Telendário
Um nome estranho
para tela-calendário, mas pode ser qualquer outro que consigam inventar para a
utilidade.
Havia antigamente a
“folhinha”, um calendário católico de que íamos arrancando a cada dia uma
folha, que continha uma série de conselhos práticos, o santo do dia, uma
quantidade de informações; e existia o Almanaque, um livrinho que corria o
interior, muito apreciado entre os agricultores e pecuaristas, porque lhes dava
indicações preciosas sobre os plantios e as safras.
Seria a combinação
FOLHINHA + ALMANAQUE = TELA-CALENDÁRIO, só que agora segundo a nova
tecnociência eletro-eletrônica, com uma tela quadrada que possa servir tanto na
posição de paisagem-horizontal quanto na de retrato-vertical, trazendo
informações para todo o lar, especialmente para a cozinha, com milhões de
informações (desde receitas a dicas de limpeza, onde comprar, etc.), com
programas que fossem renovados de três em três anos à Microsoft, e módulos que
possam ser acrescentados, enquanto memórias fixas, também lendo CD e DVD, sem
imprimir nada, porém podendo por digitação transferir ao disquete e dele à
impressora da casa. Na evolução deveria poder passar fitas e CD’S e DVD’s para
as empregadas assistirem.
O público potencial
é imenso: só no Brasil há 45 milhões de lares, dos quais 20 % são de ricos e
médios-altos, nove milhões que imediatamente comprariam, sendo no mundo 40
vezes isso, pelo menos uns 400 milhões. Como as elites só pensam em si, não se
voltaram ainda para essas convicções do lar, dos que estão na retaguarda, para
elas os empregados e as empregadas domésticas, espécies de servos, quando não
escravos disfarçados. O resgate disso proporcionará rendas inacreditáveis.
Vitória, sábado, 17
de janeiro de 2004.
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