domingo, 28 de maio de 2017


O Memorável Dia da Guerra

 

                            O Bagavad Gita (Cântico do Senhor, apenas 600 versos), dentro do Mahabarata (Grande Guerra dos Barata), o épico de 200 mil versos, conta como Sri Krishna aconselha Arjuna a lutar contra os parentes. Perguntado se iria usar seus potentes instrumentos, o Senhor K diz que não, que apenas conduziria o carro (de quatro cavalos).

                            Na sequência da coletânea Adão Sai de Casa coloquei em paralelo a Ilíada e a Odisséia, de Homero, e o Mahabarata e o Ramaiana, dos hindus, contando não a queda da Tróia homérica e sim a da Tróia Olímpica, a Casa Celeste, lá por 1,75 mil antes de Cristo e não em 1,25 mil como na geo-história. Imaginei que Adão e Eva vieram de outro planeta em 3,75 mil a.C. e aqui desenvolveram a civilização a partir da base natural sapiens em novo curso humano, injetando naqueles genes atlantes ou adâmicos ou celestiais ou augustos.

                            Pensei que essa Grande Guerra foi aquela de 3,05 mil a.C. ainda em vida de Adão/Krishna (Odin, tudo cognato; mas Zeus = PAI), que morreu em 2,82 mil a.C., 23 décadas ou 230 anos depois dela.

                            O Bagavad é formidável, porque antes de iniciar a batalha Krishna passa lições morais a Arjuna, que se apega às posses terrenas, à sua identidade com suas memórias, a querer guardar as lembranças dos vetores dos bons momentos, quer dizer, recordações dos tios, primos e outros com que conviveu, sem saber que tudo é passageiro, visando os propósitos de Deus. Ele se apega aos seus desejos de ser feliz e não quer prestar o serviço para o qual foi designado. Cheio de dor da perda da forma ele suspira pelo passado, quer mantê-lo a qualquer custo, arranja justificativas para os atos ofensivos dos que se puseram como adversários do Grande Senhor. O ato de guerra em si é menor, quase insignificante, tudo que ressalta é a lição. Mas plasticamente no filme devem ser mostrados imensos exércitos que se colocam do lado de Adão e Eva e do lado dos usurpadores que atacam a Casa Celestial. Adão, imortal, apenas guia, conduz, aconselha (no filme, mesmo se Krishna é morto acidentalmente, Adão será levado e curado nos sarcófagos de ressuscitamento). Agora, com a computação gráfica, podem ser mostrados esses exércitos a perder de vista. É fundamental mostrá-los. Enquanto isso, pacientemente, Krishna ganha a batalha aconselhando Arjuna.

                            Vitória, quarta-feira, 10 de março de 2004.

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