segunda-feira, 29 de maio de 2017


As Personalidades que a Caverna Moldou

 

                            Que personalidades os dez milhões de anos hominídeos moldaram em nós, segundo o Modelo da Caverna dos homens (machos e pseudofêmeas) caçadores e das mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras? Siga a trilha de A Expansão dos Sapiens. Porque, digamos, a lei da gravidade condiciona certas atitudes humanas. Os patamares todos da pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6) fazem isso. Não se pode desobedecer à Física, assim como não se pode destoar da Biologia e do mesmo modo da Psicologia.

                            Que almas os nossos ancestrais conformaram para nós?

                            Você sabe, podemos pintar a casa de um jeito ou de outro, até podemos colocar uma parede ou tirar outra, mas não podemos arrebentar as pilastras de sustentação. As estacas que nos seguram profundamente ao substrato menos ainda. Há limites para os que podemos fazer depois de pronta a casa, com suas fundações determinadas.

                            Em vista disso deveríamos descobrir aquelas personalidades que nossos antepassados hominídeos nos deram.

                            O modelo diz que devem ser sete: quatro verdadeiras, duas montadoras e um centro de onde tudo emana. Quais são essas quatro (não pense que são duas masculinas e duas femininas, isso é depois; estamos falando da LÓGICA DO FAZER, que diz respeito a todos)? É claro que Freud fez certo (mas incompletamente, diz o modelo) criando os conceitos de ID/inconsciente, de EGO/EU/consciente e de SUPEREGO/SUPEREU, mas deveria ter feito isso das quatro personalidades básicas e assim teríamos, pelo menos, 4 x 3 = 12 delas (deveriam ser 4 x 4 = 16), Por exemplo a personalidade A, PA, teria id/A, ego/A, superego/A e assim por diante. Evidentemente Freud não tratou da psicanálise e da psicologia de modo científico-sistemático; fê-lo apenas como discurso filosófico, o que tem impedido os raciocínios de irem adiante nessa área específica, o que é uma pena, algo de deveras lamentável.

                            Tivéssemos deparado desde cedo com o Modelo da Caverna (que Desmond Morris adiantou em O Macaco Nu), teríamos podido fazer muito mais em termos de promover o tal corte epistemológico na Psicologia, passando-a de filosofia a ciência determinista.

                            Vitória, quinta-feira, 18 de março de 2004.

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