sexta-feira, 11 de agosto de 2017


O Riso Escamoteado que Gabriel Reparou

 

                            Conversamos muito Gabriel e eu sobre o Modelo da Caverna (para a Expansão dos Sapiens), sobre como tudo provém de lá, daquele espaçotempo de formação, desde EMAY (Eva Mitocondrial + Adão Y, que há 200 mil anos na África fizeram surgir os neandertais). Ele repara muito nas coisas e sugeriu brilhantemente que as mulheres esconderem o riso é forma de evitar mostrar os dentes diante dos machos, especialmente em frente aos machos agressivos e aos machos-alfas. Podem ser feitos muitos testes para afirmar ou negar a tese.

                            OS TESTES

·       Como as mulheres (fêmeas e pseudomachos) são mais do que apenas fêmeas, os pseudomachos, que parecem visualmente homens, rirão do mesmo modo que elas (isso garantirá – na presença de outros testes – que alguns que parecem não ser de fato são);

·       Por outro lado as pseudofêmeas, que são conceitualmente homens e só visualmente fêmeas, rirão mostrando os dentes em desafio;

·       Se o riso, ao mostrar os dentes, for sinal de desafio, eis uma razão muito poderosa para os homens em confraternização contarem piadas (porque mostrar os dentes é não somente sinal de confiança que deve ser recebida, como um indicador de proximidade – pois os inimigos que o fizessem seriam destroçados);

·       Como Gabriel disse, se houver uma situação formal em que se encontre presente um macho-alfa, o dominante total da tribo, ou vários machos agressivos, ou machos fora do domínio da linguagem, os machos menos agressivos também ocultarão a boca (embora isso não os caracterize como fêmeas, de modo algum);

·       As mulheres pouco ririam diante dos homens, mas muito entre elas (entre elas não ocultariam os dentes, exceto na presença da Mãe Dominante e seu grupinho);

·       Muitos outros testes que poderiam ser montados.

Isso abre campo para inúmeros e importantíssimos desdobramentos, porque o riso é, então, um catálogo de pertinências, isto é, se a pessoa está dentro ou não do grupo.

Vitória, quinta-feira, 02 de dezembro de 2004.

O Nilo como Desafio das Duas Civilizações

 

O NILO (do Lago Vitória ao Mar Mediterrâneo, quase sete mil quilômetros dos mais importantes para a humanidade)


Ora, do lado esquerdo ficou a Civilização da Margem Esquerda e do lado direito a Civilização da Margem Direita que primordialmente, desde o mais remoto começo, e sucessivamente nos deu origem; dentre os Cinco Povos foram esses os dois mais importantes. O Nilo constituiu-se desde cedo num desafio extraordinário e certamente levou à invenção da canoa, porque os que estavam de um lado aspiravam comunicar-se com os que estavam do outro. Não eram como os outros três povos (da Forquilha, do sul-extremo e do sul-intermediário), todos do sul. Estes do norte estavam próximos e fundiram-se mais adiante, sendo o da direita, com mais problemas e mais soluções, superior ao da esquerda; depois, juntos, conquistaram os povos do sul, do Alto Nilo, já dentro dos tempos históricos, formando o Egito unificado.

Assim, tanto na esquerda quanto na direita eles quebraram a cabeça. Devem ter construído arremedos de pontes, passando cordas, e devem ter finalmente inventado a canoa, muito tardiamente de forma definitiva. Acontece que são os problemas que geram as soluções. Sem grandes problemas não há grandes soluções (veja no Livro 101, Dois Grandes Problemas e Duas Fantásticas Soluções, sobre o esgotamento parcial dos pântanos do delta do Nilo e do trânsito do Tigre-Eufrates). Pois desse modo, de certa forma, somos do tamanho do Nilo; a nossa civilização ainda é reflexo dele e se cumpre o dístico mais uma vez, numa escala muito maior: O EGITO É UMA DÁDIVA DO NILO (e o mundo também).

OS VÁRIOS NILOS

·       Logo na nascente no Lago Vitória (facilmente vencido, porque é tímido);

·       O Nilo das cataratas;

·       O das regiões montanhosas;

·       O das planícies;

·       O da foz (o grande delta de 15 mil km2, pelas estimativas).

Foi essa relação cotidiana, esse embate diário que moldou nossos ancestrais neandertais e depois os cro-magnons negros. Tudo deve ser enquadrado nessa perspectiva.

Vitória, sexta-feira, 03 de dezembro de 2004.

O Mundo Novamente Negro

 

                            Como fomos deduzindo, os neandertais de EMAY (Eva Mitocondrial + Adão Y) desde 200 mil anos atrás se espalharam até 115 mil anos passados, quando começou a Glaciação de Wisconsin, cujos neve e gelos permanentes vieram até o Paralelo 45º Norte na Eurásia e na América do Norte, lá tendo sido formados os cro-magnons retirados dos N como partição “branca” (amarelos, vermelhos e brancos), que no fim de W desceram e se misturaram com os N. Na África a pele dos mais antigos permaneceu, com novo conteúdo CM, isto é, na medida da mestiçagem os mestiços avançaram como CM para o sul, destruíram com sua violência característica e operosidade os N e seus ambientes e se apoderaram de toda a África e do sul da Eurásia, inclusive o Sudeste da Ásia, mas não a Austrália, porque não puderam passar. Tivessem passado teria acabado com todos eles.

                            Então, no período glacial, de 155 a 10 mil anos antes de nós formaram-se os CM de dentro dos N; estes foram absorvidos enquanto conteúdo, mas mantiveram na África a pele, pelo quê devemos deduzir que pele é fator genético dominante e não recessivo. Independentemente de quantos genes hajam sobrado eles vão sempre dominar, em se tratando de pele. Nós não estamos vendo porque é tudo muito lento e ultrapassa em tempo centenas ou milhares de gerações, porém é certo que com o tempo, nos períodos interglaciais quentes (PIGQ), o mundo se torne novamente totalmente negro EM PELE, como deve ter acontecido muitas vezes nos PIGQ em toda parte do mundo: “brancos” são formados nos períodos glaciais (PG) e absorvidos nos PIGQ (mas não nos PIG frios). Como resultado, não são os negros que estão se tornando progressivamente brancos ou amarelos ou vermelhos – lentamente todos irão se tornar negros novamente, até que venha outro período glacial, gelado, quando o mundo se congele novamente e traga de volta os “brancos”.

                            Vitória, domingo, 05 de dezembro de 2004.

O Lobby de Judas, de Hitler e de Maria Madalena

 

                            Foi feito um filme.

JUDAS E JESUS, A HISTÓRIA DA TRAIÇÃO (comentado na Internet por Rubens Ewald Filho)

Quinta-feira, 9 de Dezembro. São Paulo, 14h15
Judas e Jesus é um filme inédito feito originalmente pela televisão: O sucesso da Paixão de Cristo do Mel Gibson, que eu até nem quis comentar, eu acho o filme violento demais, desagradável, não é um filme do bem para mim.

                            OUTRA OPINIÃO

Sinopse: Judas Iscariotes. Um humilde vendedor de vinho, com um toque de feroz rebeldia. Ressentido com o tratamento recebido por seu povo pelos opressores romanos, Judas quer ação radical. Ouvindo rumores de um Messias entre eles, Judas acha que chegou a hora.

                            Começa o filme de 2004 com o pai de Judas sendo crucificado, ou seja, se Judas foi ruim quando adulto foi porque ele teve uma infância infeliz, muito ruim, e ele desejou se vingar do mundo por ter sido maltratado na meninice. Enfim, é o lobby do pessoal de Judas, que ficou esses dois mil anos na escuridão e agora quer justificativa histórica: “os traidores unidos jamais serão vendidos”. Essa coisa.

                            Do lado de Hitler há a proposta dos neonazistas de que seis milhões de alemães foram mortos pelos judeus e que a URSS invadiu a Alemanha e matou vinte milhões de soviéticos alemães, ou seja, quem produziu o holocausto foram os hebreus e não os nazistas.

                            Da parte de Maria Madalena, a traidora, há O Código Da Vinci, de Dan Brown, que vem provocando celeuma no mundo inteiro, veja abaixo.

                            Por toda parte prosperam as revisões absurdas e completamente injustificadas dos personagens históricos, invertendo as posições. Por acaso foi Tiradentes que esquartejou a coroa de Portugal? Ah tenha dó!

                            Vitória, quinta-feira, 09 de dezembro de 2004.

                           

                            O CÓDIGO DAN/ADO

Críticas a ‘O Código Da Vinci’ em jornais de prestígio.
Recentemente foi publicado no Brasil um romance intitulado ‘O Código Da Vinci’ (Dan Brown, editora Sextante). Com a desculpa de ter escrito um livro de ficção, o autor apresenta uma imagem muito negativa da Igreja Católica e do Opus Dei, que não correspondem absolutamente à realidade. Publicamos, abaixo, uma seleção de avaliações do livro publicados pelos principais jornais norte-americanos e britânicos.

O Esqueleto de Bazalgette

 

Joseph Bazalgette, que eu desconhecia, foi o engenheiro que instalou em Londres 130 km de esgotos segundo o canal pago Discovery. Está funcionando até agora, passados 150 anos. É obra enterrada, não rende votos, Bazalgette é quase desconhecido, mas lá está o esqueleto dele suportando Londres. Assim, Bazalgette está vivo há pelo menos 150 anos e a julgar pela firmeza de sua obra, assim permanecerá por mais séculos.

Vitória, quinta-feira, 02 de dezembro de 2004.

 

JOSEPH BAZALGETTE (1819 - 1891) (em inglês, porque não há em português)

Joseph Bazalgette
Joseph Bazalgette ©
'Engineers have always been the real sanitary reformers', said William Cubitt, the president of the Institution of Civil Engineers, in 1850, and in 1856 this sentiment could be seen to be based in reality, when London's Metropolitan Board of Works, was established.

História de Londres

O Início
Em 55 A.C., o Exercito Romano de Júlio César invadiu a Inglaterra, desembarcou em Kent e marchou para o noroeste até alcançar o Tamisa, onde hoje está Sothwark. Poucas Tribos Habitavam a margem oposta e não existia nenhum povoamento importante.

O Beco Sem Saída do Superestado Confúcio

 

                            “Confúcio” (nome dele) no sentido de “confuso”, pois está bem claro que Confúcio conduziu a China a um beco-sem-saída, a um fim-de-linha, fechando-a nos interesses e superinteresses das elites (= CRIADORES, na Rede Cognata). Na parte de cima da pirâmide o SUPERESTADO CHINÊS a serviço das elites e embaixo o povo abandonado em seus pleitos.

O SUPERESTADO CHINÊS (representativamente - será preciso estabelecer na realidade os parâmetros) – a parte de cima representa os interesses das elites e a de baixo os do povo

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           

 

 

Postas as diferenças, essa é a mesma coisa que foi feita no Brasil, através de um entendimento incompleto e imperfeito de Cristo. Lá foi Confúcio, aqui a percepção inacabada e defeituosa a respeito de Jesus. Sem grandes problemas (popularmente grandes, volumosos) para resolver, as elites só encontram soluções pequenas e insatisfatórias. Claro, o estado se superdesenvolveu, enquanto o povo se subdesenvolveu (como no Brasil e na América Latina toda). Foi então que, depois da instalação da República na China em 1911, Mao Tse Tung (Mao Zedong) e sua turma instalaram em 1949 a República comunista e renegaram o superestado confucionista. Finalmente em 1986 Deng Xiao Ping implantou o Caminho de Duas Vias (como já mostrei fartamente, misturando Confúcio das elites com Jesus do povo e criando um novo-estado povelite ou cultura ou nação chinesa equilibrada). Não fosse isso o S/E confuciano chinês teria mergulhado irremediavelmente no beco-sem-saída, levando à produção de elites superdesenvolvidas com povo subdesenvolvido. Em cima elites felicíssimas e embaixo um povo miserável, como no Brasil.

Vitória, sexta-feira, 10 de dezembro de 2004.

O Amor pela Água e os Anelos dos Cro-Magnons

 

A PISCINA ONDE FOMOS CRIADOS (Lago Vitória, na África, bem no centro da Forquilha) – não admira mesmo nada que tenhamos essa paixão irresistível pela água.


Os primatas por 100 milhões de anos estiveram em volta dali, até se fixarem; os hominídeos por 10 milhões de anos nasceram e foram criados nas redondezas, antes de partirem alguns; os neandertais de EMAY (Eva Mitocondrial + Adão Y) surgiram e se espalharam a partir dali; mas os cro-magnons, não, são os “brancos” (amarelos, vermelhos, brancos) que surgiram no norte da Eurásia lá por 80 a 70 mil anos atrás, durante a Glaciação de Wisconsin, bem para cima do Paralelo 45º Norte. Depois se fundiram com os neandertais negros e criaram os “brancos”-negros, quer dizer, a descendência conceitual “branca” e formal negra (em resumo, os negros de agora na África são cro-magnons que desceram do norte).

Acontece, então, que como descendentes dos primatas, dos hominídeos e dos sapiens-neandertais temos praticamente nos genes essas origens, essa coisa lá dos primórdios. Somos, por assim dizer, “das águas”. Mas lá para cima do P45N não havia água, só gelo e neve, e era tremendamente frio, de modo que os sapiens cro-magnons quase nunca tomavam banho e devem ter passado (80 – 10) 70 a (70 – 10) 60 mil anos sem ter contato com as águas, exceto nos degelos de verão e assim mesmo muito pouca; foi só muito mais tarde com o fim da Glaciação de Wisconsin há 10 mil anos que voltaram a se misturar com as águas.

De modo que devem ter sofrido tremendamente a falta de água líquida para se banharem (como os esquimós ou inuit até hoje) e devem ter ficado assombrados por gerações com essa vontade intensa e muito interior que não podia ser satisfeita. Isso deve ter composto muitos sonhos e pesadelos.

Quais serão os anelos (no Houaiss digital: substantivo masculino. Desejo intenso; anelação, anélito, aspiração) cro-magnons? Quais eram aquelas vontades irresistíveis que nos carregam ainda em todas as nossas representações atuais?

Vitória, sexta-feira, 03 de dezembro de 2004.