quarta-feira, 31 de maio de 2017


Tentativa de Governar Enquanto o Mundo Gira

 

                            Lá está o grande mundo: AMBIENTES (mundo, mais de 200 nações, estimados quatro mil estados, 200 ou 300 mil municípios/cidades em dois ou três milhões de bairros e distritos) e PESSOAS (centenas de milhões de empresas, não se sabe quantos grupos, bilhão e meio de famílias, 6,3 bilhões de indivíduos), inumeráveis construções.

                            Alguns indivíduos colocam empresas, outros se dirigem aos governos (governantes do Executivo, políticos do Legislativo, juizes do Judiciário), cada um se engrandecendo de um modo num mundo que gira continuamente. É enjoado, sem dúvida nenhuma é aborrecidíssimo. Morrem uns e nascem outros para se apresentar no palco como mais um palhaço no Circo geral.

                            E cada governo em particular do Governo geral é um exoesqueleto posto fora do corpomente do indivíduo em especial, multiplicando aquela ínfima criatura que não consegue nem de longe compreender o todo com o poder do conjunto, que pode ser qualquer ambiente, no caso da prefeita de São Paulo capital, MMS, o da terceira economia do Brasil, depois do governo federal e do governo do Estado de São Paulo. Pelo voto popular e através dos mecanismos de restrição “democrática” ela foi elevada a essa posição transitória de poder da grande máquina. Embora não possa muito, porque há (felizmente) extraordinárias limitações, é verdade que seus desejos vão ajudar e infernizar ao mesmo tempo milhões de moradores e pessoambientes que se relacionam com o município/cidade. O pequenino indivíduo ignorante entra dentro da tremenda máquina e aparentemente se torna um gigante. Se ela sair entra outro, não tem jeito. De que tamanho são esses corpomentes exteriores? São imensos, hoje em dia, dez milhões de indivíduos somando seus valores nas mãos daquela criatura que tem sensibilidades e insensibilidades.

                            E lá fora o mundo gira em borrascas, em tempestades fulminantes, enquanto o pequenino ser dentro do espantoso exoesqueleto expande suas vontades sobre todo o coletivo. Está claro que em algum ponto mais para frente precisaremos de MICA (memória, inteligência e controle ou comunicação ou capacidade de verbabilização artificiais) para governar os conjuntos, sob pena de pagarmos preços exagerados, como temos pagado, pelas imperícias inevitáveis dos indivíduos.

                            Vitória, sexta-feira, 19 de março de 2004.

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