domingo, 28 de maio de 2017


Negócios SIM

 

                            Depois que escrevi no Livro 69 As Imagens Naturais e as Palavras que as Traduzem e no Livro 70 A Ditadura das Palavras fiquei consciente de que as palavras tomaram quase 50 % que não é seu, que é das imagens, das formas, das superfícies, e que o mundo caminha abusivamente para a tirania intelectual plena, se é que vão conseguí-la (o que duvido, com base no modelo).

                            Mais e mais me parece que deveríamos instituir um treinamento dos magicartistas de modo a eles poderem expressar em imagens o que do outro lado está dito pelos tecnocientistas em palavras, ou seja, que o mundo deveria voltar mesmo a ser 50/50 ou de soma zero dos pares polares opostos/complementares. Por exemplo, aproveitando o SimCity e o The Sim’s da MAXIS, da Eletronic Art’s, deveríamos modelar a Economia (agropecuária/extrativismo SIM’s, indústrias SIM’s, comércio SIM’s, serviços SIM’s e bancos SIM’s), particularmente tratando numa UNIVERSIDADE DE IMAGENS os negócios através dos bonecos que a computação gráfica em 3DRV (3D, três dimensões, e RV, realidade virtual) iria criar para representar a coleção de fatos encadeados que os negócios reais mostram, digamos, como ir a banco para conseguir empréstimos, onde conseguir licença de mineração, como fazer pratos nas cozinhas, visitar governantes, colocar empresas, construir, enfim todos os milhões de atos que as empresas gigantes, grandes, médias, pequenas e micro praticam diariamente. As empresas poderiam vender suas máquinas com um programa SIM’s de computador que explicasse o funcionamento, as pessoas que resolveriam os problemas - caso acontecessem defeitos - com seus telefones, endereços reais e virtuais e mais uma quantidade considerável de informações significativas, toda uma árvore de ligações. Haveria uma parte séria e algumas piadas leves bem posicionadas, bonecos brincalhões para divertir, uma infinidade de opções atrativas de fato para os empresários e empreendedores.

                            Milhares de técnicos e de artistas estariam envolvidos, numa espécie de Microsoft das imagens, prosperando sempre, traduzindo as teorias das empresas de administração, de direito, de economia, de contabilidade, de todo tipo de pesquisa em institutos.

                            Há muito que fazer.

                            Vitória, sábado, 13 de março de 2004.

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