Perfectibilidade
No livro de Nicholas Hagger, A
História Secreta do Ocidente (A influência das organizações secretas na
história ocidental da Renascença ao Século XX), São Paulo, Cultrix, 2010, sobre
original de 2005, ele coloca nas páginas iniciais a questão dos cátaros hereges
(na Rede Cognata cátaros = HEREGES = CAÍDOS = ANJOS = COLETIVOS e segue), que
chamavam seus pastores “perfeitos” (pastores = PADRES = SACERDOTES = PERFEITOS
= PODRES = POBRES = SANTOS = PERVERTIDOS = PECADORES e segue).
A perfeição é possível?
DiN (tirado de Natureza e Deus e ampliado)
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DEUS
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i
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NATUREZA
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Passado.
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Presente.
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Futuro.
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Tempo.
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ET.
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Espaço.
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História.
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GH.
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Geografia.
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Ontem.
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Hoje.
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Amanhã.
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O que já foi.
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O que é.
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O que será.
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Antes.
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Atual.
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Depois.
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Agora.
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Agoraqui.
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Aqui.
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É, foi.
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Existé.
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Existe, existirá.
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PERFEITO
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P/I
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IMPERFEITO
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O que existe/é, como vemos, é o presente, i,
mas em termos de raciocínios, de racionalidade, é como acima, quando abertas as
abas, os pares polares oposto-complementares.
Ao contrário do que pensávamos, o futuro é a
Natureza: se ele não viesse a existir não poderíamos continuar a ser. Por outro
lado, tudo está sendo depositado em Deus, está no presente se tornando passado.
A Natureza, montando-se dos possíveis de
Deus, NUNCA será perfeita, pois há sempre um gasto mínimo de energia - como na
Segunda Lei da Termomecânica (e não termodinâmica) -, que se perde; quer dizer,
há ferrugem, decaimento. O passado, sim, é perfeito, porque não se pode
modifica-lo.
Como resultado, a perfeição não é possível
nem como meta ou alcance ou finalidade nem como estrada ou caminho ou passagem:
ela é somente em Deus. Aliás, como a cada decisão abandonamos uma aba da
bifurcação, nossos caminhos possíveis enquanto prováveis, provados ou realizados,
estão sendo reduzidos a olhos vistos, ou seja, estamos nos tornando cada vez
mais imperfeitos (embora não pareça aos tolos, vistas todas as construções).
Em resumo, como meta - já sabemos apenas ao
pensar - a perfeição não é possível, só Deus é. Como caminho também não é, pois
sempre estamos abandonando uma das abas da totalidade. Então, a
perfectibilidade como meta é estupidez racional já na partida; e denominar
qualquer um “perfeito” não passa de presunção luciferiana, orgulho dos
abestalhados hereges que se congregam nas heresias.
Serra, terça-feira, 28 de julho de 2015.
GAVA.




