terça-feira, 30 de maio de 2017


Micrópteros e Portadores

 

                            Vi num canal pago reportagem sobre os pequenos aviões que estão sendo feitos e li de passagem títulos em revistas, pelo quê fui pensando em coisas miúdas, dos helicópteros vindo a idéia de um enxame desses pequenos voadores que pode ser solto por um aparelho maior sobre qualquer espaço nacional em caso de conflito.

                            Aos pequeníssimos helicópteros - do tamanho de pássaros ao de insetos - poderíamos chamar micrópteros, o nome é sugestivo, enquanto aos aviões que os carregassem portadores – é natural. Não faz sentido continuar a construir aparelho ao custo de milhões de dólares e até bilhões, além da potencial perda de vidas irrecuperáveis, quando os programáquinas podem substituir a contento, especialmente à medida que a chamada IA (inteligência artificial – o que não é, ainda) possa substituir a distância do operador. Centenas e até milhares dessas coisinhas poderiam ser soltas nos céus com programas para buscar usinas de tratamento de água, usinas de energia, fábricas de armamento e todo tipo de instalação sensível. Aliás, é ridículo que ainda tenhamos de fazer guerra, é absurda essa humanidade. Mas vá que se tenha de preservar uns e condenar outros, segundos as preferências, então o jeito é a contragosto adiantar algumas idéias que mudem o panorama das forças e dos poderes e as correlações deles.

                            Como um avião pode fazer várias viagens por dia (chamam de “missões”) pode literalmente entupir os céus de bombas miniaturas com computadores rodando programas de identificação, com olhos eletrônicos mirando os alvos determinados, chegando bem de perto para travar com certeza a mira. Pode até ser enviado esse aparelhinho com uma pequena fábrica de dissociação de água (que sempre está presente na atmosfera) em hidrogênio e oxigênio ou qualquer gás que vá servir de combustível, tornando-se então virtualmente eterno ali, enquanto não houver ordem de desarme e identificação para recolhedores.

                            Enfim, como venho afirmando, a tecnociência da guerra deve ser alterada, em particular miniaturizada (estamos até atrasados em relação àquela palestra de Feymann sobre nanologia).
                            Vitória, terça-feira, 16 de março de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário