Vitória em 2050
Num desses meus
sonhos ou visões malucas vi nitidamente Vitória com 40 milhões de habitantes em
2050. Isso é impossível, claro, porque toda a GV, Grande Vitória, não tem agora
muito mais de 1,3 milhão e não há nenhum índice de grande desenvolvimento,
nenhum salto formidável projetado. Essa coisa de petróleo não basta para fazer
avançar tanto. Em 46 anos (2050 – 2004) a população deveria crescer
sistematicamente, em média, a 7,7 % ao ano e nunca se soube de algo assim no
mundo, nem mesmo para São Paulo, Cidade do México e Tóquio, algumas das maiores
do mundo hoje. A menos que o próprio modelo traga esse impulso é virtualmente
impossível, até porque não começaria exatamente agora e sim mais na frente,
devendo ser o índice ainda maior, talvez 10 %.
Entrementes, pelo
menos mostra quanto em sonhos posso pensar em termos de grandeza e que é mesmo
um projeto grandioso.
Quais as razões de concentrar
tanto assim no Espírito Santo e especialmente na Grande Vitória, a ponto de
transformá-la em tal “monstruosidade” populacional? Para cerca de 20 milhões de
habitantes a Grande São Paulo tem hoje 1,35 mil km2 (quase 17 vezes
os 80 km2 da Ilha de Vitória) e nessa proporção, com o dobro da
população, a GV/2050 teria 2,70 mil km2, englobando 1/17 da área
total do estado e apossando-se de fato de quase tudo, macrocefalia gigantesca,
todo o ES vivendo para alimentar a GV, que traria coisas do Brasil, da América
Latina e do mundo inteiro.
Quando penso em
termos de potência penso em coisas grandes mesmo para a GV, o ES, o Brasil e o
mundo. O projeto de fato é enormíssimo, em muitas áreas, e é preciso conhecer.
Pois só alcançará o maior e o melhor futuro quem resolver mais e melhores
problemas. Como desejo que a humanidade inteira alcance muito mais do que seria
a projeção geral até agora, eis que é preciso reprojetar no quadro das vontades
novas direções-sentidos.
Então, já é tempo de
soltar os grandes projetos para o grande futuro da cidade/município, do estado,
do Brasil e do mundo.
Vitória, segunda-feira,
26 de janeiro de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário