicas Antipatológicas e Antissociopáticas
Psicopatias são
doenças psicológicas, do indivíduo, ao passo que sociopatias são doenças do
coletivo. Existem-nas aos milhares, somando-se às quatro mil doenças genéticas,
segundo Asimov. Programáquinas são programas-máquinas, porque o par polar
oposto/complementar vem sempre junto, por exemplo, máquinas que rodam programas
e programas que são rodados em máquinas, como este computador que roda Windows
98 e Office 2000.
Temos vastos programáquinas
que tratam dos níveis físico-químicos e até daqueles dos níveis biológicos/p.2,
mas não, definitivamente não dos que tratariam dos patamares muito mais
elevados, os psicológicos/p.3. Não há universidade psicológica/p.3, embora
haja-as de medicina, de engenharia, etc. Não temos institutos com centenas e
até milhares de pessoas investigando os níveis psicológicos. Resulta que não
temos ataque maciço aos problemas de psicopatia e sociopatia. Só para colocar
um paralelo grosseiro, mandam esquadrões da SWAT (os americanos não vão gostar
de ver assim, mas são esquadrões da morte, e em público, ainda por cima). Não
há um esquadrão de psicanalistas (de figuras novas) e psico-sintetizadores (de
objetivos novos) para as pessoas, um esquadrão de sociólogos (para organizações
novas), um esquadrão de economias (para produções novas) ou um esquadrão de
geo-historiadores (para espaçotempos novos). Para tratar a alma humana, que é o
mais sensível dos instrumentos, mandam um grupo de abrutalhados, de bizarros,
de monstros grosseiros, de orcos. O resultado pode ser mesmo desastroso e tem
sido assim por décadas, séculos, milênios.
Lá vão os esquadrões
enfrentar terroristas perigosíssimos e malvados, ou drogados, ou o que seja,
com o mínimo de ou nenhuma preparação. Há até milhares de pessoas em empresas e
ninguém que saiba avaliar realmente o estado geral de espírito ali. É uma
piada, é uma gozação, colocando mesmo os humanos em estado de perigo constante
em todo o mundo, por todos esses milênios. Por que ninguém pensou realmente, a
fundo, o que é preciso fazer para pacificar os psicodestruitores, os
psicavassaladores, os psicoadoecidos? Por quê também não aos
sóciodestrutiodores, os sociavassaladores e os sócioadoecidos?
Se uma empresa
estivesse se dissolvendo, com guerras internas, o que é que faríamos?
Enviaríamos um esquadrão de psicólogos (psicanalistas, psico-sintetizadores,
economistas, sociólogos e geo-historiadores)? Como tratamos uma escola que
esteja em processo de agressão pelos vendedores de drogas? Se um governo
estrangeiro pedir ajuda (não de facções em guerra, seria questão interna) para
ajudar nesta ou naquela questão, por exemplo, a renovação de uma favela, como
faríamos? Nós não sabemos, não temos respostas.
Nem
muito menos temos programáquinas especificamente para este ou aquele gênero
graduado de respostas (1 a 100 % de afinação), conforme nossas necessidades.
Não temos esses escritórios inscritos como empresas psicológicas. Oh! - quantos
atrasos. São totalmente assombrosas nossas incapacidades presentes de responder
PSICOLOGICAMENTE a pedidos psicológicas de ajuda. Nós nos comportamos dando
remédios para o corpo. É como se, diante de um fígado doente, fôssemos tratar
seus átomos e moléculas, quimicamente, e não seus replicadores e células (que,
aliás, é o que se fazia e ainda se faz, nas produções-organizações mais
atrasadas). Em resumo, não temos as PM/PAP nem as PM/PAS. Não podemos pegar
quaisquer instrumentos que nos ajudem a debelar rebeliões (o que viria a ser
perigosíssimo, se tivéssemos e caísse nas mãos de governos tiranos).
Vitória,
sexta-feira, 27 de dezembro de 2002.
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