Enterrando os
Problemáticos
O Antagonista
diz que não sabemos construir presídios.
Sabemos, sim, eu
mesmo dei várias sugestões e antes de dar a seguinte vamos raciocinar sobre
limites do tratamento psicológico chamado humanitário.
1. A sociedade estará
cuidando desses tantos cânceres psicológicos, tratando-os com a maior
deferência, sem paparicação, sem mimos;
2. Carcereiros e outros
serventuários da justiça penal devem ser psicólogos formados nos moldes do
modelo;
3. Crianças (a
maioridade penal NÃO DEVE ser rebaixada para 16 ou para 14 anos, deve avançar e
retornar aos 21 anos) em recuperação SEMPRE devem ficar isoladas de adultos;
4. Eles devem trabalhar
para ganhar sustento, como qualquer um fora dali - em tarefas compatíveis com
as capacidades -, em oficinas ou laboratórios ou plantios ou o que for;
5. Essas pessoas são
vírus, são cânceres psicológicos, não devem contaminar os demais em seu
tratamento para a cura (dado que não existe nem deve existir prisão perpétua,
nem pena de morte, em algum momento elas sairão, a menos que morram
acidentalmente, não de modo provocado) – devem ficar separadas, como no
livro-álbum japonês Na Prisão, SEMPRE em celas individuais, nunca mais que um, pois
não devem contaminar outros com o veículo que é a palavra, a língua:
6. Os principais
elementos de humanização não são mãos-pés e instrumentos externinternos, os
programáquinas dos sentidos, é a língua (está no Testamento: “no começo
era o Verbo e o Verbo era Deus”: é o elemento central, o fundamento de tudo);
7. Os presos são pessoas
julgadas PSICOLOGICAMENTE doentes, destoantes dos direitos de média (pedófilos,
estupradores, assassinos, ladrões e outros que desafiaram a coletividade e
perderam a luta – são prisioneiros de guerra);
8. Programas de
humanização como leituras e filmes educativos, vídeo-aulas devem ser proporcionadas
maciçamente; não é favorecimento a eles, é engrandecimento da coletividade. O
tratamento degradante de agora é vergonhoso para nós.
Outras abordagens seriam possíveis,
encompridaria muito tentar esgotar o assunto, quem puder se debruce.
Então, parece, a solução seria construir os
presídios debaixo da terra, com garantia de não-inundação, em cima colocando
parques e abrigos destinados às visitas enquanto esperam sua vez. Não é para
esquecê-los, remetê-lo ao limbo social, é para aquietar tanto os de cima quanto
os de baixo, havendo uma só saída. Estudar as condições de segurança dos
vigilantes, garantindo a ausência de rebeliões e que todos entendam o processo
de cura e abolição da violência.
Vitória, terça-feira, 10 de janeiro de 2017.
GAVA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário