Gravidade Artificial
Já
vimos que há a gravinércia, composição de gravidade e inércia, existindo como
par indissolúvel. A gravidade concentra no centro da esfera ou no centro do
círculo, enquanto a inércia é linear ou pontual. Em conjunto fazem soma zero.
Para haver “gravidade artificial”, GA, devemos ver o que estamos desejando.
Se
é nave espacial, como na Terra deve haver gravidade em cada ponto, e gravidade
tão grande quanto a do nosso planeta, isto é, devida a massa equivalente, daí
pseudo-massa de mesma dimensão, a devida a massa de cerca de 5,98. 1024
kg. Ora, se isso for feito é como se a nave tivesse, EM CADA PONTO um vetor
puxando para baixo. Se tem em cada ponto tem nas extremidades. Agora, pense que
um desenho igual, posto na Terra, teria nas extremidades algo contendo-o, para
impedir o colapso dessas partes extremas, ou seja, embaixo outras porções que
estão em estabilidade relativa. Vejamos assim: a nave virtual, na superfície da
Terra, teria nos extremos outras massas que impediriam seu colapso, ao passo
que na nave virtual não, as pontas entortariam imediatamente, com uma violência
indizível. Portanto, as extremidades de seu desenho de base entortariam. Na
Terra real há reação de baixo para cima (resistência) à ação de cima para baixo
(puxão gravitacional). No espaço, não.
Mesmo
que fosse simples criar (o que está longe de ser) “n” vetores, em todos e em cada
ponto, dirigindo-os ao centro da pseudo-esfera, seria preciso encontrar a
solução oposta, de evitar o colapso. Acresce que criar o pseudocampo
gravitacional é EM TUDO criar seus efeitos reais, porque uma nave com 1,0 G superficial
teria, PARA TODOS OS EFEITOS, a pseudomassa equivalente à da Terra, tocando com
suas ondas gravitacionais as redondezas, com efeitos verdadeiramente devastadores.
DE fato, seria uma arma. Arma perigosíssima, por sinal, porque quem pode assim
manipular a gravidade pode focá-la sobre determinado ponto – o resto você pode
imaginar. Enfim, está longe de ser aquela solução tranqüila da FC.
Vitória,
domingo, 13 de outubro de 2002.
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