domingo, 1 de janeiro de 2017


Gravidade Artificial

 

                            Já vimos que há a gravinércia, composição de gravidade e inércia, existindo como par indissolúvel. A gravidade concentra no centro da esfera ou no centro do círculo, enquanto a inércia é linear ou pontual. Em conjunto fazem soma zero. Para haver “gravidade artificial”, GA, devemos ver o que estamos desejando.

                            Se é nave espacial, como na Terra deve haver gravidade em cada ponto, e gravidade tão grande quanto a do nosso planeta, isto é, devida a massa equivalente, daí pseudo-massa de mesma dimensão, a devida a massa de cerca de 5,98. 1024 kg. Ora, se isso for feito é como se a nave tivesse, EM CADA PONTO um vetor puxando para baixo. Se tem em cada ponto tem nas extremidades. Agora, pense que um desenho igual, posto na Terra, teria nas extremidades algo contendo-o, para impedir o colapso dessas partes extremas, ou seja, embaixo outras porções que estão em estabilidade relativa. Vejamos assim: a nave virtual, na superfície da Terra, teria nos extremos outras massas que impediriam seu colapso, ao passo que na nave virtual não, as pontas entortariam imediatamente, com uma violência indizível. Portanto, as extremidades de seu desenho de base entortariam. Na Terra real há reação de baixo para cima (resistência) à ação de cima para baixo (puxão gravitacional). No espaço, não.

                            Mesmo que fosse simples criar (o que está longe de ser) “n” vetores, em todos e em cada ponto, dirigindo-os ao centro da pseudo-esfera, seria preciso encontrar a solução oposta, de evitar o colapso. Acresce que criar o pseudocampo gravitacional é EM TUDO criar seus efeitos reais, porque uma nave com 1,0 G superficial teria, PARA TODOS OS EFEITOS, a pseudomassa equivalente à da Terra, tocando com suas ondas gravitacionais as redondezas, com efeitos verdadeiramente devastadores. DE fato, seria uma arma. Arma perigosíssima, por sinal, porque quem pode assim manipular a gravidade pode focá-la sobre determinado ponto – o resto você pode imaginar. Enfim, está longe de ser aquela solução tranqüila da FC.

                            Vitória, domingo, 13 de outubro de 2002.

Nenhum comentário:

Postar um comentário