O
Amor de um Pai
AUTOR.
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ÁLBUM.
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Cyril Pedrosa, França, 1972.
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Obra revolucionária, fez o texto e os
desenhos.
Os desenhos, por seu ritmo e beleza, são
deslumbrantes. Há a tranquilidade no início, depois entra em velocidade
estonteante.
O texto é emocionante.
O conjunto dá um grande filme, para grande
diretor (como os antigos, que eram respeitados como criadores de conjunto e não
funcionavam mero adjuntos), é inclusive emocionante, mexe com as emoções
profundas da gente.
Mãe, pai e o filho Joachim vivem vida idílica
medieval num sítio retirado, em grande felicidade até aparecerem três sombras
(que depois serão vistas como são, mulheres belas) que, dia após dia, voltam
furtivamente e ficam à distância. A mãe vai consultar uma feiticeira-vidente,
que lhe fala da morte do filho, ela volta e conta ao marido, que pega a criança
e foge desabaladamente por terras e mares, tentando a todo custo salvar o
filho, a que a mãe já tinha renunciado. Compre e leia/veja o álbum, é impagável.
Finalmente, o pai é derrotado e o filho
levado.
Reconstituído, volta para a esposa e tem duas
filhas, a maior de uns 15 anos, a menor de uns oito. Como curiosidade alguns
homens são mostrados como largos, parrudos, imensos; as mulheres, algumas,
magras e belas.
Estonteante o álbum.
No universo 50/50 há gente podre e há gente
boa, como esse camarada que deu de si para produzir tal (e outras) obra (s). É
uma alegria ver o apuro desses bons.
Vitória, domingo, 28 de maio de 2017.
GAVA.
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