terça-feira, 30 de maio de 2017


Essênciexistência Maravilhosa é a Minha

 

Aos 47 anos começaram os aumentos de pressão que levaram à operação do coração aos 49; daí vieram as dores, estou com 63 – como dizem, isso é da vida. Com outras palavras alguém perguntou a meu avô Perim, Benevenuto, o que significavam as dores que sentia, ele disse, “significam que você está vivo”.

Ao cabo, 63 anos vezes 365,25 dias por ano, por mais de 23 mil dias vivi altos e baixos, mas não presto atenção aos baixos, eles não me conduzem: olhar os abismos não me atrai, o que chama atenção é o céu, as luzes de lá, todas as coisas formidáveis que a coletividade humana proporcionou.

DE TODO LADO JORRAM MARAVILHAS (a hierarquia das benesses – a produçãorganização se espraia em largura, altura e profundidade)

BENESSES AMBIENTAIS.
O que veio do mundo.
O que veio das nações.
O que veio dos estados.
O que veio das cidades-municípios (só no Brasil são 5.570).
BENESSES PESSOAIS.
O que veio das empresas.
O que veio dos grupos.
O que veio das famílias.
O que veio dos indivíduos (7,5 bilhões trabalham indiferentemente por mim e para mim, proporcionando-me potencialmente bilhões de itens, medicina, ciclovias, estradas, lojas, seria impossível listar).

A essênciexistência de todos e de cada um é maravilhosa.

Então, por que quase todos brigam com quase todos? Há insatisfação geral, porque falta um motivo centralizador, um eixo de unidade, uma humanização unitária, unificada, uma nova coletividade superior que não pode vir das elites e sim do povo.

Agora, veja você, 99,999 % dos TIPOS de produtos disponíveis não existiam há 100 anos – existiam carros, mas andavam a 60 km por hora e não tinham nem 10 % das facilidades atuais. Trens havia, porém, andavam a 1/5 da velocidade de agora, sem conforto quase nenhum, até mesmo para os ricos, como há agora para os pobres.

Por que não conseguimos colocar toda essa capacidade a favor de nós mesmos? Por que nossa racionalidade não consegue resolver problemas de convivência, quando proporciona tantos bens?

Vitória, terça-feira, 30 de maio de 2017.

GAVA.

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