quarta-feira, 31 de maio de 2017


Adoração do Grande Dragão

 

                            Na coletânea Adão Sai de Casa em que imaginamos Adão, Eva e Set como aqueles alienígenas lá do Vaso de Warka transpareceram muitas coisas. No texto Da Família do Santo Senhor, neste Livro 73, vimos que Santo Senhor = SERPENTE PARAÍSO (na Rede Cognata, veja Livro 2, A Construção da Rede e da Grade Signalíticas) = SERPENTE HOMEM = SANTO HOMEM = PODER PRIMEIRO, etc.

                            Vimos em Velho Senhor de Barbas Brancas, também deste Livro 73, que Adão é que ficou sendo já velho o arquétipo de Deus, quando na realidade ele é também mera criação. Não se sabe se a Serpente Paraíso é o Criador definitivo, O Criador de Todas as Coisas, mas em todo caso foi isso que a religião (= ADÃO = ALMA = CORPO, etc.) quis indicar, ainda que a imagem fosse outra, porque Adão mudou de corpo e isso fez toda a diferença, coincidindo as imagens do Deus cristão com a do Odin nórdico e com a do Zeus grego ou Júpiter romano.

                            Como aparece, homem velho de barbas brancas, pode ser mesmo adorável, ainda mais se Adão nos seus 930 anos adotou estilo de governo de protetorado benévolo, a Montanha Iluminada tornando-se símbolo do bem. Agora, fica difícil adorar uma serpente, mesmo se uma serpente-do-paraíso. Acontece que Grande Dragão = GRANDE DEUS = CELESTIAL DEUS = GOVERNANTE DEMÔNIO, etc. Teríamos de substituir o Velho Senhor pelo Grande Dragão, porém os padres passaram milênios associando a serpente ao inferno e ao demônio e fica difícil agora arranjar um motivo válido para fazer a conversão. Como adorar de agora para frente uma serpente, ainda que com braços e pernas e com mente melhor e mais afinada que a nossa? E ainda que a mais perfeita de todas, como um grande dragão do Oriente? Fica difícil, para dizer o mínimo. Se o Grande Dragão aparecesse fora da Terra e mesmo se descesse à superfície ficaria difícil de acreditar que é o Deus Único referido e do mesmo modo se fosse a Grande Formiga. Em resumo, os humanos passaram da identificação teísta de imagem ao Deus sem identificação, ao princípio geral, ao conteúdo, e fica agora muito difícil desfazer o que se elaborou em tantos milênios e colocar de novo uma imagem no lugar. Como os padres vão fazer?

                            Vitória, quinta-feira, 25 de março de 2004.

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