Cada
Vez Mais me Embaraçam
No livro de Rodrigo Constantino, Esquerda
Caviar (A hipocrisia dos artistas e intelectuais progressistas no
Brasil e no mundo), Rio de Janeiro, Record, 2013, página 213:
Nelson Rodrigues.
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“Se é verdade que um menino está isento do
bem e do mal, então é um pequenino canalha”.
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William Golding.
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Civilizar é impor limites a esse impulso
natural, que sempre, no entanto, estará lá, latente, como uma besta à
espreita aguardando uma oportunidade para emergir com total energia.
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Filme O Anjo Malvado.
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(...) uma criança pode ser, no fundo e
desde cedo, um pequeno monstrinho, capaz das maiores atrocidades.
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A chave é PODE SER.
Tudo pode ser, afinal de contas.
Em tese, qualquer coisa pode ser.
Entretanto, sabendo que o universo é 50/50,
sabemos que só 50 % das crianças estão propensas à maldade e só 1/40 ou 2,5 %
de todas é intensamente malvada desde o berço, dizer que todas são “pequenos
monstrinhos” é demais, é excessivo no sentido de indicativo da estupidez de
alguns, que tem seguidores, ainda por cima.
Deplorável.
De onde viria o bem se as crianças da onda
banda já não nascessem com o dom? Como cresceriam para ser homens e mulheres
boas? E como haveria gente que resgatasse os que caíram no exercício do mal?
Essa visão derrotada e maldita é fácil, no
sentido de que inculpar quaisquer uns quando presenciamos os danos, em lugar de
ter profunda visão do todo e do equilíbrio do universo.
Vitória, domingo, 28 de maio de 2017.
GAVA.
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