quinta-feira, 4 de maio de 2017


Terra dos Faraós

 

                            Assisti ainda há pouco no Cinemax um filme de uns 40 anos ou mais com esse nome. Nele Quéops faz construir sua pirâmide, para abrigar tanto seu corpo quanto seu imenso tesouro, no filme um dos maiores que o mundo já viu. Além de ser aborrecido pensar que os ladrões de túmulos tenham roubado tudo e derretido para vender como barras as preciosíssimas jóias confeccionadas pelos povos antigos (roubadas ou fabricadas pelos egípcios), é meio estranho, pois embora os ocidentais aceitem que os antigos egípcios não tivessem sido uma civilização medíocre, as pirâmides parecem sob a ótica contemporânea apenas amontoados de pedras.

                            Quem moveria 2,5 milhões de pedras, mais de seis milhões de toneladas, apenas para criar uma montanha sólida? Devem existir lá não esses labirintos que foram descobertos até agora, a Câmara do Rei e a Câmara da Rainha, mas inúmeros outros, muito mais elaborados. O arquiteto do filme constrói um sistema engenhoso pelo qual, quebrado um determinado vaso, a areia começa a escorrer, baixando enorme pedra sobre o sarcófago do Faraó (que na Rede Cognata é PHARAÓ = SARAÓ = SOL = HOMEM = CHEFE, etc.); veja que sarcófago = SEGREDO = PIRÂMIDE = PRANTO = PEDRA = SÓLIDO = PONTO = HORIZONTE = PLANETA, etc. Baixada a grande pedra que estava suspensa sobre o túmulo, os quatro sustentadores quebram outras, abaixo, que fazem descer ainda outra por um corredor inclinado, o que vai quebrando outros vasos que desencadeiam uma reação, lacrando completamente o edifício. PARA TODOS OS EFEITOS, visto de fora, constituiriam paredes sólidas.

                            O que fariam sacerdotes que não tinham qualquer obrigação nas horas vagas senão pensar em mil coisas distintas, fazendo avançar esses conhecimentos que se tornaram depois esotéricos, quer dizer, FECHADOS? Eles pensaram soluções extraordinárias, certamente, inclusive as bases do que veio depois em toda parte. E pensaram engenhosas aberturas e fechamentos.

                            Vendo o filme tenho agora como certo que os tesouros estão lá, à espera do engenhoso descobridor (porque toda LÓGICA tem uma LÓGICA REVERSA, como toda engenharia tem uma engenharia reversa que pode retornar sobre os passos à origem). Os computadores atuais poderão processar as alternativas com certa facilidade, como se fosse (é mesmo) uma decriptação. Com segurança muitos milhares que quilogramas de ouro em objetos de fina ourivesaria estão esperando, intactos.

                            Vitória, sábado, 05 de abril de 2003.

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