quarta-feira, 31 de maio de 2017


Taré se Desespera

 

                            Como vimos, a Tróia Olímpica foi destroçada em 1,74 mil a.C., depois de 10 anos de guerra, tendo existido por 2,01 mil anos, desde que Adão chegou com Eva do planeta artificial Éden em Canopus, mais de 300 anos-luz da Terra; veja a coletânea Adão Sai de Casa, agora com uns 300 textos.

                            Taré foi o último rei olímpico. Tendo sido derrotado fugiu com seu filho Abraão e seu sobrinho-neto Lot, como a Bíblia mostra. O que os adâmicos ou atlantes ou celestiais ou augustos ou gigantes nunca pensaram pudesse acontecer deu-se mesmo e a TO se viu cercada pela coligação dos reis, que devem ter sido muitos. Estavam em plena decadência os “deuses” celestiais, pois de outra forma os humanos mestiços e os sapiens não teriam ousado enfrentá-los.

                            Como vimos, Taré tinha todos aqueles avós para tomar conta e levar embora depois, menos Noé, que morreu durante o cerco. Uma Cidade Celestial de DOIS MIL ANOS (seria como se Roma fosse morrer para sempre, arrasada até as fundações – o que passaria pela cabeça do Papa?) - estava para desaparecer fatalmente, ele sabia. O que salvar? Pois não é como Roma, já que embora muitas coisas só existam nela há fotografias por aí e as coisas podem quase todas ser duplicadas. E há no mundo milhares de cidades, embora nenhuma exatamente como Roma, que nas diferenças é única. A Cidade Celestial, entretanto, era única em ambos os sentidos: era a única cidade digna de tal nome e continha todos os tesouros de dois mil anos de acumulação atlante por dezenas de milhares de moradores. Por mais que se possa carregar no máximo os retirantes podem levar, sei lá, um porcento, se tanto, talvez um milésimo.

                            De forma que é fundamental mostrar detidamente o desespero de Taré, quando ele se dá conta de que os últimos mil anos, em quê seus antecessores usaram e abusaram do poder, maltratando a todos e cada um - o contrário do que aconteceu no período em que Adão estava vivo - foram injustos para com os antigos aliados. Ele compreende esse passado, aceita o fim, deita a cabeça nas mãos e chora de puro desespero que sua raça atlante estivesse tendo tão triste (e merecido) fim. Uma boa parte deste filme deve girar em torno das expressões faciais de taré, de seus jeitos de corpo, de sua solidão de “deus” celestial decadente. Ele corre para lá e para cá, anima, fortalece, mas inutilmente, é o fim mesmo.

                            Vitória, sexta-feira, 19 de março de 2004.

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