sábado, 21 de outubro de 2017


Todas as Coisas Esquisitas que em Volta de Mim Acontecem

 

                            Quando eu tinha por volta de 20 anos ia com meus amigos PACOS e GHB ao Rio de Janeiro e via lá aquela gente esquisita, empinada - muitos velhos aposentados (é a Miami do Brasil) -, distante, civilizada demais e estranhava tanta diferença. Depois em todas as vezes que viajei por aí – não foram muitas em relação à ânsia das pessoas por viagens, pois não gosto de viajar – tive a mesma sensação de esquisitice em relação ao povo mais simples e intimista das províncias de onde ia, Linhares e Vitória, Espírito Santo.

                            Que gente estranha, meu Deus!

                            Naturalmente eles sentiam a mesma coisa.

Quando vemos agora os programas documentários do National Geographic e do Discovery sobre os comportamentos estranhos isso coloca o relativismo cultural, que não é ensinado nas escolas: não mostramos aos alunos o direito dos outros a suas crenças e comportamentos distintos, quando não corpos e peles, quer dizer, não discursamos sobre a propriedade das diferenças apoiarem e resguardarem as semelhanças, não falamos do par polar oposto/complementar igual/desigual. Não falamos daquilo que denominei Escola da Esfera, o fato de que diametralmente pelo centro todos os pontos são opostos/complementares dois a dois e, no entanto, pertencem e compõe a mesma belíssima esfera. Não debatemos a questão da liberdade na igualdade e na dessemelhança. Não discutimos o direito dos outros povos à liberdade e a SUAS necessidades. Se os antípodas têm crenças contrárias às nossas logo queremos violentá-los, acomodá-los ao nosso modo de ser.     

Não há esforço sistemático do ensinaprendizado no sentido de incorporar ao nosso modelo compreensivo as diferenças e incompatibilidades, de aceitar o direito dos povos e das elites estranhas às suas formações. Isso não foi feito sob a forma de programa ou sistema em lugar nenhum do mundo, como código escolar introduzido no currículo.

Vitória, agosto de 2005.

Saltos e Acumuladores


 

                            Quando se vai fazer prova os professores por vezes dizem “boa sorte”: sorte ajuda, ou tudo depende apenas de conhecimento?

O SINO DA CURVA DO CONFRONTO (qualquer confronto) – provas preparadas.

Esquerda: conhecimento sem favor algum (ou quase nenhum), tendendo a 50 %
Direita: favor sem conhecimento nenhum (ou muito pouco), tendendo a 50 %
O aluno deverá saber tudo que pode cair.
Irá cair tudo que o aluno sabe.
ESTUDO (matéria, modelo)
SORTE (prova, pirâmide)

A Rede Cognata diz que prova = SORTE = SALTO = PULO = PULADA = SALTADA = PIRÂMIDE = PALAVRA = SONDA = SABER e muitas outras traduções. Por outro lado, acumulador = TESTE = LIMITE = TEXTO = DOMADO = TONTO = TRAMADO e várias outras traduções.

Então, o sentido geral é que está sendo testado o que foi acumulado até ali, quer dizer, se há conhecimento suficiente ou não para passar à próxima atividade, se a pessoa atingiu o limite; já a prova é uma indicação de salto, um pulo para uma etapa superior, dependendo tanto de conhecimento quanto de sorte. Para eliminar a sorte é preciso estudar muito, o dobro ou o quádruplo ou oito vezes ou múltiplos de dois da média.

Vitória, quinta-feira, 28 de julho de 2005.

Reducionismo Hitlerista

 

                            Meu filho Gabriel perguntou como os alemães poderiam ter vencido a Segunda Guerra Mundial e eu disse que se tivessem se disposto a resolver muitos problemas, todos os problemas da Terra; mas, se tivessem feito isso teriam sido grandes discípulos de Cristo, não teriam cometido os horrores que cometeram. A grande dificuldade de Hitler foi o reducionismo, a superafirmação da redução, pois queria resolver problemas para poucos, assim como Mussolini e os generais todos (Napoleão, César, Gêngis Kuhn e outros). Resolver para poucos é fácil, resolver para muitos ou para todos é que é difícil.

                            Como sabemos agora do modelo a aptidão do mais forte vem dele ser forte na resolução de problemas: quanto mais se candidata a resolvedor de problemas mais do futuro acessa por mais tempo. Se Constantinopla persistiu por mil anos foi porque por mil anos soube resolver problemas. Se a China persiste há 45 séculos é porque de um modo ou de outro conseguiu acomodar cada vez mais gente. Se o Ocidente domina agora foi porque abriu para abrigar cada vez maiores contingentes.

                            Hitler fechou e esse foi o grande pecado dele e de todos como ele. Fechou para os judeus e para os ciganos, fechou para os não-arianos e para os não-alemães, fechou para os que não partilhavam suas crenças, fechou para as mulheres e os negros, fechou de mil modos; seu mundo iria se tornando cada vez menor e “mais perfeito”, perfeito em sua pequenez crescente. Não pense que o demônio não é brilhante, ele é brilhante e perfeito; a questão toda é que deseja excluir os imperfeitos e o número desses só faz aumentar, segundo sua concepção. Pois só Deus pode ver a perfeição de todos e cada um, só Deus sabe valorizar a todos e cada um, até o demônio, até Hitler em sua sordidez.

                            Em resumo, podemos dizer que Hitler cresceu enquanto ampliou a solução de problemas e diminuiu quando reduziu o número daqueles a atender.

                            Vitória, agosto de 2005.

Quase Tudo que é Grande na Província é Notícia de Outros Sucessos Ainda Maiores

 

                            Quando na infância víamos o Porto de Vitória ficávamos espantadíssimos com as gigantescas dimensões dele e, depois, do Porto de Capuaba, faz alguns anos redenominado Porto de Vila Velha (abandonaram um nome distintíssimo por um completamente comum por puro bairrismo idiota). Agora, quando ouvimos falar e vemos imagens (embora não-comparativamente como deveria ser) dos grandes portos de Hamburgo, de Nova Iorque, de Amsterdã e outros vemos que na realidade o Porto de Vitória é pequeno, ainda que o conjunto dos portos do Espírito Santo rivalize com os maiores do mundo. Foi como quando vi em 2000 - por ocasião das comemorações mal-feitas por Fernando Henrique Cardoso e sua trupe - no porto a réplica malsucedida de uma das caravelas que trouxeram os descobridores em 1500: ela ficava lá embaixo em relação ao patamar da área de carga onde os grandes navios despontam lá para cima. Foi uma decepção.

                            Mas há grandes empresas nesta província do Espírito Santo.

                            Por exemplo, a CVRD Companhia Vale do Rio Doce, que tem sede noutro lugar, lidando com venda de minérios e de pelotas, além de produção siderúrgica, e a CST Companhia Siderúrgica de Tubarão que faz parte do supergrupo espanhol Arcelor são empresas líderes mundiais em seus segmentos. Nem tudo que há no ES é pequeno e insignificante, mas no geral longe está de emparelhar com os grandes do mundo, dado o ES ter no máximo em torno de 1/2.000 da atual renda mundial anual. Há sucessos muito maiores em muitos lugares da Terra e constantemente os capixabas somos obrigados a olhar para fora, para as notícias constantes que vem de lá; quase nunca sai algo de relevante daqui porque as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) são tímidas e os AMBIENTES (cidades/municípios, estado, representação nacional e até representação mundial, que se apequena ao chegar) são tacanhos, simplórios. Fecham-se em vez de se abrirem. São acanhados de alma, porisso nunca crescem.

                            Assim, quando ouvimos alguma notícia daqui sempre pensamos que devem existir outras maiores ainda lá fora, o que leva a ainda maior constrição d’alma, pois corriqueiramente deduzimos ser inútil publicar, já que outros devem ter feito primeiro. Nem sempre é o caso, claro, como não foi no caso desse modelo que construí.

                            Vitória, Quarta-feira, 03 de Agosto de 2005.

Problematização como Luta por Aptidão e a Incorporação de Futuros

 

                            Como temos visto, o futuro é povo, geografia, espaço (como quando dizem “preciso de mais espaço para viver”; ou no caso das esferas orientais de influência, quer dizer, espaços, ou seja, futuros), vida, problemas a resolver, necessidades a atender, guerra (o objetivo sendo evitar que aconteça). Quanto mais problemas a resolver mais futuro. Aqueles que – aparentemente, pelo menos no nível de aceitação interna ao conjunto – acreditam que resolveram todos os problemas estão a caminho do túmulo. Quanto mais uma PESSOA (indivíduo, família, grupo ou empresa) e um AMBIENTE (cidades/município, estado, nação e mundo) abrem, mais se candidatam ao futuro. Essa “problematização” (essa palavra é ruim, porque induz a pensar no ato permanente de problematizar, criar problemas; não queremos criá-los, mas resolver os que espontaneamente aparecem) é garantia de uma boa luta na busca por aptidão, quer dizer, por adquirir os músculos do mais apto. Lutar por resolver problemas, abrir o leque para aceitar cada vez maior número de problemas por resolver significa incorporar futuros.

FUTUROS AINDA POR INCORPORAR (alguma coisa vem sendo feita por mérito direto de Cristo, mas ainda é amplamente insuficiente; uma jornalista no programa da Oprah disse que um bilhão de pessoas ainda está vivendo em condições subumanas com um dólar ou menos por dia). Bandeiras da futura aptidão:

·       Mulheres;

·       Negros;

·       Velhos;

·       Crianças;

·       Indianos em geral;

·       Pobres e miseráveis;

·       Doentes e incapacitados;

·       Deficientes físicos e mentais;

·       Muitos outros.

Em resumo, a socioeconomia da Terra é 5/6 ou mais 80 % fraca, pois mais de cinco em seis vírgula quatro bilhões ainda não vivem nas melhores condições.

Vitória, quarta-feira, 03 de agosto de 2005.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017


Tudo ao Contrário

 

Ia pedalando na ciclovia da Praia de Camburi, passou uma viatura (não dizem carro ou automóvel) toda preta do GOT (Grupo de Operações Táticas) do Espírito Santo.

FAZEM QUESTÃO DE MOSTRAR FORÇA, RIGOR, AMEAÇA

Imagem relacionada
Resultado de imagem para got grupo de operaçoes taticas
Resultado de imagem para got grupo de operaçoes taticas
Resultado de imagem para got grupo de operaçoes taticas

Se fosse de noite ainda seria compreensível, disfarce, mas de dia é chamativo, deveria ser tudo ao contrário: branco e outras cores suaves, desenhos tranquilizantes e planejamento psicológico que desse alguma falsa confiança aos bandidos. Isso de preto vem da guarda pretoriana em Roma, que depunha e fazia imperadores a seu talante, o que vem sendo imitado em toda parte, inclusive pelos nazistas.

Eles necessitam disso, essa porção guerreira da humanidade, que não sabe pensar muito bem, é fraca em dialógica, porisso é necessário que alguém mais atilado, argucioso, arguto, astuto, clarividente pense por eles. As delegacias da Polícia Civil também são assim, escuras, tétricas, sujas, passam ideia de impiedade.

Psicólogos deveriam pensar por eles.

Seriam muito mais eficazes, que é o que queremos realmente, sem essa superexposição nada competente. Nova polícia para novo tempo.

Vitória, sexta-feira, 20 de outubro de 2017.

GAVA.

Músicabana

 

CABANA DOS SALVA-VIDAS (poderiam salvar em mais de um sentido, como psicólogos contratados prestando serviço ao corpo e ao espírito). Há-as mais e menos elaboradas, poderiam ser grandes, verdadeiras praças de atendimento com compartimentos, banheiros ao nível da praia, salas de palestra, música ampliada para certo círculo de praia.

Resultado de imagem para salva-vidas cabana
Mais e menos elaboradas.
Resultado de imagem para salva-vidas cabana
Mais e menos bonitas.
Resultado de imagem para salva-vidas cabana
Mais e menos isoladas.
Imagem relacionada
Feitas com machado.

As pessoas perdem tempo, porque não impera o que Jesus aconselhou, “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”: se amassem prestariam atenção, cuidariam, seriam atenciosos. Amar ao próximo é, em círculo, amar a mim mesmo PORQUE o próximo do próximo sou eu (ou você).

As empresas que vendem música ofertam, dizem lá, milhões de músicas, de modo que há ampla oportunidade de combinações, seleções de estilos e ritmos, de temporalização e espacialização geo-histórica de confecção, indicações de grupos criadores e assim por diante. Quase ilimitado. As empresas, os governos e todos mesmo estão dormindo, não trabalham pelo coletivo e muito menos pelo indivíduo, que está sendo esmagado (junto com as tecnartes enquanto serviço geral, exceção de às elites).

Poderiam tocar música nos períodos de maior frequência, com animadores, e música automática quando as praias estivessem vazias nos períodos de frio.

Vitória, sexta-feira, 20 de outubro de 2017.

GAVA.