Congresso Representativo
Congresso
significa uma reunião de pessoas que estudam e discutem assuntos comuns,
segundo o Michaelis eletrônico, e ato de conversar, de dialogar, entrevista,
conversação, conferência, segundo o Houaiss eletrônico; fora ser o órgão
bilateral – Câmara de Deputados e Senado.
Mas,
quando dizemos REPRESENTATIVO, o que desejamos dizer? Por um lado, falamos de
representação, o ato permanente de representar. De re-presentar, tornar
presente de novo. Lembrar (do povo, das elites, do povelite/nação) de todos que
são representados. Gosto de dizer que represent/ação é o ato permanente de
representar. É ação, necessariamente, e não inação, porque quem fica dormindo
em casa não pode estar representando ninguém, POR DEFINIÇÃO. E represent/ativo
significa essa atividade, ser ATIVO, tendo sempre presente essa pareação entre
povo e elites, representando a economia ou produção (agropecuária/extrativismo,
indústrias, comércio, serviços e bancos), produtores e não produtores.
Há
que representar a primeira natureza, a dos outros seres, não-humanos (fungos,
plantas e animais, especialmente os ameaçados de extinção). Há que representar
o Conhecimento (magos/artistas, teólogos/religiosos, filósofos/ideólogos,
cientistas/técnicos e matemáticos), sem falar nas 6,5 mil profissões.
Os
nossos representantes deveriam se perguntar: o que estou representando? É um
representante legislativo ou um artista de circo?
Como
o mundo se tornou TÃO COMPLEXO, os representantes deveriam ter uma Escola de
Representantes, um Livro dos Representantes (aliás, toda uma mídia
de representantes: TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet – no sentido de
ampliar suas possibilidades). Como custa tão caro, precisamos fazer render cada
centavo, em patamares muito mais elevados que os de agora. Perguntar sempre:
quão representativo é este Congresso?
Creio
que posso dizer que por enquanto muito pouco, nos termos propostos acima.
Vitória,
sexta-feira, 11 de outubro de 2002.
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