Tentativa de Governar
Enquanto o Mundo Gira
Lá está o grande
mundo: AMBIENTES (mundo, mais de 200 nações, estimados quatro mil estados, 200
ou 300 mil municípios/cidades em dois ou três milhões de bairros e distritos) e
PESSOAS (centenas de milhões de empresas, não se sabe quantos grupos, bilhão e
meio de famílias, 6,3 bilhões de indivíduos), inumeráveis construções.
Alguns indivíduos
colocam empresas, outros se dirigem aos governos (governantes do Executivo,
políticos do Legislativo, juizes do Judiciário), cada um se engrandecendo de um
modo num mundo que gira continuamente. É enjoado, sem dúvida nenhuma é
aborrecidíssimo. Morrem uns e nascem outros para se apresentar no palco como
mais um palhaço no Circo geral.
E cada governo em
particular do Governo geral é um exoesqueleto posto fora do corpomente do
indivíduo em especial, multiplicando aquela ínfima criatura que não consegue
nem de longe compreender o todo com o poder do conjunto, que pode ser qualquer
ambiente, no caso da prefeita de São Paulo capital, MMS, o da terceira economia
do Brasil, depois do governo federal e do governo do Estado de São Paulo. Pelo
voto popular e através dos mecanismos de restrição “democrática” ela foi
elevada a essa posição transitória de poder da grande máquina. Embora não possa
muito, porque há (felizmente) extraordinárias limitações, é verdade que seus
desejos vão ajudar e infernizar ao mesmo tempo milhões de moradores e
pessoambientes que se relacionam com o município/cidade. O pequenino indivíduo
ignorante entra dentro da tremenda máquina e aparentemente se torna um gigante.
Se ela sair entra outro, não tem jeito. De que tamanho são esses corpomentes
exteriores? São imensos, hoje em dia, dez milhões de indivíduos somando seus
valores nas mãos daquela criatura que tem sensibilidades e insensibilidades.
E lá fora o mundo
gira em borrascas, em tempestades fulminantes, enquanto o pequenino ser dentro
do espantoso exoesqueleto expande suas vontades sobre todo o coletivo. Está
claro que em algum ponto mais para frente precisaremos de MICA (memória,
inteligência e controle ou comunicação ou capacidade de verbabilização
artificiais) para governar os conjuntos, sob pena de pagarmos preços
exagerados, como temos pagado, pelas imperícias inevitáveis dos indivíduos.
Vitória, sexta-feira,
19 de março de 2004.
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