Apócrifos e
Evangelhos
Durante décadas
deixei a Religião geral de lado, porque fiquei agnóstico e depois ateu dos 18
aos 43, durante 25 anos, tendo acreditado na mensagem dos safados de que as
religiões constituíam o “ópio do povo”, o que não é de modo nenhum verdadeiro,
pelo contrário, é fonte de sabedoria, estabilização, correção, dignificação das
famílias e das pessoambientes todas.
Quando, mais
recentemente, pelos 60 anos me voltei para a demonstração da essência de (e não
da existência, pois tudo que existe começa e termina, o que não se dá com o
elemento subsistente) Deus, para a divindade de Cristo-Jesus, para o desenvolvimento
das religiões, vi quanta falta de lógica há em tudo isso e quanta ausência de
relações aceitáveis opera no meio.
Por exemplo, dizem
que São Paulo foi o primeiro a escrever, a colocar no papel, o que não está
certo no caso da Fonte Q (Jesus morreu com certeza em 33, quem escreveu Q com
toda probabilidade esteve juntinho, terá anotado desde quando ele se apresentou
aos 30 anos, ou por aí, no ano 21 ou pouco depois). Também não pode estar certo
PORQUE São Paulo não escreveu sobre a vida de Cristo, o que faria, sendo
letrado (com a compulsão de escrever que temos todos, até os que não sabem, por
exemplo, nos celulares, na Internet, no Facebook, em toda parte), se ninguém
mais tivesse feito – ou seja, ela tamparia a brecha, escrevendo
desbragadamente. Não fez isso, meramente escreveu as epístolas-cartas.
Sendo fariseu, ele
pesquisaria, como São Lucas fez.
ENTÃO, São Paulo não
pode ter sido o primeiro a escrever, em 54, passados 21 anos, chegando ele
atrasado ao movimento, querendo saber de tudo, provavelmente lendo o que já
estava escrito e divulgado entre os primeiros seguidores de Jesus.
E,
DEPOIS, OS APÓCRIFOS (estes falam sandices e contém invencionices
super-heróicas muito malucas, provavelmente são do segundo ou terceiro séculos,
101 a 299)
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EVANGELHOS
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APÓCRIFOS
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A antiguidade deles não nos diz nada, pois
existem outros mais antigos e mais críveis: inclusive, este é um critério de
validação, pois quanto mais aceito como plausível na atualidade for, mais
verdadeiro (gente voando é esquisito e não sei bem o que voar ajudaria a
passar a mensagem).
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Quais seria os critérios para definir os
apócrifos?
PENSO
EM ALGUNS
1.
Atribuir
poderes super-humanos (certamente Deus, que dá a liberdade, quer que as pessoas
acreditem sem coação, por desejo próprio e não alheio, sem doutrina ou
superafirmação, por necessidade sua e não de outrem, por autoconvencimento e
não coercitivamente, sem conversão forçada, sem medo, etc.);
2. Exagerar nos
milagres;
3. Falhas nas datações e
nas relações dialéticas entre personagens;
4. Falhas nos hábitos
descritos nos evangelhos conhecidos (de Jesus, dos apóstolos, das mulheres, da
família, etc.);
5. Indicar falhas de
caráter [em Jesus (ainda não justificado pela ressurreição) e mais ainda em
Cristo (já Deus), o que seria impossível], inclusive maldade ou malícia,
oportunismo, falta de decoro e coisas que sabemos que o caráter dele não
comportava;
6. Tendência à
doutrinação, indicando o desejo do autor de afirmar a religião (o que a gente
não lê nos quatro);
7. Muitos outros.
Em resumo, é fácil fazer exclusão
comparativa. O que nos garante que os quatro não são os falsos? Eles são
simples, como a descrição histórica em geral é, mesmo a muito posterior;
mostram espanto de primeiro contato e não de celebração ulterior. E segue.
Pode-se facilmente fazer a
exegese/hermenêutica se contamos com essa gente tarimbada das universidades,
pesquisadores sérios que realmente amam a Jesus Cristo.
Serra, terça-feira, 21 de julho de 2015.
GAVA.
ANEXO (a lista é imensa na
Wikipédia,
mas vale a pena ler porque mostra a quantidade de oportunistas no mundo)
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Apócrifos do Novo
Testamento
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Os Apócrifos do Novo Testamento, também conhecidos como
"evangelhos apócrifos", são uma coletânea de textos, alguns dos
quais anônimos, escritos nos primeiros séculos do cristianismo,
votados no Primeiro Concílio de Niceia, não
reconhecidos pelo cristianismo ortodoxo e que,
por isso, não foram incluídos no Cânone do Novo
Testamento. Não existe um consenso entre todos os ramos da fé cristã
sobre o que deveria ser considerado canônico e o que deveria ser apócrifo.
Definição
O termo "apócrifos" vem do grego ἀπόκρυφα e significa, justamente, "coisas escondidas". O termo é geralmente aplicado para designar livros que já foram considerados pela igreja como úteis, mas não divinamente
inspirados. Assim sendo, referir-se a escritos gnósticos
como "apócrifos" pode ser enganador, pois muitos deles não são
assim classificados por fiéis mais ortodoxos do ponto de vista doutrinário. A
partir do Concílio de Trento, a palavra "apócrifo" adquiriu
conotação eminentemente negativa e se tornou sinônima de "espúrio"
ou "falso" (vide Cânone de Trento)
O fato de algumas obras serem categorizadas como Apócrifas do Novo
Testamento é algo indicativo da ampla gama de interpretações que a
mensagem de Jesus
provocou. Durante os primeiros séculos da transmissão desta mensagem, um
considerável debate se criou para preservar sua autenticidade. Três métodos
principais de endereçar esta questão sobreviveram até os nossos dias: ordenação,
onde grupos autorizam indivíduos como professores confiáveis da mensagem; credos, onde os
grupos definem as fronteiras de interpretação da mensagem; e os cânones bíblicos, que listam os documentos
primários que cada grupo acredita conterem a mensagem originalmente ensinada
por Jesus. Muitos livros antigos sobre Jesus não foram incluídos nos cânones
e hoje em dia são chamados de "apócrifos". Alguns deles foram
vigorosamente condenados e suprimidos, sobrevivendo hoje apenas em
fragmentos. As mais antigas listas de obras autênticas do Novo
Testamento não são idênticas às listas modernas. Como exemplo, o Apocalipse
foi durante muito tempo considerado como não-autêntico (veja Antilegomena),
enquanto que o Pastor de Hermas era considerado genuíno por
alguns cristãos (e ainda é em alguns ramos da fé cristã), e aparece no Codex
Sinaiticus.
Da mesma forma que o Antigo Testamento, a maioria dos livros do Novo
Testamento foram aceitos pela igreja logo de início, sem objeções: os
chamados homologoumena. Isso porque os pais
da igreja foram unânimes a favor de sua canonicidade.
Os homologoumena aparecem em praticamente todas as principais tradições e
cânones da igreja primitiva: eles formam 20 dos 27 livros que entraram no
Canon do Novo Testamento.
Antilegomena
As obras que se apresentam como "autênticas", mas que não
obtiveram aceitação geral de todas as igrejas são chamadas de "Apócrifos
do Novo Testamento". Elas não são aceitas como canônicas pela maior
parte das denominações principais do cristianismo. Como exemplo, atualmente
apenas a Igreja Ortodoxa da Etiópia reconhece o
Pastor de Hermas, I Clemente, Atos de Paulo e diversos Apócrifos do
Antigo Testamento, textos que as demais denominações cristãs consideram
como apócrifos.
A Peshitta siríaca, utilizada por todas as várias igrejas
siríacas, originalmente não incluía 2 Pedro, 2 João, 3 João, Judas e
Apocalipse (e este cânone de 22 livros é o que foi citado por São João Crisóstomo - 347-407 d.C. - e Teodoreto
- 393-466 d.C. - da Escola de Antioquia)1 . O siríacos ocidentais adicionaram os cinco
livros faltantes ao seu Novo Testamento na era moderna1 (como a Lee Peshitta de 1823).
Atualmente, os lecionários oficiais seguidos pela Igreja Síria
Ortodoxa de Malankara e a Igreja Síria Caldéia,
também conhecida como Igreja do Oriente (Nestoriana), apresentam
ainda apenas lições sobre os 22 livros da Peshitta original1 .
A Igreja Apostólica Armênia por vezes já incluiu a Terceira Epístola aos Coríntios,
mas não a lista sempre com os outros 27 livros canônicos do Novo Testamento.
Esta igreja não aceitava o Apocalipse em sua bíblia até 1200 d.C.2 . O Novo Testamento da Bíblia copta, adotado
pela Igreja do Egito, inclui as duas Epístolas de Clemente.
História
A primeira separação oficial entre os textos aconteceu em 325 no Primeiro Concílio de Niceia,
convocado pelo imperador romano Constantino,
que havia aderido ao cristianismo. Foram feitas votações para eleger quais os
evangelhos
fariam parte da bíblia oficial. A separação atual foi imposta pelo Concílio de Trento, convocado pelo Papa
Paulo III, representante máximo da Igreja Católica, realizado de 1545 a
1563. Mas bem antes disso, os pais
da igreja, já no século II, combateram esses textos nos seus escritos. Eusébio, por exemplo, os denomina como "totalmente
absurdos e ímpios". Desde o início do Cristianismo parece ter havido
fraudes. O apóstolo Paulo, por exemplo, começou a assinar
suas cartas por causa de textos falsos que circulavam na igreja no já no
século I (II Tes 3:17 e 2:2).
Evangelhos
Evangelhos canônicos
Dos muitos evangelhos escritos na antiguidade, apenas quatro foram
aceitos como parte do Novo Testamento, ou seja, como canônicos.
Evangelhos da Infância
A escassez de informações sobre a infância de Jesus nos evangelhos
canônicos provocaram uma grande demanda entre os primeiros cristãos por mais
detalhes sobre os primeiros anos da vida Dele. Esta demanda foi logo suprida
por diversos textos do século II d.C. e seguintes, conhecidos como
"Evangelhos da Infância", nenhum dos quais foi aceito no cânon bíblico, embora o grande número de exemplares
sobreviventes ateste a sua contínua popularidade.
A maior parte deles foi baseada no mais antigo dos evangelhos da
infância, o Evangelho da Infância de Tiago
(também chamado de "Proto-Evangelho de Tiago"), no Evangelho da Infância de Tomé e na
combinação posterior de ambos no Evangelho de Pseudo-Mateus (também
chamado de "Evangelho da Infância de Mateus" ou "Nascimento de
Maria e Infância do Salvador").
Outros evangelhos da infância entre os mais antigos são:
Evangelhos Judaico-cristãos
Seitas judaico-cristãs durante o cristianismo primitivo ainda mantinham uma
forte relação com o Judaísmo, mantendo a Lei
mosaica e utilizavam evangelhos especícicos:
Versões rivais dos evangelhos canônicos
Muitas versões alternativas e editadas de outros evangelhos existiram
durante os primeiros anos do Cristianismo. Na maior parte das vezes, o texto
afirma ser a versão mais antiga ou a versão que retirou todas as adições e
distorções feitas por oponentes às versões mais reconhecidas do texto. Os
padres da igreja insistiram que essas eram as pessoas que estavam a fazer
distorções, ainda que nem todos os estudiosos modernos concordem. Ainda é
tema de debate se existe ou não alguma versão mais antiga ou mais acurada dos
evangelhos canônicos. Detalhes de seus conteúdos só sobreviveram na forma dos
ataques feitos a eles por seus opositores e, por isso, é incerto quão
diferentes eles são entre si e mesmo se constituem obras inteiramente
diferentes ou não. Entre os textos dessa natureza estão:
Evangelhos de ditos
Alguns evangelhos tomaram a forma de pequenas logia - ditos e
parábolas de Jesus - que não estão inseridos numa narrativa concatenada:
Uma minoria dos estudiosos considera o Evangelho de Tomé como parte de
uma tradição da qual os evangelhos canônicos eventualmente emergiram. Em todo
caso, ambos são importantes para visualizarmos como seria o teórico Documento
Q.
Evangelhos da Paixão
Outro conjunto de Evangelhos se focam especificamente na Paixão (prisão, execução e ressurreição) de
Jesus:
Embora três textos tomem para si o nome de Bartolomeu, é possível que ou as
"Questões" ou a "Ressurreição" sejam, na verdade, o
desconhecido "Evangelho de Bartolomeu".
Evangelhos Harmônicos
Uma quantidade dos textos tenta apresentar uma única harmonização dos
evangelhos canônicos que elimine as discordâncias entre eles e apresente um
texto unificado derivado da união de todos. A mais famosa dessas versões é o Diatessarão.
De todos os textos sobreviventes, a maioria parece ser uma variação do
suprimido Diatessarão.
Textos gnósticos
Na era moderna, muitos textos gnósticos
foram recuperados, especialmente após a descoberta da Biblioteca de Nag Hammadi em 1945.
Alguns textos expõem a cosmologia esotérica e a ética
defendida pelos gnósticos. Muitas vezes, isso ocorre na forma de diálogos em
que Jesus expõe seu conhecimento esotérico enquanto seus discípulos fazem
perguntas. Há também um texto, conhecido como Epistula Apostolorum, que é uma polémica
contra o esoterismo gnóstico, mas escrito de maneira similar aos textos
gnósticos3 .
Diálogos com Jesus
Textos sobre Jesus
Textos setianos sobre Jesus
Os setianos
eram um grupo que originalmente adoravam o bíblico Sete
como uma figura Messiânica, tratando depois Jesus como uma reencarnação de
Sete. Eles produziram numerosos textos expondo a sua cosmologia esotérica,
geralmente na forma de visões:
Diagramas rituais
Alguns dos textos gnósticos parecem consistir de diagramas e
instruções para uso em rituais religiosos:
Atos Apócrifos
Os "Atos de Apóstolos" eram um gênero literário durante o cristianismo primitivo, que contava a
história do movimento cristão após a Ascensão de Jesus através das vidas e obras de
seus apóstolos, principalmente São
Pedro, João e Paulo, um convertido. O texto chamado Atos dos Apóstolos atualmente foi incluído no cânon bíblico e é a segunda parte de uma obra cuja
primeira é o Evangelho segundo Lucas, com ambas
dedicadas à Teófilo e com estilo similar 4 .
Entre os apócrifos, diversos textos tratam da vida subsequente dos
apóstolos, usualmente pontuadas com eventos fortemente sobrenaturais. Existe
uma tradição de que uma parte deles tenha sido escrito por Leucius Charinus (conhecidos como Atos Leucianos), um
companheiro de João apóstolo. Os "Atos de Tomé" e os "Atos de
Pedro e os doze" são considerados também textos gnósticos. Ainda que a
maioria dos textos tenha sido escrita no século II d.C., pelo menos dois, os
"Atos de Barnabé" e os "Atos de Pedro e Paulo" podem ter
sido escritos tão tarde quanto o século V d.C.
Epístolas
Há também diversas epístolas não canônicas (ou "cartas")
entre os indivíduos ou para os cristãos em geral. Algumas delas foram
consideradas muito importantes pela igreja
antiga:
Apocalipses Apócrifos
Diversas obras estão estruturadas na forma de visões escatológicas,
discutindo o futuro, a vida após a morte ou ambos:
Destino de Maria
Muitos textos (mais de cinquenta) são descrições dos eventos que
circundaram o destino variado de Maria ( a mãe de Jesus):
Miscelânea
Estes textos, por seu conteúdo ou forma, não se encaixam em nenhuma
das categorias:
Fragmentos
Além das obras apócrifas conhecidas, há também diversos pequenos
fragmentos de textos, partes de obras desconhecidas e de existência incerta.
Alguns dos mais importantes são:
Obras perdidas
Existem diversos textos mencionados em muitas fontes antigas e que
seriam certamente considerados parte dos apócrifos, mas nada sobreviveu
deles:
Ortodoxia
Ainda que muitos livros citados aqui sejam considerados heréticos
(especialmente os que pertencem às tradições gnósticas), outras não são
consideradas particularmente heréticas no conteúdo e são na realidade aceitos
como livros de importante valor espiritual. Não são, porém, considerados
canônicos.
Entre os historiados do Cristianismo primitivo, estes livros tem
valor incalculável, especialmente os que quase entraram no cânon final, como
o Pastor de Hermas. Bart
Ehrman, por exemplo, diz:
Os principais evangelhos apócrifos e a razão
de sua proibição pela Igreja Católica 6
Bibliografia
Inclui o texto dos
evangelhos apócrifos.
Referências
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