domingo, 28 de maio de 2017


O Domo de Busca em K-E

 

                            Se for verdadeiro que em Kitami-Esashi, Hokkaido, Japão, 45º Norte estão os corpos de Adão e Eva e o reator de fusão, com um buraco negro no centro, como está posto na coletânea Adão Sai de Casa (veja Escavando em Kitami-Esashi, Livro 65, Canteiro de Escavação em K-E, Livro 66 e vários outros textos), será preciso cercar todo o lugar para as buscas governempresariais, embora seja também lugar de peregrinação da Fé, como já foi posto.

                            Agora, empresas e governos farão de tudo para se apossarem dos segredos supostamente lá postos, sem falar nos free-lance que cavarão por si mesmos, para vender o que obtiverem, pouco ou muito. De modo que tenho pensado que será preciso construir uma fossa grande, uma grade de titânio que seja efetivamente impossível de romper, colocada a várias dezenas de metros para baixo, sem falar em volta da caverna mesmo, que se deverá bloquear completamente. Como eu disse, em vez de parecer uma benção essa coisa parece trágica, uma danação completa, um vespeiro quando se começar a mexer nele. Coitado do governo japonês. Se bem que a tradução das Transparências (Livro 24) diz que o Japão é um país “verdadeiramente mortal”, entre outras coisas; talvez porisso tenha sido posto por lá e não noutro lugar, menos aguerrido e competitivo, resistente e duro. Pois é difícil de acreditar que seja uma benção.

                            Primeiro, exigirá um aeroporto internacional, logo de cara o maior do mundo, porque com toda certeza se os corpos de Adão e Eva estiverem mesmo lá dificilmente os japoneses vão querer deixá-los ir embora, ainda que façam parte da religião dos judeus. O que Adão e Eva têm a ver com o Japão? Aparentemente, nada, mas não é verdade, porque os japoneses se dizem descendentes dos “deuses” (pelo menos o imperador e família), dos kamis (= ADÕES) em particular da deusa Amaterasu (= ANJOS = PODERES, etc.). Alegarão que se trata da deusa e não largarão nem por reza brava. Comoção geral. Então, será preciso organizar a visitação não de centenas nem milhares, mas de centenas de milhares, de milhões, TODOS OS ANOS, até dezenas de milhões num espaço pequeno. Tenho pena deles.

                            Vitória, quinta-feira, 11 de março de 2004.

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