segunda-feira, 16 de outubro de 2017


O Pai de Todos e o Sentido de Grupo


 

                        O equivalente da mãe dominante é o pai de todos, o macho-alfa entre os caçadores, o líder dos grupos de caça da caverna particular e da Caverna geral (em tese haveria um agora para todo o planeta; Deus é até hoje chamado Deus Pai e a Natureza Grande Mãe, quer dizer, a mãe dominante de todo o universo).

                        Devemos ver os grupos de 10 a 20 % de todos saindo para caçar por dias, semanas e até meses em longas e longuíssimas distâncias. Ficavam juntos, se protegiam uns aos outros, adquiriam respeito interno e mais que tudo se defendiam mutuamente contra tudo e contra todos, inclusive as mulheres e as mães e todos que ficavam nas cavernas. Isso criou um sentido-de-corpo, um sentido-de-grupo para o qual não existe similar.

                        O GRUPINHO E O GRUPÃO

Elipse: O grupinho era pequeno mesmo e se distinguia em todos os sentidos                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

 

Eles não se misturavam e quem perdia o status desejava morrer, naqueles casos em que eram obrigados a ficar na caverna para o processo de cura. Porisso os homens devem até hoje ter o reflexo de ocultar as doenças quanto podem, no sentido de não serem excluídos do corpo de caçadores. E para os jovens de 13 anos, imediatamente antes da passagem e de seu rito, a aspiração de fazê-la, de passar ao grupo de guerreiros devia doer de tão intensa. É um sentimento que não conhecemos mais, porque não existe esse salto ou transição entre o não das mães e o sim dos homens.

As mulheres não conhecem esse sentimento, pois não há solução de continuidade para elas; para eles havia o salto, o abismal salto entre estar superprotegido como queridinho e estar na guerra por conta própria – se vacilassem seriam engolidos pelo predador e os guerreiros nem se voltariam para chorar. Assim era a vida e eles sentiam imenso prazer em ser assim, dado ser o destaque natural na proporção de 90/10 (9/1) até 80/20 (4/1). Ser guerreiro era POR NATUREZA estar entre os festejados, os adulados, bastando dar prova de coragem (pois os covardes eram enxotados como se mulheres fossem, caíam no ostracismo e viviam à margem do grupo até que dessem prova convincente de coragem). Havia espírito-de-corpo (como dizem os franceses), sensação de ser exclusivo, distinto, alvo das atenções - o que a civilização matou.

No centro de todos estava o macho-alfa, o pai-de-todos (conservou-se em português esse sentido para o dedo médio, que é o maior da mão), o que tinha a atenção da mãe dominante e, quando ela desejasse, das mães do seu grupinho e das mulheres todas que iam chegando à condição de transar. O pai-de-todos era o super-herói, mas era uma condição muito visada, sempre disputada pelos mais jovens que iam chegando atrevidamente. Porisso o chefe era sempre desafiado pelos jovens guerreiros que desejavam chegar a essa condição especialíssima, o que certamente gerava muitas mortes, abrindo processo seletivo todo especial que levou o PDT ao cume.

Vitória, terça-feira, 19 de julho de 2005.

O Pai de Todos e a Mãe Dominante Conversam

 

                        Em cada caverna havia um pai de todos, chefe, macho-alfa no grupo de caça que era composto de 10 a 20 % de todos, e uma mãe dominante que controlava os 90 a 80 % restantes na retaguarda. Em tese, como projeção da Caverna geral, deveria existir um PAI DE TODOS, todos mesmo, e uma MÃE DOMINANTE, mãe geral para o planeta inteiro. A separação do grupo de caça em relação aos que ficavam tornou o grupo humano o único dentre os animais em que não há diálogo entre o macho-alfa e a fêmea-alfa.

                        Mas logo no começo em cada caverna quando o Pai voltava com certeza ele conversava com a Mãe os assuntos médios, comuns a ambos, que eram resolvidos entre eles primeiro sexualmente e depois em termos de trocas - o que deve ter acontecido logo no início, lá por metade do tempo de 10 milhões de anos dos hominídeos, mas depois, desde não sei quando, não, porque quando o grupão cresceu demais, com inúmeras cavernas espalhadas por espaços gigantescos em relação ao princípio já não era possível falar, até que apareceram as assembléias gregas (mas nisso as mulheres tinham sido excluídas) – de palavras sobre todas as pendências, colocando-se mutuamente a par.

                        Então, depois da civilização, definitivamente não, de modo que há presentemente um fosso entre a Grande Mãe e o Grande Pai; e há tal distância há pelo menos dez mil anos, com certeza muito mais em razão da expansão geográfica da espécie. Há essa falta que deve estar no fundo de todos e cada um dos seres humanos e deve ser causa de muitos distúrbios psicossomáticos.

                        Nem sei se seria possível identificar os genes da Grande Mãe e os do Grande Pai para aproximar na Terra essas duas lideranças naturais. Podemos perguntar como é que estão simbolizados esses dois entes? Como é que a Psicologia geral humana simboliza essas duas entidades virtuais, conceituais? Como eles ainda conversam? O que, dentre todas as atividades humanas, seria o equivalente a esse diálogo, conversa de dois? Será que poderíamos suprir tal falta futuramente construindo duas inteligências virtuais ou artificiais, melhor dizendo duas MIC (memória-inteligência-controle) artificiais capazes de satisfazer essa demanda de dezenas e até centenas de milênios? Poderiam os tecnocientistas criar esse GP Virtual (GPV) e essa GM Virtual (GMV)? O que conversariam? Seria preciso que as MIC passassem a evoluir autonomamente - sendo capazes de tomar decisões - para, remontando ao começo na primeira caverna, vir dando saltos sucessivos e chegar a um diálogo que fosse, hoje, próximo da verdade e possibilitasse orientações separadas e combinadas a cada lado, o GPV aos homens e a GMV às mulheres e aos demais.

                        Vitória, quinta-feira, 21 de julho de 2005.

domingo, 15 de outubro de 2017


Deus que É para Tantos Existirem

 

TIRADO DE ‘A OFICINA DE DEUS’

Deus em cima com os modelos perfeitíssimos, nunca copiados em condição de perfeição.
Lado do desejo instantâneo, não existe nenhum meio ou intermediação – Deus é em-si para-si.
ESPAÇO (este existe de sempre para sempre0, é o substrato, o elemento subsistente). ESSÊNCIA, PERSISTÊNCIA.
De baixo para cima o fosso é intransponível.
Natureza em baixo, sempre produzindo em erro, mesmo na situação mais extrema – sempre degenerando, enferrujando, morrendo, terminando.
Lado do querer, onde demora, onde é preciso tempo de realização, onde há tempo entre o querer e o acontecer.
TEMPO (este começa sobre o outro, é batida, não é flecha; é o elemento insubsistente, o transitório, o que desmonta). EXISTENTE, DESCONTÍNUO, PROVISÓRIO.

Na realidade, Deus está dentro e a Natureza está por fora.

MACROPIRÂMIDE
N.5, natureza cinco
22
Pluriverso [e aqui].
p.6
DEUS
21
Universos
Máximos controladores.
20
Superaglomerados
Dialógica
H7
19
Aglomerados
H6
N.4, natureza quatro
18
Galáxias
p.5
H5
17
Constelações
H4
16
Sistemas estelares
Cosmologia
H3
15
Planetas
H2
MESOPIRÂMIDE
N.3, natureza três
15
Mundos: TERRA AGORAQUI.
p.4
 
 
 
Humanidade = H1.
14
Nações
13
Estados
Informática
12
Cidades-municípios
N.2, natureza dois
11
Empresas
p.3
10
Grupos
09
Famílias
Psicologia
08
Indivíduos
MICROPIRÂMIDE
N.1, natureza um
08
Corpomentes
p.2
07
Órgãos
-1
06
Células
Biologia
-2
05
ADRN-replicadores
-3
N.0, natureza zero
04
Moléculas
Química
-4
03
Átomos
-5
02
Subcampartículas (10-18 m)
Física (17 degraus).
-6
01
Cê-bóla © (10-35 m) – DEUS ESTÁ AQUI, O UNIVERSO INTEIRO É UMA SOPA DIVINA.
CAMPARTÍCULA FUNDAMENTAL.

Quando a Natureza (de cada vez) desaparece (pode demorar o tempo que for), Deus persiste; nesta Natureza aberta, Deus é o conjunto espalhado de campartículas, não poderíamos ver a luz-Deus no substrato, seria como que negror, se pudéssemos olhar. De fato, a luz-Natureza desaparece com o empacotamento do universo e o que fica parece negro. Quanto é aberta outra Natureza, outra luz-N dela emerge. De forma que Deus sempre é, e sobre esse ser é que são montadas as naturezas, com suas curvas do sino de distribuição de espectro.

Tudo vai existir segundo a não-finita essência de Deus, toda a carga de potências, de possibilidades. Deus não existe, não é do tempo, não começa e não termina, É (Clarice Lispector disse: “a palavra mais importante da língua só tem uma letra: É”).

Tudo mais existe na Natureza, tudo que existe, começa e termina.

Vitória, domingo, 15 de outubro de 2017.

GAVA.

Ideologia de Gênero

 

Vem circulando no Brasil essa porcaria de “ideologia de gênero” dos descerebrados, dos sem cérebro.

VAMOS DESDOBRAR A PALAVRA (no dicionário eletrônico Aurélio Século XXI)

Ideia.
[Do gr. idéa < v. gr. ideîn, infinitivo aoristo de horân, 'ver'; lat. idea.]
S. f.
 1.          Representação mental de uma coisa concreta ou abstrata; imagem: 2  
 2.          Elaboração intelectual; concepção: 2  
 3.          P. ext.  Projeto, plano: 2  
 4.         Invenção, criação: 2  
 5.          Maneira particular de ver as coisas; opinião, conceito, juízo: 2  
 6.         Visão imaginária, irreal; imaginação, quimera, sonho: 2  
 7.          Mente, pensamento: 2  2  
 8.         Conhecimento, memória, lembrança: 2  
 9.         Noção, informação: 2  
10.         Tino, juízo.
11.          Filos.  O que é, nos seres, objeto de pensamento. 
12.         Filos.  Os objetos de pensamento enquanto pensados; representação. [Cf., nesta acepç., conceito (1) e essência (6).] 
13.         Hist. Filos.  Segundo Platão (v. platonismo), modelo das coisas sensíveis, eterno e imutável, objeto de contemplação pelo pensamento; forma.
14.         Bras.  Pop.  V. cabeça (1): 2  
Logia.
[Do gr. -logía < gr. -logos < gr. lógos, ou < v. gr. légein.]
El. comp. 
 1.          = 'discurso', 'expressão', 'linguagem'; 'estudo', 'ciência'; 'coleção': tropologia (< gr.); genealogia (< gr.), mineralogia, oftalmologia; antologia (< gr.), terminologia. 
Ideologia.
(ìd). [De ideo- + -logia.]
S. f.
 1.          Ciência da formação das ideias; tratado das ideias em abstrato; sistema de ideias.
 2.          Filos.  Conjunto articulado de ideias, valores, opiniões, crenças, etc., que expressam e reforçam as relações que conferem unidade a determinado grupo social (classe, partido político, seita religiosa, etc.) seja qual for o grau de consciência que disso tenham seus portadores. 
 3.          Polít.  Sistema de ideias dogmaticamente organizado como um instrumento de luta política.
 4.         Conjunto de ideias próprias de um grupo, de uma época, e que traduzem uma situação histórica: 2  

Logia é estudo, ciência.

Ideologia, como visto, é a pesquisa da formação das ideias.

Qualquer um pode ter qualquer ideia, porém, para ser científica ela deve ser válida até mesmo na ideologia ou política que, sendo filosofia baixa, já de ser inconsequente na origem, é prática brasileira e, pasme, das elites falsas e falsificadoras daqui.

Não pode haver ideia de gênero modificável, porque gêneros são as metades em que se divide a espécie humana, masculino (XY) e feminino (XX), não existem outros (são metades!), veja o artigo Não Existem Bissexuais. Garotos não podem passar a meninas PORQUE os cromossomos são 23 pares, formando 46 no total, XY nos homens e XX nas meninas. São fixos e imutáveis, aparecem na fusão do espermatozoide com o óvulo em espermatóvulo bem no começo mesmo, quando começa a divisão.

Nós podemos ter ideias sobre o carro, ele pode ser modificado. Os 23 pares de cromossomos, não.

De nada adianta fazer mudanças superficiais, pintar o prédio não irá alterar sua estrutura e ninguém se atreveria a dizer que alteraria. TODO MUNDO SABE DISSO, menos os idiotas da alteração de gênero: foi definido pela Natureza há um bilhão de anos, quando apareceu o sexo. Aliás, não há sexo entre macho e macho ou entre fêmea e fêmea, o que há é cópula, coito. INTERCURSO SEXUAL só entre macho e fêmea, só entre eles há troca fertilizante (esta é a chave).

Embora a Terra não possa interferir no Sol, mesmo se inteira fosse nele precipitado, pode-se pensar numa espécie tão avançada que o conseguisse. Não obstante, nem mesmo essa espécie poderia interferir nos 23 pares de bases, porque se o fizesse criaria outra coisa, já não seria humanidade.

Vai daí que não faz sentido pensar em mudança de gênero, porque nenhuma mudança exterior vai alterar minimamente os dois (e só dois) sexos. Não pode haver pesquisa da formação da ideia de troca de gênero porque não é possível realiza-lo; tal pesquisa não seria tecnocientífica, não seria testável nem verificável nos termos de Popper. Não se poderia operacionar tal busca, não se poderia idealizar, é inútil, é asneira pensar nisso, é perda de tempo.

Vitória, domingo, 15 de outubro de 2017.

GAVA.