Info-Controle de Notas fiscais como
Métrica Psicológica
Desde
1988 imaginei o dispositivo que denominei Máquina Itemizadora, que como
anteprojeto de lei à ex-deputada Penha Feu Rosa e depois apareceu com o nome de
EMF, Emissor de Cupom Fiscal, hoje funcionando a pleno vapor em todo o
Brasil. A idéia era colocar etiquetas virtuais identificadoras em todos os
itens de entrada e saída de estoques, mapeando sua transferência. Naturalmente
tal dispositivo, sob controle de um programáquina Itemizador 1.0, acabaria
por traçar as veias da circulação de TODAS AS MERCADORIAS E BENS NO BRASIL,
compondo matrizes de vetores das pessoas (indivíduos, famílias, grupos,
empresas) entre si, com os ambientes (municípios/cidades, estados, nações,
mundo) e estes entre si, de tal modo que ao fim e ao cabo teríamos uma
radiografia da circulação de todos os produtos da socioeconomia brasileira.
Infelizmente, é claro, não levaram a coisa suficientemente a sério e não
pudemos obter os controles pretendidos.
Mais
adiante poderíamos preparar as notas fiscais, criando um controle absolutamente
completo da circulação de todos os bens, mercadorias e serviços no Brasil,
modelo para o mundo. Com isso teríamos uma MÉTRICA PSICOLÓGICA socioeconômica
com a qual deduziríamos muita coisa. Infelizmente, como eu disse, os burocratas
têm alcance pequeno e logo refrescaram para empresas pequenas (“quem não tem
competência não se estabelece”, diz o ditado), com a desculpa de que elas não
poderiam pagar o investimento na máquina, facilitando então a evasão de
informações e conseqüentemente de controle.
Poderíamos
saber quem compra o quê, quando; o ritmo de gasto real de cada família; as
rendas (dependendo aí de outros controles; não sendo possível acessá-las
poderíamos pelo menos deduzi-las); as ocultações; os serviços internos e
externos. Enfim, um controle completo pela primeira vez na geo-história humana.
Veja só o que um pouco de burrice e muito de má vontade não pode conseguir em
favor da sonegação de info-controle!
Detectando
fluxos de compras e vendas maiores que os esperados saberíamos de um segundo ou
terceiro emprego não declarado, de heranças, do que fosse. Por enquanto tudo
isso está perdido.
Vitória,
quinta-feira, 21 de novembro de 2002.
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