Motivação Política e o Trem Lacrado

 

No livro de Max Hastings, Catástrofe (1914: a Europa vai à guerra), Rio de Janeiro, Intrínseca, 2014 (sobre original de 2013), ele diz na página 51:

“Além disso, os russos enfrentavam uma imensa agitação criada por operários insatisfeitos. Em 1910, o país sofreu apenas 222 paralisações, todas, segundo a polícia, atribuídas mais a fatores econômicos do que políticos. Em 1913, esse número inchara para 2.404 greves, das quais 1.034 foram rotuladas como políticas; no ano seguinte houve 3.354, das quais 2.565 foram consideras políticas. O barão Nikolai Wrangel observou, com presciência: ‘Estamos à beira de acontecimentos como o mundo nunca viu igual desde a época das invasões bárbaras. Daqui a pouco, tudo o que para nós é nossa vida será visto pelo mundo como fútil. Está para começar um período de barbárie que vai durar décadas’”.

Eu acreditava nos pseudo-socialistas e nos pseudo-comunistas, porque afirmavam amar os operários e acredito em todos e cada um.

Em 1905 Lênin (1870-1924, russo meio judeu, Vladimir Ilitch Ulianov, vulgo) havia perdido a oportunidade de insuflar o povo, fugiu (os políticos dão o nome de “exílio”), retornando com as coisas já bem avançadas. De longe escreveu muito para conduzir o povelite russo ao conflito.

A GEO-HISTÓRIA (todo tempo tem um espaço que o sustenta)

RÚSSIA VEJA, abril de 1917 Alemanha tira Lênin do exílio na Suíça e patrocina retorno à Rússia – Líder bolchevique cobra fim da participação na guerra e poder total aos sovietes – Governo provisório continua junto dos aliados A chegada a Petrogrado: o chefão dos bolcheviques é recebido pelos seguidores depois do período de exílio em Zurique. nganou-se quem achava que a frenética sequência de acontecimentos deste ano na Rússia – Revolução de Fevereiro, eleição de um Governo Provisório, abdicação do czar Nicolau II – fora suficiente para acalmar os ânimos da população oriental. Uma entrega especial com o generoso oferecimento da Alemanha logrou esquentar ainda mais o clima de um país em crescente ebulição: no último dia 16 de abril, recebido por centenas de simpatizantes na Estação Finlândia, Vladimir Lênin, líder do Partido Bolchevique, desembarcou em Petrogrado de volta de seu exílio em Zurique propondo virar, mais uma vez, a Rússia de cabeça para baixo. Em discurso para os representantes do soviete (conselho do povo) de Petrogrado, o bolchevique conclamou a população a romper com o governo provisório e propôs a extinção do exército em favor de milícias populares, além da uma nacionalização dos bancos, terras e propriedades privadas. Também exigiu, é claro, o fim da participação russa na grande guerra. “Todo o poder aos sovietes! ”, exclamou, em delírio.

EMPURRÃO POLÍTICO

ANO.	GREVES.	GREVES POLÍTICAS.
1910	222/100	0
1913	2.404/1.083	1.034/466
1914	3.534/1.592	2.565/1.155

Eram induzidas, tinham propósito.

Fico assustado vendo a maldade das pessoas.

De Lênin e adeptos, ação interna que culminou em 1917 e nas consequências que, como o barão disse, duraram décadas, até 1991, 74 anos.

Dos governos, a Alemanha é culpada por tirá-lo da Suíça e leva-lo em trem lacrado até a Rússia. O governo do cáiser Guilherme II, da Casa de Hohenzollern, queria de todo modo prejudicar o governo do tzar da Rússia, Nicolau II Romanov – ambos os impérios se esfacelaram.

A falta de amor, as conspirações, a malícia são jeitos humanos desprezíveis e preocupantes.

Jesus preveniu: “amai-vos uns aos outros”. Não era conselho, era mandamento, o 11º - na falta de obediência dá-se isso que temos visto.

Vitória, quinta-feira, 6 de outubro de 2016.

GAVA.

Pai, o Carrinho

 

No supermercado a mãe com criança de uns oito anos disse ao pai que ia à frente já entrando pela porta: “pai, o carrinho”.

Disso, dessas três palavras, desdobrei muitos entendimentos:

1.       Estava lembrando a ele quem manda na casa;

2.       Dizendo que tinha uma filha e estava obrigado a 30, 40, 50 anos de trabalho escravo;

3.      A dependência sexual, a ponto de ele aceitar ser mandado;

4.      Que ela que conduzia, mas ele que empurrava (nos dois sentidos);

5.      Indicava à filha a ordem de precedências (“papai traz o dinheiro, mas sou eu que gasto; quando crescer você vai poder usufruir do seu”);

6.      [A coletividade olhava e mentalmente as mulheres aplaudiam; os homens pensavam: “esse tá na trela”];

7.      “Você só vai beber com os amigos depois de colocar comida dentro de casa”;

8.      E assim por diante.

OB, OB, OBSERVANDO ESTRELAS

Preste atenção! A vida está cheia de lições: são chamadas “lições de vida”, mas poucos observam atentamente. Por toda parte onde passo ouço coisas engraçadas, fico contando, as pessoas riem, mas elas mesmas não me contam, não prestam atenção, não veem a grandeza da Vida e da Psicologia. Depois reclamam de tudo, como se i Deus-Natureza não oferecesse diariamente milhares de motivos de riso.

É estonteante.

Serra, domingo, 28 de outubro de 2012.

Os Trabalhos de Dona Débora

 

Roberto ia passando, viu a propaganda no poste: “Dona Débora joga búzios. Faz e desfaz trabalhos na área amorosa e financeira”. Os amigos viviam insistindo, “cara, você tem de dar um jeito, não tá conseguindo ninguém, vai a alguém pra te benzer”.

Onde achar uma benzedeira?

Hoje em dia era a coisa mais rara.

Todo dia ele via o anúncio quando ia para a fábrica que tinha ali no CIVIT II em Laranjeiras, Serra.

Todo dia.

Começou a entrar na cabeça dele.

Ele sondou e soube que tudo que ela dizia acontecia.

Pegou o telefone e discou, marcou e foi, dona Débora o atendeu muito bem. Ele contou que estava solteiro, 39, ela perguntou se era questão financeira, ele disse que não, que estava tudo indo super-bem com as patentes e a fábrica em franca expansão, estava enricando. Dona Débora perguntou se era na área amorosa, ele disse que sim, que estava meio em baixa nos dois sentidos, sem mulher e sem hastear o pau da bandeira.

JOGANDO BÚZIOS

Consultor Exotérico, professor na universidade dando demonstração.	Versão artesanal, un-net, desplugada.
Kit básico.	Em casa, por amizade.
Time prevenido que jogou búzios e contratou os orixás, mas também dois do time adversário.	Livro didático da classe Búzios 101.

Dona Débora era bem apessoada, bem apanhada, 45 anos, mas um mulherão, cabelos pretos e fartos, ancas generosas, peitões que Beto ficou olhando cobiçoso, ela se esticava para jogar os búzios, ele se esticava também.

Ela jogou os búzios e disse:

- Você vai conhecer uma morena, vai se apaixonar, vai casar com ela em comunhão universal de bens. Sua mãe não vai gostar, mas você vai mandar ela e seu pai para Aruba em estadia permanente, contratando um guarda-frente e guarda-costas para mantê-la feliz. Vai construir uma casa enorme na Ilha do Boi, mansão de seis milhões ou mais e vai viver feliz com essa morena.

Beto achou aquela confiança dela muito positiva e direta, que coisa, né? Comentou com os amigos, “a bicha é fera”.

Duas semanas depois Beto encontrou com ela no parque municipal, “que coincidência, dona Débora! ” E ela: “não é, menino? Também achei”.

Papo vai, papo vem, rolou um clima, se entenderam na cama e fora dela e só bem depois caiu a ficha de que dona Débora era morena e tal, o que só foi acontecer depois da construção caríssima no metro quadrado mais caro de Vitória, sem falar em mais dois milhões em móveis e nas viagens por todo o mundo. O que são as previsões, não é? Trabalho muito bem feito.

Serra, quinta-feira, 18 de outubro de 2012.

Os Primeiros Humanos no Céu

 

Quando a gente olha mentalmente para o Céu, parece que ele sempre esteve lá para nós, para os seres humanos, mas dado que os NEMAY (neandertais de Eva Mitocondrial + Adão Y) são de 300 mil anos apenas e os CROM (CRO-magnons) são ainda mais recentes, de 80 mil anos, o uso HUMANO do Céu não pode ser mais antigo que isso.

CÉU HUMANO

ESPÉCIE	TEMPO
NEMAY	300 mil anos
CROM	80 mil anos

Agora, é de perguntar se antes dos humanos outros iam para lá, por exemplo, toda a Vida desde 3,8 bilhões de anos, os primatas desde 100 milhões, os hominídeos desde 10 milhões.

Quando a gente vê pinturas do Céu, vemos árvores, que não podem subsistir sem fungos, porisso é de pensar que, da Vida, pelo menos essas duas fases iniciais estejam representadas, fungos e plantas; depois, vemos também pacíficos animais e é preciso acrescentá-los. Não vemos primatas, mas pode ser que eles estejam fazendo outras coisas ou prefiram (em razão da lembrança dos maus-tratos, inclusive como cobaias de laboratório) ficar apartados, pois primata escaldado tem medo de água fria.

Chego ao ponto.

Quando os euro-portugueses chegaram ao Brasil em 1500 a cobertura de florestas chamada depois Mata Atlântica era quase total, ao passo que 500 anos depois sobraram apenas 5 %.

A DEVASTAÇÃO DO CÉU BRASILEIRO

	Destruição  das matas ciliares e assoreamento dos rios.

Será que ao passar ao Céu aqueles de nós que chegarão lá serão purificados de sua ânsia destrutiva? Temo por isso.

Se não forem, coitado do Céu.

No primeiro momento, sei lá quanto tempo, pode ser que sim, mas depois não há garantias, as pessoas acomodam, como quem chega ao serviço cheio de garra e logo depois cai nas reivindicações e na morcegagem.

Pode ser que o Céu esteja grandemente devastado, as terras celestiais erodidas, os rios paradisíacos assoreados com matas ciliares desaparecidas, as florestas queimadas e assim por diante.

Fiquei pensando nisso.

De qualquer modo, o Inferno é pior, os capitalistas burgueses chegaram lá antes, de forma que agora está um pouco complicado escolher.

Sei lá, fiquei pensando.

Serra, quinta-feira, 27 de setembro de 2012.

Os Grandes Destinados à Salvação

 

Clive Cussler escreveu um livro sobre Atlântida e na trama há grandes navios. Tempos depois apareceu o filme de Emmerich.

OS ANÚNCIOS À VISTA DE TODOS (quem não quer ver que esconda a memória)

X	ANO	A OBRA	O AUTOR
1º	1999	Morte na Atlântida.	Clive Cussler.
2º	2004	O Dia Depois de Amanhã.	Roland Emmerich.
3º	A construção da Estação Espacial Internacional e dos grandes navios “de turismo”.

A ESTAÇÃO ESPACIAL BEM NO ALTO LIVRE DE TODAS AS ONDAS E OS GRANDES NAVIOS INSUBMERGÍVEIS, SEM FALAR NAS INSTALAÇÕES SUBTERRÂNEAS.

estação	À prova de tempestades e meteoritos.
navios
instalações

Eles fazem a maior bagunça do lado de cima para ocultar o que está do lado de baixo: são uns palhaços divertindo o povo, enquanto o circo se faz. São mágicos fazendo mágica com a mão direita enquanto a esquerda engana. Foram postos lá para isso, presidentes e primeiros ministros, não se engane.

Na hora da destruição, não pense que não, nem você nem sua gente vão estar lá, não tem isso. São uns 16 navios gigantes à prova de qualquer coisa, movidos a energia nuclear como no filme de Emmerich, vá rever. Cada qual comporta no máximo umas mil pessoas, só vão sobrar umas 16 mil, acho.

Se você não quer acreditar, problema seu.

Meu lugar tá garantido.

Posso falar abertamente porque você não acredita mesmo.

Serra, sábado, 13 de outubro de 2012.