quinta-feira, 4 de maio de 2017


Telendário

 

                            Um nome estranho para tela-calendário, mas pode ser qualquer outro que consigam inventar para a utilidade.

                            Havia antigamente a “folhinha”, um calendário católico de que íamos arrancando a cada dia uma folha, que continha uma série de conselhos práticos, o santo do dia, uma quantidade de informações; e existia o Almanaque, um livrinho que corria o interior, muito apreciado entre os agricultores e pecuaristas, porque lhes dava indicações preciosas sobre os plantios e as safras.

                            Seria a combinação FOLHINHA + ALMANAQUE = TELA-CALENDÁRIO, só que agora segundo a nova tecnociência eletro-eletrônica, com uma tela quadrada que possa servir tanto na posição de paisagem-horizontal quanto na de retrato-vertical, trazendo informações para todo o lar, especialmente para a cozinha, com milhões de informações (desde receitas a dicas de limpeza, onde comprar, etc.), com programas que fossem renovados de três em três anos à Microsoft, e módulos que possam ser acrescentados, enquanto memórias fixas, também lendo CD e DVD, sem imprimir nada, porém podendo por digitação transferir ao disquete e dele à impressora da casa. Na evolução deveria poder passar fitas e CD’S e DVD’s para as empregadas assistirem.

                            O público potencial é imenso: só no Brasil há 45 milhões de lares, dos quais 20 % são de ricos e médios-altos, nove milhões que imediatamente comprariam, sendo no mundo 40 vezes isso, pelo menos uns 400 milhões. Como as elites só pensam em si, não se voltaram ainda para essas convicções do lar, dos que estão na retaguarda, para elas os empregados e as empregadas domésticas, espécies de servos, quando não escravos disfarçados. O resgate disso proporcionará rendas inacreditáveis.

                            Vitória, sábado, 17 de janeiro de 2004.

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