quinta-feira, 10 de novembro de 2016


Perfectibilidade

 

No livro de Nicholas Hagger, A História Secreta do Ocidente (A influência das organizações secretas na história ocidental da Renascença ao Século XX), São Paulo, Cultrix, 2010, sobre original de 2005, ele coloca nas páginas iniciais a questão dos cátaros hereges (na Rede Cognata cátaros = HEREGES = CAÍDOS = ANJOS = COLETIVOS e segue), que chamavam seus pastores “perfeitos” (pastores = PADRES = SACERDOTES = PERFEITOS = PODRES = POBRES = SANTOS = PERVERTIDOS = PECADORES e segue).

A perfeição é possível?

DiN (tirado de Natureza e Deus e ampliado)

DEUS
i
NATUREZA
Passado.
Presente.
Futuro.
Tempo.
ET.
Espaço.
História.
GH.
Geografia.
Ontem.
Hoje.
Amanhã.
O que já foi.
O que é.
O que será.
Antes.
Atual.
Depois.
Agora.
Agoraqui.
Aqui.
É, foi.
Existé.
Existe, existirá.
PERFEITO
P/I
IMPERFEITO

O que existe/é, como vemos, é o presente, i, mas em termos de raciocínios, de racionalidade, é como acima, quando abertas as abas, os pares polares oposto-complementares.

Ao contrário do que pensávamos, o futuro é a Natureza: se ele não viesse a existir não poderíamos continuar a ser. Por outro lado, tudo está sendo depositado em Deus, está no presente se tornando passado.

A Natureza, montando-se dos possíveis de Deus, NUNCA será perfeita, pois há sempre um gasto mínimo de energia - como na Segunda Lei da Termomecânica (e não termodinâmica) -, que se perde; quer dizer, há ferrugem, decaimento. O passado, sim, é perfeito, porque não se pode modifica-lo.

Como resultado, a perfeição não é possível nem como meta ou alcance ou finalidade nem como estrada ou caminho ou passagem: ela é somente em Deus. Aliás, como a cada decisão abandonamos uma aba da bifurcação, nossos caminhos possíveis enquanto prováveis, provados ou realizados, estão sendo reduzidos a olhos vistos, ou seja, estamos nos tornando cada vez mais imperfeitos (embora não pareça aos tolos, vistas todas as construções).

Em resumo, como meta - já sabemos apenas ao pensar - a perfeição não é possível, só Deus é. Como caminho também não é, pois sempre estamos abandonando uma das abas da totalidade. Então, a perfectibilidade como meta é estupidez racional já na partida; e denominar qualquer um “perfeito” não passa de presunção luciferiana, orgulho dos abestalhados hereges que se congregam nas heresias.

Serra, terça-feira, 28 de julho de 2015.

GAVA.

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