sexta-feira, 2 de novembro de 2018


Ca-Fé

 

Os religiosos católico-protestantes, os islamitas, os budistas, os hinduístas, os judeus e todos os demais começaram a re-união deles por um procedimento bem prático e simples, a associação de um instituto universal (que, aliás, tem o mesmo nome em toda parte) vindo do pé de café, do pó de café, do café coado: o bar-café.

E o chamaram de Ca-Fé (cá a Fé).

Podiam ir quaisquer uns, mas iam mormente os religiosos, os que acreditavam. Como as religiões estão espalhadas em toda parte, deu super-certo, pois como prova de boa-vontade (paz na Terra aos homens de boa-vontade) cada país usava suas cores, cada religião adotava o seu patrono-iluminado com seus motivos especiais, suas fotos, seus desenhos e tudo seu, mas permitia a colocação à venda de livros das demais.

Isso foi um fator-multiplicador de união.

Pouco havia mudado, já que na Arábia Saudita não existiam muitos cristãos ou budistas ou outros.

Entretanto, essa providência verdadeiramente divina acabou por contaminar as consciências, pois se de mil, 995 eram de determinada fé, cinco que fossem das demais entregavam ou recebiam notícias outras.

E houve franqueamentos aos nacionais de mesma fé.

Assim, na Europa onde havia muitos cristãos outros Ca-Fés eram postos e eram frequentados livremente até por padres, pastores, monges, rabinos, mulás, pregadores de todo tipo.

CAFÉ NÃO PODE FALHAR

NISSO QUE PLANTAS...
... COLHES GRÃOS.
SE ÉS PÓ...
Descrição: http://www.mexidodeideias.com.br/wp-content/uploads/2010/09/IMG_DESTAQUE_PRINCIPAL7.jpg
... A EMBALAGEM CONTA.
SACOS EMBARCANDO...
... A DISSEMINAÇÃO MUNDIAL.

Ó, quanto havia por ser feito!

Eram igrejas devidamente consagradas, mas leigas, fazendo a obra da fé mansamente, sem pompa nem circunstância.

Espalharam-se universalmente aos milhares, aos milhões.

Pessoas de fé iam beber café e conversar, falar do gosto por Deus.

Serra, quinta-feira, 14 de junho de 2012.

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