segunda-feira, 9 de janeiro de 2017


Escola de Pais

 

                            Não existe uma Mídia da Criação Familiar (TV, Rádio, Revista, Jornal, Revista e Internet DA FAMÍLIA) que passe programas e documentários destinados e orientados a pais e mães, sobre o trato entre si, enquanto par fundamental da família e os filhos e filhas. Que dê mesmo aulas sobre as crianças, sobre sua Psicologia (figuras infantis, objetivos adolescentes, economia dos jovens e sociologia pueril, e geo-história dos moços, isto é, que os ajude a responder às perguntas: Quem? Por quê? Com quê? Como? E quandonde?), que os acompanhe e mostre opções de formação ou criação.

                            Sempre acreditamos que pais saberão automaticamente criar seus filhos, ainda que vejamos o crescimento da complexidade a ponto de avançar das potências próprias do Escravismo às Feudalismo e às do Capitalismo de terceira onda. Se nós, adultos, não sabemos enfrentar as dificuldades, como as crianças saberão? Não admira que tantas sucumbam às drogas e viciantes em geral.

                            Não há uma ESCOLA DE PAIS E MÃES, não há uma pedagogia da criação. A coletividade não preparou nenhum suporte específico, ainda que se tenham passado dez mil anos. Ainda tratamos basicamente as crianças com as mesmas projeções casuísticas de dez milênios atrás, postos os programáquinas ou processobjetos atuais, isto é, toda parafernália à nossa volta. Ainda que as coisas novas estejam aí nossos instrumentos racionais de transferência dos bebês à idade adulta ainda são os mesmos, essencialmente. Não mudaram, ainda são os mesmos instrumentos toscos de 100 séculos atrás. Ainda que as leis estejam ai e algumas tenham se tornado costumes, elas fazem menos efeitos do que as recomendações de religiosos e magos, que, estes sim, têm uma psicologia primordial, irracional, de sustentação familiar, vide a psicologia de massa da Igreja.

                            Isso é profundamente irritante! É um desconsolo. É porisso mesmo que as comunidades têm tantos conflitos não resolvidos, PORQUE as famílias foram deixadas sozinhas pelos governempresas, que não souberam raciocinar a tempo e com competência sobre questões prementes.

                            Vitória, sexta-feira, 29 de novembro de 2002.

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