Olhando o Céu no Copo
de Tempestade
Muitas vezes olhamos
o céu desde onde estamos, em nosso corpo e alma, e o achamos terrivelmente
carregado de problemas, com nuvens negras disparando raios, com trovões
estourando, com ondas imensas ameaçando afundar o barco. Mas, se conseguimos
nos afastar um pouco no espaço ou no tempo daquilo, com tudo que tinha de
ameaçador, mostram-se bem pequenos os problemas. É, como diz o povo, uma
tempestade em copo d’água, que pode ser mostrada em computação gráfica ou em
construção com seres humanos, servindo de lição para PESSOAS (indivíduos,
famílias, grupos e empresas) e para AMBIENTES (municípios/cidades, estados,
nações e mundo), em relação proporcional. Do nosso ponto de vista fechado é uma
tempestade gigantesca, mas vista de fora é uma microtempestade criada em copo
de água.
E assim é para todos
e cada um.
Os pedagogos podem
manipular a imagem para ensinar-nos algo de relevante quando ao fato de que
estamos sempre multiplicando exasperantemente nossos problemas, muito além do
que seria útil.
Nós nos damos muita
importância, como se o mundo girasse em volta de nós, e não é exatamente assim,
nem poderia ser, apenas estatisticamente falando, com 6,3 bilhões de indivíduos
humanos na Terra.
Uma pessoa pode ser
vista em seu barquinho frágil num mar tempestuoso, como Tom Hanks em Náufrago, EUA 2000, sofrendo seus
problemas “imensos” e depois se vendo de fora, notando como dava importância
demais àquilo quando investigue ponto por ponto de suas preocupações, como está
dito na palavra árabe Maktub (Passará!). Um documentário inteiro pode ser feito
em volta dessa imagem.
Vitória,
segunda-feira, 15 de março de 2004.
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