segunda-feira, 23 de outubro de 2017


A Locomotiva das Primeiras Evoluções Puxa os Vagões para Adiante

 

DUPLA EVOLUÇÃO (concentrando maior poder num ponto; abrindo o futuro para o grande pretendente)

a quantidade de soluções é multiplicada (há muito mais problemas a enfrentar e conseqüentemente o número de soluções dispara, o futuro se abre)

   

O poder tornar-se concentradíssimo como forma de fazer, focando num ponto


 

A PRIMEIRA EVOLUÇÃO PSICOLÓGICA (do primeiro mundo)

·       Primeiras figuras ou psicanálises (primeiras formas e primeiras razões);

·       Primeiros objetivos ou psico-sínteses (primeiras metas, finalidades mais espertas e minimax - máximo com o mínimo -, objetividade potencialmente mais dilatada);

·       Primeiras produções ou economias (primeiras agropecuárias/extrativismos, primeiras indústrias, primeiros comércios, primeiros serviços e primeiros bancos);

·       Primeiras organizações ou sociologias (aparelhos de estado e de empresa mais enxutos e eficientes, com os arranjos mais econômicos e produtivos com o mínimo de materenergia e informação);

·       Primeiros espaçotempos ou geo-histórias (os menores espaços para os mínimos tempos, as geografias mais compactadas nas histórias mais competentes).

Assim sendo, as primeiras evoluções (não em todos os produtos coincide com o primeiro mundo declarado; ou não haveria mudança da linha de frente) ou primeiras criações saltam à frente.

OS PRIMEIROS MUNDOS SÃO AS PRIMEIRAS EVOLUÇÕES? (Nem sempre; por exemplo, certa vez os japoneses declararam que de todas as suas empresas só 35 mil eram as mais destacadas): de 100 % quantos produtos se destacam?

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Então, as primeiras evoluções fazem com que nos pareçamos todos com ela. Em certo momento éramos todos europeus, agora somos todos americanos do Norte, estadunidenses, porque os EUA dispararam na frente como forma de ser, de ter e de estar, os outros quase todos copiando-os descaradamente ou de forma mais ou menos oculta e enviesada.

A evolução psicológica na Terra segue a forma de vestir americana, as metas perseguidas são as de lá, as produções são copiadas, bem como o modo de organizar, de construir no espaço e de colocar ritmo no tempo; nas 22 tecnartes, no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), nas bandeiras e chaves do modelo quase tudo é americano e é puxado pelo AWL (american way of life, modo americano de viver).

Os que não se rendem ficam a ponto de desaparecer.

Vitória, agosto de 2005.

A Iugoslávia, Os Infernos Represados e as Guerras Lavradas no Futuro

 

                            A Iugoslávia eram um conjunto de sete países, mantidos unidos pela pressão de Tito. As convulsões não deixaram de prosperar, a panela foi apenas tampada por Tito de 1945 a 1980. Como disse Luis Fernando Veríssimo, só com o tempo veríamos a importância dele, pois conseguiu conter a fúria de vários povos diferentes, que apenas 11 anos depois de sua morte começaram a rebentar completamente, até que se separaram por meio de guerras sucessivas.

                            Já vimos que se as elites (que gerem a história, o tempo, o  passado, os problemas já resolvidos – por mais brilhantes que sejam as soluções, elas estão no passado -, a paz, a morte, os acordos já feitos, as acomodações conseguidas, os silêncios conveniados) devem permitir acesso do povo ao futuro, aos problemas por resolver, às soluções por encontrar, à geografia, ao espaço e tudo que está adiante, ou terá de enfrentar a guerra (como aconteceu em Angola, Moçambique e em tantos lugares e, como eu disse ao então reitor Rômulo Augusto Penina lá por 1975, no Brasil, através dessa guerra civil que não cessa).

DOIS ENCONTROS (o povo deve vir do futuro, as elites devem vir no passado – o objetivo, como você sabe, é que as elites vivam mais tempo, se forem espertas de cederem)


Triângulo isósceles: Elites vindas do passado Triângulo isósceles: Povos vindos do futuro
Tela do presente onde o povo e as elites dialogarão para ver se se conservam fora da guerra e resolvem os problemas a contento
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Caso não seja possível promover esse encontro, caso haja desencontro, então lavra a guerra. Como o povo pode vir do futuro, se não há qualquer futuro? Ele não vem realmente; é metafórico; ele vem dos problemas não resolvidos, vem pedir que seus problemas sejam resolvidos: falta de moradias, de saúde, de roupas, de tudo mesmo que há carência.

Se as elites se recusam a resolver os problemas estes vão se acumulando, como no Brasil, onde há 80 % de (médios, pobres e miseráveis) de insatisfeitos e só 20 % de satisfeitos (ricos e médios-altos, se estiverem mesmo, porque estão eternamente insatisfeitos com sua gulodice, com o ritmo de apossamento). Os problemas se acumularam na antiga Iugoslávia, até que ela rebentou em pedaços; acumularam-se sob a bota de Tito. Acumularam-se em silêncio, sem poderem reclamar, até que a ausência de Tito em 1980 e da URSS em 1991 rebentaram os lacres que fechavam os problemas no passado, advindo as guerras.

Assim será em toda parte onde as elites teimarem.

Será assim em todo lugar que não cristianizar, quer dizer, em que as elites não abrirem as soluções para o povo.

Vitória, agosto de 2005.

 

                            COMO ERA EM 1945 COM TITO


O QUE SOBROU EM 2005


                            TITO E FEITO               

Tito (Josip Broz) (1892-1980), político iugoslavo. Foi presidente do seu país, onde estabeleceu um regime comunista independente da União Soviética (URSS), ao término da II Guerra Mundial. Também foi líder do movimento dos Países Não Alinhados. Enciclopédia Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.

 

Iugoslávia
Iugoslávia,  antigo país da península dos Bálcãs situado a sudeste da Europa que existiu de 1918 até 1991, ano no qual conflitos políticos e étnicos dividiram o país. Conhecida oficialmente como a República Federal Socialista da Iugoslávia, compreendia seis repúblicas: Bósnia-Herzegovina, Croácia, Macedônia, Montenegro, Sérvia e Eslovênia; a Sérvia englobava as províncias autônomas de Kosovo e Vojvodina. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.
Iugoslávia
A Destruição de uma Nação
A ex-República Socialista Federativa da Iugoslávia desintegrou-se pela guerra civil étnica desencadeada nos princípios da década de 1990. As várias etnias que a compõem (sérvios, croatas, eslovênios, montenegrinos, albaneses e macedônicos), a partir do colapso do socialismo, retomaram as antigas guerras tribais que tanto infelicitaram a região, aquela esquina do mundo, onde, no passado, interesses conflitantes das grandes potência imperais (da Áustria, da Rússia, da Turquia otomana) se encontravam, acirrando o ódio das populações locais, umas contra as outras.
NOTA: há muito mais material, siga a trilha (JAG).
A FRAGMENTAÇÃO DA IUGOSLÁVIA
Manuel Cambeses Júnior*
No Século XIX surgiu um movimento que buscava a união dos povos eslavos do sul da Europa. O mesmo, conhecido como "Ilirismo", tinha como objetivo integrar em um só Estado as regiões integrantes de dois grandes impérios: o Austro-Húngaro e o Turco. Porém, somente após finalizada a Primeira Guerra Mundial é que esta idéia pode tornar-se realidade.
*  O autor é Coronel-Aviador R/R
   e Membro do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra.
 
 
UNIÃO DA SÉRVIA E MONTENEGRO (2003) ex-República Federal da Iugoslávia (27/04/1992)
 
Área: 102.173 km².
Yugoslavia - Serbia and Montenegro
Capital: Belgrado (Belgrade) - Administrativa e Política e Podgorica - Judiciária.

A Grande Escola do Mundo


 

                            Já falei da colocação de uma escola dos lances mais avançados do mundo, as coisas da frente de ondas do trem de mudanças, os limites do conhecimento, mas agoraqui quero falar de avanços ainda maiores.

A ESCOLA DAS GRANDEZAS DO MUNDO (as grandes inquietações, os temas centrais que restam incógnitos em cada área)

·       GRANDE CONHECIMENTO:

1.       Grande Magia e Grande Arte;

2.       Grande Teologia e Grande Religião;

3.      Grande Filosofia e Grande Ideologia;

4.      Grande Ciência e Grande Técnica;

5.      Grande Matemática;

·       GRANDES BANDEIRAS (e chaves do modelo);

·       GRANDES PROFISSÕES (nas 6,5 mil que existem as mais finas e avançadas, mesmo, aquelas que a pós-contemporaneidade gerou);

·       Os grandes projetos em geral (os canais pagos National Geographic e o Discovery mostram documentários sobre os limites da grande engenharia).

Haveria tentação de chamar esse grande conhecimento de meta-conhecimento, o que os racionais não podem atingir, porque racionalidade em qualquer nível é sempre cegueira ou parcialidade. Não, teríamos de nos contentar com algo menor, mas mesmo assim muito grande, o limite do limite, aquelas coisas que estão acontecendo no limiar, as grandes discussões sujeitas a grandes erros, os grandes saltos, as promessas de revolução (que podem ser baldadas, não importa), o mais entusiasmante de fato. A utilidade disso é despertar a entusiástica adesão dos jovens, criando vínculos proveitosos que nos farão dar pulos para mais acima ainda.

O LIMIAR DO GRANDE MUNDO (geração através das pessoambientes)

·       GRANDES PESSOAS:

1.       Grandes indivíduos;

2.       Grandes famílias (qualitativamente; famílias grandes em número não terão significado para além do Guinness);

3.      Grandes grupos;

4.      Grandes empresas;

·       GRANDES AMBIENTES:

1.       Grandes cidades/municípios;

2.       Grandes estados;

3.      Grandes nações;

4.      Grandes mundos.

O que os grandes estão fazendo?

Precisamos de talentos. Como diz a Globo, “nada substitui o talento”. Sem os grandes talentos como faremos grandes coisas? Precisamos injetar fúria entusiástica nos jovens.

Vitória, terça-feira, 16 de agosto de 2005.

A Geo-História do Judiciário


 

                            DUAS GHJ
GH do lado ruim, de tudo que é perfídia a serviço das classes dominantes como favor em nome próprio.
 


GH do lado bom, de tudo de admirável que há nesse poder, através do espaçotempo psicológico humano.
 
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            Será preciso muita coragem frente as perseguições que fatalmente advirão quando forem mostrados “os podres” deles; porisso é preciso que os governempresas de todo o mundo se unam para varrer do Judiciário a banda podre que ameaça dominá-lo. Alguns deveriam ser eleitos (e protegidos com falsas identidades no sistema de proteção a testemunhas) para fazer essa busca e revelação, visando o expurgo. Depois dele, durante décadas o Judiciário ficará relativamente limpo, até ser contaminado de novo; mas pelo menos no início será o fim das iniqüidades.

Vitória, quinta-feira, 11 de agosto de 2005.

A Exclusão dos Homens e o que Ocorreu Depois

 

                            Tendo concluído no Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens que 80 a 90 % de todos ficavam na Caverna geral com as mulheres e somente 20 a 10 % de homens saíam, quais significados advém disso em termos de formação de dois grupos distintos?               

10 %
90 %
20 %
80 %

Um grupo grande tem muita liberdade, beirando a licenciosidade, ao passo que um grupo pequeno deve ser coeso se quiser enfrentar a contento os predadores de todo tipo, de fungos a plantas, de animais a primatas, de hominídeos a grupos humanos adversários. De forma que devemos contar que se grandes grupos estiverem reunidos eles tenderão a voltar à condição-de-coletividade feminina, ao passo que os homens EM ESTADO DE GUERRA serão altamente disciplinados.

O GRUPO GRANDE (GG) das mulheres tendia a cair na gandaia, porque elas davam liberdade aos garotos, os queridinhos, e de lambuja aos outros, pois suas tarefas eram muitas, os filhos demasiados, as incumbências com todos os demais também exageradas. Já da parte dos homens o enfrentamento significava a proteção de todos e cada um, porque a perda de um só podia enfraquecer, em razão de o ritmo de reposição ser biologicamente lento. Então, todo guerreiro era prezado, o que criou uma IDENTIDADE MASCULINA, embora só em situações de enfrentamento. Em condições de paz e de brandura o espírito de corpo não vai se apresentar e muito menos prevalecer; nessas condições os homens se hostilizarão. Contudo, acredito agora que nas situações extremas as dissensões ou desacordos desaparecerão e prevalecerá a identidade em torno do chefe de guerra.

Donde vem isso?

Vem dessa exclusão, de os homens terem sido empurrados para fora do grupão, enxotados para a caça onde morriam, onde eram feridos e onde viviam em solidão, perante essas condições penosas desenvolvendo identidade e resistência, aprendendo a projetar o futuro; e quando foram trazidos de volta pelo assentamento promovido pela agropecuária feminina tomaram o poder, pois tinham sido crestados e consumidos pela vida e pela morte. Foram queimados como madeira no fogo, endurecidos até adquirir essa têmpera com que dominaram o mundo do começo, lá pelos lados de Jericó há 11 mil anos. Eis a dialética. Da dor da solidão e da diminuição veio a conquista do mundo de depois. Mas a crueldade adquirida no enfrentamento, quando trazida para dentro, significou espancamento das mulheres e das crianças, por não conseguir mais a antiga vazão.

Vitória, quinta-feira, 11 de agosto de 2005.

A Dor dos Faquires e a Libertação do Mundo


 

                            A questão dos faquires passa por ser muito simples: deitarem em camas de pregos, pairarem no ar, ficarem enterrados vários dias e outras proezas que sendo verdadeiras ou falsas são secundárias.

                            O principal é a resistência à dor.

                            Evidentemente eles não a evitam, os nervos continuam lá enviando mensagens ao cérebro, mensagens de perigo, perigo constante no caso deles. Então, para quer sofrer? Não deve ser pela necessidade da dor, os masoquistas desejam-na e não fazem parte da religião hindu; pelo contrário, devemos imaginar que não tenham a dor entre as suas mais altas aspirações. Usam-na como lição para si mesmos, para seus pares e para os de fora. A dor não pode fazer parte do processo de iluminação, porque de outra forma todo aquele que sofresse dor teria sido iluminado - as mulheres que fazem parto natural, que o fizeram por milênios sem fim, teriam sido todas iluminadas, bem como as pessoas que sofrem acidentes, que são queimadas e outras, na conta de milhões e centenas de milhões através da geo-história - mas sabemos de poucos iluminados.

                            Não, a dor sucede a iluminação ou é apenas ponte.

                            Resistir é a chave.

                            A lição é que dor existe, mas as pessoas podem enfrentá-la se desejarem, se tiverem disciplina férrea, dizendo de outro modo a humanidade não é construída pela dor. Esse é o ensinamento central. A dor pode atingir alguém, mas essa pessoa pode desconsiderá-la, ultrapassando a memória constante dela; pode de fato deixar de sentir a dor, ou seja, deixar de colocar-se no centro para olhar as coisas mais interessantes do mundo. A dor é só um aviso de agressão, não é o agressor mesmo. O fogo gera dor, mas o gerador do fogo é o mais remoto gerador da dor: extinga o gerador, não o que é gerado, pois o sumiço de um prego não é o sumiço do gerador dos pregos, a fábrica de pregos.

                            Então, ao enfrentar a dor o faquir está dizendo que Deus mesmo pode ser enfrentado (mas não quer dizer vencido, claro que não); às vezes enfrentar Deus é aderir mais fortemente a ele, é entender que a dor, ainda que aborrecida, é necessária como aviso. Não que devamos gostar dela, apenas entender.

                            Por conseguinte, o faquir ao extinguir a lembrança onipresente da dor e do EGO extingue o próprio mundo, a necessidade do mundo como susto, como violência contra a gente. Ele vai além de Buda, porque Buda ainda viu a necessidade dos budas como sustentadores finais dos gênios, dos anjos, dos demônios, dos deuses, dos criadores e dos mundos. O faquir diz: “Ah, Buda também é dor, ele também é continuidade”.

                            Em resumo, a questão dos faquires é mais ampla.

                            Vitória, terça-feira, 16 de agosto de 2005.