sábado, 10 de setembro de 2016


A.E ψ

 

A.E é arquiengenharia.

Ψ é psicologia.

A conjunção quer dizer planejar os suportes da racionalidade:

  • Quem? (Figura ou psicanálise);
  • Para quê (Objetivos ou psico-síntese):
  • Com quê (Produção ou economia);
  • Como? (Organização ou sociologia);
  • O Quê (Quandonde, espaçotempo ou geo-história).

Quem vai morar ali?

A empresa entrevistava demoradamente as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos ou empresas) ou os AMBIENTES (construções destinadas às cidades-municípios, aos estados, às nações ou à representação mundial).

A que se destinava a edificação?

Quais as profissões de pai e mãe? Desenvolviam-nas fora ou dentro de casa? Eram empregados ou empregadores?

Enfim, a empresa tinha uma planilha de quesitos, uma lista grande de perguntas que percorria judiciosamente. Os arquiengenheiros psicológicos eram até enjoados, mas só faziam as perguntas que as pessoas, marcando na lista, achavam pertinentes.

UMA LISTA ENORME DE PERGUNTAS (em oito moldes diferentes para as pessoambientes)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Realmente, era chato demais, demorado demais, exasperante.

Contudo, deu excelentes resultados, porque as casas saíam leves, transparentes, translúcidas, brilhantes, luminosas, floridas, flutuantes, doces, coladas aos espíritos dos que as encomendavam.

Eles vasculhavam o entorno, a comunidade, procuravam planejar a casa não somente para a família como também para os amigos, para o tipo de atividade social que tinham e pensavam ter: iriam receber pessoas só para estar e ir embora ou para ficar e dormir? Pensavam fazer reuniões com os parceiros econômicos?

Enfim, faziam planejamento psicológico.

Treinavam as pessoas para conseguir o melhor para si e para os outros: procuravam fornecer uma lista de farmácias, supermercados, lojas próximas a que se poderia ir a pé ou de carro, pequenas distâncias.

Fizeram enorme sucesso, porque cada pessoa satisfeita fazia “propaganda de boca”.
Serra, terça-feira, 08 de maio de 2012.

A Reunião dos Observadores

 

Aquela cidade se notabilizou.

Começou sem qualquer pretensão num bar, dois amigos conversaram e chegaram à conclusão de que deveriam se especializar cada qual na vida de um político.

Eles se autodenominaram Os Observadores.

Observavam a vida dos bandidões.

Por enquanto não interferiam.

BANDIDAGEM UNIVERSAL (a solução deve ser universal também)

Descrição: http://universouniversal.files.wordpress.com/2010/12/garagem.jpg?w=780
Descrição: http://blogdopaulinho.files.wordpress.com/2009/11/livrosarney.png?w=450
Descrição: http://www.imagensdokibe.blogger.com.br/Lavanderia-Universal.jpg
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-hT1XoVB21kleae1Xx1f-bsoQmKNTMLzXAaiLdlV6zGX9BmD-DLF-IPFCbgLSMLCjY9OTfSUQd2sadaP_gebFZ5vhW642jXrANUYRVLaYcP9MVYZUz0HWuAQirhrzPQozeeqeMJc8DK07/s1600/Edi_Bandidagem.jpg

Com isso de telefonia universal, blogues, Internet, ampla comunicação, outros foram contatados na própria cidade (pois desejavam conversar sobre os bandidos no bar, que incentivou, muito mais gente iria lá). Outros bares procuraram imitar para chamar clientela e a coisa foi se espalhando. Havia uma lista nos dois blogues mestres, de modo a não repetir. Passaram a 10, 50 e de repente todas as donas de casa e grupos de estudantes estavam ajudando.

Como são 5,5 mil cidades no Brasil, contando 10 vereadores em média seriam uns 55 mil no total; deputados federais uns 600, com 81 senadores; 27 governadores e outros tantos vices; cada federal significando 10 estaduais, eram 6,0 mil. Incluíram os secretários das prefeituras e de repente já eram 100 mil os investigados. Como a cidade era pequena, 35 mil habitantes, metade dos quais muito novos, foi preciso ajuntar outras cidades.

Virou um inferno, porque os políticos do Legislativo, os governantes do Executivo, os juízes do Judiciário estavam todos sendo investigados.

A imprensa começou a divulgar os dossiês.

A mídia toda se juntou.

A coisa estava ficando escandalosa.

Os políticos se movimentaram e começaram a vetar verbas para as cidades envolvidas e o estado. O governador interferiu e foi lá conversar com os prefeitos e os vereadores, eles com os empresários, que ameaçaram os operários e burocratas, estes aos filhos e filhas, tudo esteve em pé de guerra, por um fio.

Foi sufocado, por pouco não extravasa.

Os políticos estão tremendo até hoje.
Serra, sexta-feira, 27 de abril de 2012.

A Parte do Rei Leão

 

Existia desde há muito tempo “a parte do leão”, quer dizer, do mandatário da Floresta, onde ele era sabidamente “o rei da bicharada”. O elefante era o maior, mas não era o rei; embora pudesse esmagá-lo com uma pata, não fazia isso, era manso. Existia também o javali com seus enormes dentes, de meter medo. O rinoceronte, com sua casca dura, era policial apenas; como não sentia dor não sabia que os outros sentiam. Havia o hipopótamo, que vivia no Rio e pouco dava as caras na terrinha. O jacaré, o moita só com os olhinhos de fora, era olheiro de um time da capital. A coruja, a cientista do lugar, olhava tudo. Os passarinhos viviam flanando. A maritaca vivia maritaqueando e o tucano tinha participado da privataria tucana, estando muito bem de vida com os burros do dinheiro levando o dinheiro para passear nos paraísos (fiscais). O papagaio entregava todo mundo, era dedo duro do rinoceronte.

O Leão fora trabalhar para o Imposto de Renda brasileiro, na Receita Federal do Ministério da Fazenda, onde ficava a floresta como reserva de caça de patos. Era funcionário público há muitos e muitos anos, três décadas ou mais, antes sempre aparecia nos retratos, mas ultimamente (em razão de sua aparente ferocidade real) pouco era mostrado.

Ele exigia essa “parte do leão”. Que, como era rei, passou a ser “a parte do rei leão”. Mensalmente, oferecendo proteção a que cumprisse a obrigação, através do “carnê do leão” ele pegava um tanto de cada um, muito mais percentualmente dos pobres, era a “lei da selva”.

Anualmente havia uma “declaração de ajuste”: se ele tivesse engolido demais durante o decorrer do ano e você provasse que era desvalido conseguiria que cuspisse uma parte pequena.

Não mordia os animais maiores, só os pequenos.

Os grandes, tipo elefante, hipopótamo, jacaré, rinoceronte e Roberto Marinho não eram pegos, só os miudinhos, na fonte, nem deixava levar para depois trazer.

QUEM É REI NUNCA PERDE A MONSTRUOSIDADE

Descrição: [leão+IR]
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPxqh8Y5Unt_m_mcFAOBjiTYy0i0Sv_-GM6L00R3Byrp2qOv6Je4kHEVn63qTFc6DjDJIK0biGd_R9Vw-4nFB0EMikGM6ld310p6uyQd2yy7Tim4un8TGiXQDstyRuuJLOxwNt0HXQrdgO/s1600/leao.jpg
Descrição: http://newtonsilva.com/wp-content/uploads/2011/03/newtonsilva-1.jpg
Descrição: http://www.portalcambe.com.br/wp-content/uploads/2011/03/leao-imposto-de-renda.jpg

No jogo dos grandes havia quatro valetes: advogado, contador, administrador e economista, que os ajudavam a só-negar. Eles NUNCA admitiam a verdade, mentiam sempre e de tal forma e com tanto arrojo e audácia que as pessoas acreditavam, “tudo dentro da lei”.

O rei ia levando, e levava muito.

Ninguém pedia contas, ninguém investigava a contabilidade do rei, ninguém perguntava se ele pegava muito.

Assim eram as coisas em Floresta Feliz.

Ah, esqueci dos macacos, que faziam muita macaquice na Rede Lobo e colegiadas para divertir aquela gente.

Serra, sexta-feira, 20 de abril de 2012.